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Capitulo 33 - Despedidas

POV Jacob


Nós corremos por quase um dia, pra chegar até Forks. Nenhum de nós estava cansado, mas sempre tínhamos que fazer uma pausa e caçar para conseguimos seguir em frente.
Nessie estava com um sono daqueles, pois ela não acordou em nenhum instante. Então a viagem toda eu tive que correr com cautela pra não derrubá-la, apesar de que ela – mesmo dormindo – se mantinha firme em cima de mim.
Estávamos chegando ao estado de Washington e logo chegaríamos em Forks. Nós quileutes iríamos pra La Push e nos despediríamos de nossas famílias, enquanto os vampiros iriam pra mansão e nos esperariam para partimos pra Itália no barco.
Chegamos em Forks e os lobos já estavam se dirigindo para La Push, mas eu tive que esperar um pouco, pois Nessie ainda dormia em cima de mim.
Acompanhei os vampiros até a mansão e me agachei pra que alguém tirasse Nessie de mim, apesar dessa não ser minha verdadeira vontade (já que ter seu corpo quente no meu era a melhor sensação do mundo pra mim).
– Nossa, ela dormiu bastante. – Emmett murmurou e a retirou de mim. – Vem baixinha, vou te colocar em sua cama.
Ela estava com um sono tão pesado que nem percebeu que não estava mais comigo. Emmett a levou pra dentro da mansão e eu me retirei e fui até La Push.
Assim que minha pequena casa entrou em meu campo de visão, me transformei e no caminho para a porta fui colocando a bermuda.
Abri a porta e Billy estava assistindo TV em sua cadeira de rodas.
– Jacob! – ele exclamou vindo em minha direção com um enorme sorriso no rosto.
– Oi pai. – disse indo em sua direção para abraçá-lo, sorrindo junto com ele.
– É bom ver você, filho. – ele disse com sua voz grossa e emocionada.
– Ahhh, JACOB!!! – gritou Rachel correndo em minha direção. – Maninho! Você voltou!
Ela me pegou num abraço de urso e tudo que consegui fazer foi rir dela.
– Que saudades, maninho! – ela murmurou no meu peito e logo depois me deu vários beijos na bochecha.
– Também senti saudades, Rach. – disse e ela se afastou sorridente.
– Espera! – ela exclamou parecendo que se lembrou de alguma coisa. – Se você já voltou... Então o Paul também voltou, certo?
– Sim, todos voltamos. – disse seriamente, mas só Billy percebeu meu tom.
– Foi bom te ver Jacob, mas eu vou pra minha casa ver o Paul. – ela disse saindo pela porta e eu reprimi uma careta.
– Tchau. – disse, mas ela já havia saído apressadamente.
– O que aconteceu? – Billy perguntou seriamente. Ele sempre percebe facilmente quando está acontecendo alguma coisa.
Suspirei e me sentei no sofá. Ele me acompanhou com a cadeira e a estacionou de frente pra mim, para que eu não fugisse da resposta.
– Nós vamos para a Itália atrás dos sanguessugas. – disse simplesmente tentando esconder a tensão, mas Billy me conhece bem demais pra se contentar somente com isso.
– E por que voltaram pra cá? – ele perguntou.
– Vamos pegar um barco daqui e iremos pra lá.
– Há alguma chance de vocês... Voltarem? – ele perguntou hesitantemente. Billy nunca foi de demonstrar suas emoções, mas seus olhos estavam começando a ficar marejados.
– Os Cullen não conseguiram reunir muitos vampiros...
– Responda a pergunta Jacob. – ele ordenou com a voz seria.
Abaixei o olhar pro chão e suspirei profundamente.
– Não temos muitas chances de vencer. – disse. Billy abaixou seu olhar pro chão e permaneceu calado. – Mas nós vamos tentar.
Eu queria deixar meu pai com esperanças de que poderíamos voltar, mas nem mesmo eu tinha esperanças... Eu só não quero que Billy sofra enquanto estou lá. Eu vou dar o melhor de mim e se o destino quiser que eu não volte... Eu aceitarei.
