Lembranças

"Carrego ainda,
o que restou de nós,
numa caixinha
escondida no tempo...
Por vezes, me pego,
a observar detalhes...
E dá vontade
de me guardar lá dentro...."
(Rose Felliciano)

Adalberon

Sentado naquela imensa sala me deparei com algo que não sentia há muito tempo em minha existência, união, família e principalmente amor se meu coração ainda batesse em meu peito estaria tendo um ataque cardíaco, sentia-me vivo novamente, tanto tempo vagando pelo mundo já havia esquecido estas sensações. Carlisle pediu-me que contasse a minha estória de vida e assim precisei abrir a caixinha de lembranças.
Bom, meu nome é Adalberon Adamandino Turin, nasci no ano de 1812 em Tanagra, minha família sempre foi influente em nossa região. Em uma noite alguns forasteiros entraram em nossa casa mataram todos, mesmo ferido fui socorrido por um senhor que me transformou para salvar minha vida e me tornando no que sou, tinha 30 anos de idade. Adônis, meu criador me ensinou tudo que deveria aprender sobre nossa raça, nunca tome sangue humano e foi através dele que descobri os meus poderes os quais já conhecem. Vocês não imaginam o quanto sofri, eu tinha tudo, casa, família e uma noiva a qual não podia mais desposar sem desejar o seu sangue então parti junto com ele. Adônis tinha seu clã, assim como vocês e lá encontrei a minha companheira Acácia, um belo dia recebemos um convite para irmos a Volterra, pois os Volturi queriam nós conhecer, não podíamos recusar, pois sabíamos a conseqüência deste ato.
Aro e os demais nós esperavam na grande sala, ele leu a mente de Adônis e descobriu o dom de cada um da nossa família, mas ele ficou encantado com os meus poderes e tentou de todas as formas me recrutar para sua guarda, mas recusei. Mesmo nos deixando ir embora ele se sentiu humilhado pelo ato da minha recusa e por capricho ele matou um por um da minha família, só sobrando Acácia e eu porque estávamos fora do país cuidando de alguns negócios da família. Quando chegamos em casa podíamos ver e sentir o cheiro dos nossos queimando naquela fogueira, já não havia mais nada a fazer a não ser me ajoelhar e chorar aparado por meu amor, quando entramos dento de casa havia um bilhete aos meus cuidados escrito por Aro e selado com seu brasão

“Ninguém nunca nós diz não.Isso foi só uma prova do nosso poder. Se não tivermos ninguém terá.”

Aro Volturi.

Acácia nunca conseguiu se recuperar da perda dos nossos, um dia cheguei em casa e ela não estava só havia um bilhete dizendo:

“Perdão, eu te amo, mas a dor sinto somente a vingança pode acalmar preciso fazer o que acho certo, mesmo que isso custe a minha própria vida, nunca e jamais duvide que te amo.”

Acácia

Fui correndo para Volterra, mas quando cheguei era tarde de mais ela estava morte, minha vida morreu com ela, pude ver a satisfação daqueles vermes por ver o meu sofrimento. Então vendi tudo o que possuíamos e resolvi deixar o meu país de origem, participei de muitas batalhas e guerras, conheci o mundo mais nunca encontrei um motivo para ficar novamente em algum lugar até agora.
Em quanto conversávamos não podia tirar os meus olhos do dela, que dama maravilhosa meu Deus, seu cheiro é amadeirado com relva selvagem, sua pele morena, acho que estou hipnotizado. Em um determinado momento percebi que em sua face corria uma lagrima e que se entristeceu, será que a estou constrangendo? Desviei um só momento do seu olhar e quando me voltei a poltrona estava vazia.
- Adalberon sinto muito pelo que passou, mas saiba que pode ficar o quanto quiser em nossa casa, você é muito bem vindo aqui principalmente por ter salvo a minha neta,disse Carlisle.
- Muito obrigado irei aceita o seu convite por um tempo. Principalmente porque precisava conhecer aquela que acendeu a chama já apagada em minha vida.

Fic escrita por Mônica - Flor do Ebano