Ficamos em silencio um momento e Billy ficou encarando o vazio.
– Quando vocês partirão? – ele perguntou um tempo depois.
– Hoje. – disse.
Billy nunca sofreu a transformação de lobo, mas sempre teve nossa animação quando íamos caçar algum vampiro. Mas apesar de gostarmos de lutar, sabemos que teremos que agir seriamente, pois essa será a batalha de nossas vidas, e Billy está agindo da mesma forma que nós.
Ficamos em silencio mais uma vez e eu resolvi me levantar do sofá, pois todo aquele silencio estava me incomodando. Fui até a cozinha e procurei alguma coisa pra comer na geladeira.
Eu não estava com fome, mas eu queria agir como se nada tivesse acontecendo e tentar aliviar a tensão que estava. Não queria que meu pai sofresse...
– Jacob.
Me virei e vi Billy vindo em minha direção.
– Você é um bom homem, filho. Eu me orgulho de ser seu pai, e está sendo muito difícil pra mim... aceitar que você pode não voltar e... eu nunca mais te veja.
Eu sorri pra ele e lhe dei um abraço de urso – o levantando da cadeira.
– Jacob... Eu preciso... Respirar. – ele disse ofegante e eu o coloquei de volta na cadeira, sorrindo.
Ele sorria pra mim, mas seus olhos continuavam marejados.
– Vai dar tudo certo pai. Eu vou voltar pra casa. – disse, mas pelo seu olhar vi que ele não acreditou em minhas palavras.
– Eu vou estar te esperando, filho. – ele disse.
Sorri pra ele e me direcionei pra porta. Abri a porta e parei entre ela, me virando pra ver pela ultima vez o rosto de meu velho pai.
– Adeus pai. – disse antes de sair.
Billy demorou pra me responder – mas pela minha audição de lobo – eu o ouvi murmurar baixo “adeus Jacob”.
Meus olhos começaram a ficar marejados, mas assim que me transformei as emoções humanas sumiram e eu comecei a correr de volta pra mansão dos Cullen.
Podem pensar que estou sendo pessimista, mas é a verdade. Temos poucas chances de vencer, mas nem por isso vamos deixar de lutar... Estou disposto a sacrificar minha vida para que aqueles assassinos italianos paguem.
Assim que cheguei á mansão dos Cullen, todos os quileutes já me esperavam junto com os vampiros. É, só faltava eu mesmo...
– Ta atrasado, Jake! – Embry gritou enquanto eu ia atrás de uma arvore pra me transformar de volta.
– Eu nem me despedi da Rach... – pensei alto.
– Quase que eu não me despedi dela também, cheguei em casa ela não estava... – Paul disse.
– É, ela me viu e saiu correndo pra ver você. – eu disse mal humorado.
Eles riram e eu revirei os olhos.
Apesar de eu e Rach brigarmos, eu amo muito e queria ter a chance de me despedir, mas se ela preferiu ver o Paul, tudo bem, pode ser a ultima vez que eles se verão também, mas... Eu queria ter pelo menos a chance de me despedir...
– Jake! Você chegou! – aquela linda voz gritou, fazendo meu coração dar um pulo.
De longe a vi caminhando em minha direção com um enorme sorriso. E naquele instante, meus olhos não captaram mais nada ao meu redor, somente a visão privilegiada de minha Nessie.
Sorri abertamente e ela chegou rapidamente até mim, me pegando em um – apertado e aconchegante – abraço. Com aquele seu – doce e único – aroma tomando parte do ambiente, fazendo eu ficar mais dependente de seu cheiro do que de oxigênio.
– Senti sua falta. – ela murmurou no meu peito, ainda me apertando muito.
Franzi a testa, mas sem deixar o sorriso sair de meu rosto.
– Mas não faz muito tempo que eu saí. – disse confuso, por que ela sentia tanto a minha falta?!
Ela levantou o rosto do meu peito e me encarou nos olhos, com aqueles lindos olhos achocolatados brilhando divertidamente, e sorriu.
– Jake, eu não quero ficar longe de você por nenhum segundo. Eu te amo. – ela disse e eu percebi a sinceridade em seus olhos.
O mundo congelou naquele momento e eu piscava varias vezes pra ter certeza de que aquela cena era real e que aquelas palavras saíram mesmo de seus lábios. “eu te amo”. Será que ela se lembrou?
– Você... Se lembrou? – perguntei com um caroço na garganta.
Ela franziu a testa confusa.
– Não... Por que? – ela perguntou ainda com a expressão confusa.
– Como pode me amar... se nem se lembra de mim?
Ela revirou os olhos e me abraçou mais uma vez.
– Jacob... Eu tenho certeza do que sinto por você... Esse sentimento faz parte de mim... Com memória ou sem memória... Eu te amo. – ela murmurou no meu peito e logo depois levantou o rosto pra me dar um selinho nos lábios.
Só aquele simples toque em meus lábios foi suficiente para fazer com que uma corrente elétrica passasse por meu corpo, e que meu coração palpitasse no peito. Aquele simples toque delicado foi capaz dela mostrar pelos seus pensamentos cada instante que passou comigo depois que perdeu a memória e tudo o que sentiu, ela me mostrou... E conseguiu provar que me ama e que sempre me amou, com ou sem memória.
Um sorriso cintilante brotou em minha face, fazendo com que seus olhos brilhassem de felicidade.
– Eu também te amo, Ness. – disse e me permiti capturar seus lábios com os meus.
Levei minha mão até sua – rosada – bochecha e a trouxe para mim. Seus olhos tremularam fechados enquanto sua respiração falhava na medida em que a distancia entre nossos lábios ia se fechando. Sua respiração doce por cima de meus lábios... E finalmente a sensação de seus lábios nos meus... Se movendo doce e delicadamente em sincronia com os meus.
Sua mão subiu para minha nuca e a minha mão pra sua cintura esbelta, aproximando nossos corpos enquanto aprofundávamos mais o beijo.
É praticamente impossível descrever o quão maravilhosa é a sensação de beijar Nessie. Você se sente completo, como se nada mais faltasse em sua vida e... Indescritível...
Um pigarro (muito alto) fez com que nos separássemos num pulo pra longe um do outro. Sempre tem que ter um pra estragar o momento!
Todos nos olhavam segurando o riso, enquanto uma coloração avermelhada tomava conta da face de Nessie.
Me virei pra encarar – com todo o ódio que sentia naquele momento – o infeliz que pigarreou. E... Adivinha quem era?! O pai super protetor... Edward, me fuzilando com os olhos.
Revirei os olhos pra ele e entrelacei a mão de Nessie na minha.
– Nós já vamos, Jacob. – Edward disse ainda me encarando com raiva.
Só pra provocá-lo, dei um rápido beijo em Nessie antes de sair para me transformar.
Me afastei deles e fui atrás de um arbusto me transformar. Deixei o fogo passar por meus membros, e logo eu assumi minha outra forma.
Caminhei até os outros e logo partimos até onde estariam os barcos. Agora que estávamos correndo que eu reparei na volta de Carlisle, ele trouxe bastante vampiros... Não seremos um numero tão pequeno, afinal.
Chegamos onde os barcos estavam localizados e logo eu e os outros lobos, tratamos de mudar de fase para embarcarmos.
Assim que mudamos de fase, fomos ao barco. Pulei agilmente ao convés e esperei os outros entrarem.
Nessie, Edward e Bella iriam conosco, já que os outros vampiros iriam em outros barcos – separado de nós, por causa do cheiro. Confesso que o cheiro de vampiro me incomoda e queima meu nariz, mas com o tempo você aprende a ignorar isso, e pelo jeito é a mesma coisa para os Cullen sobre o meu cheiro pra eles, já que eles já se acostumaram.
Durante aquele momento em que estive com Nessie – e que fomos (irritantemente) interrompidos por Edward – eu havia me esquecido de todo o propósito de estar aqui. Mas agora a preocupação podia chegar claramente em mim e me fazer ficar pensativo durante um bom tempo. Já que, Nessie teima em participar disso, eu tenho que fazer o possível para protegê-la.
Mesmo eu não querendo isso eu vou ir com Nessie e Seth salvar Meg, e assim que conseguimos isso, eles pegarão o barco e voltarão para casa e eu volto pra luta. Só farei isso pra ter certeza de que eles ficarão sãos e salvos, pois não conseguirei lutar direito com a duvida se Nessie está bem, me corroendo.
Assim como Embry pediu, Esme preparou comida para os lobos, mas eu estava tão pensativo com essa coisa toda que acabei ficando sem fome – o que é muito raro de se acontecer comigo.
Os lobos quase acabaram com o estoque de comida, mas como ficaríamos mais de um dia nesse barco, eles tiveram – contra a vontade – deixar o resto dos mantimentos para o próximo dia. Apesar de ali ter comida pra durar um mês, pra nós não durava nem um dia direito, mas daria pra nos manter.
Bells disse que enquanto fomos nos despedir de nossos familiares, eles foram caçar pra se manterem mais fortes, e logo depois ela pediu desculpa, pois os vampiros que nos “ajudarão” tiveram que fazer seu lanchinho também, mas eles não puderam impedir a natureza deles e tal.
A viagem foi longa e entediante, mas como estávamos aproveitando nossos “últimos tempos juntos” ficamos conversando e agindo – por esse curto prazo – como se nada tivesse acontecendo.
Bells se sentia mal por não poder se despedir de sua família, mas ela tentava ao máximo esconder isso. Mas como ela é minha melhor amiga e eu a conheço muito bem, eu podia ver que ela sofria com tudo isso.
Apesar de estar um pouco preocupado com Bella, minha prioridade numero um, nunca deixou de ser Nessie. E mesmo eu sabendo que estaria junto a ela e daria minha vida se fosse preciso, para protegê-la, eu ainda tenho medo de que algo aconteça á ela, esse é meu maior medo e minha maior preocupação.
Já havia se passado dois dias e já estávamos perto da Itália, mas ainda demoraria algumas horas. O estoque de comida estava chegando ao fim, mas os lobos se sentiam firmes e fortes – e até animados – para a grande batalha.
Depois de algumas horas, finalmente chegamos á Itália. Estava de noite e as ruas estavam vazias em todos os lugares. Aproveitamos que estava de noite e começamos a partir pra Volterra, a cidade dos desgraçados italianos, e enfim, colocando nossas estratégias em ação.


POV Nessie


A viagem até Volterra foi longa, mas finalmente chegamos à cidade maldita. Depois de hoje tudo se resolveria, sendo por acabar com os Volturi e finalmente ter uma vida com paz ou nossas vidas tendo fim.
Apesar de todos estarem inseguros sobre isso, eu ainda acreditava que podíamos vencer e de que poderíamos finalmente conseguir a tão merecida paz que sempre desejamos e que os Volturi sempre fizeram questão de acabar.
Eu não conhecia os Volturi, mas sabia o suficiente pra querer sentir vontade de ter o gosto da vingança, já que estou sem memória por causa deles, minha melhor amiga foi raptada por eles, e minha família e amigos correm grande risco de vida por causa deles.
Depois daquele dia que Meg foi embora e eu tive aquele surto de lembranças voltando a minha mente, nunca mais tive flashes de lembranças novamente. E isso estava começando a me preocupar... E se eu morrer sem nem ter me lembrado de nada...?
Eu ainda não entendia uma coisa... Os Volturi são os vampiros que mantém a lei no mundo dos vampiros, mas pra que toda essa implicância com minha família, se nunca fizemos nada...? A única vez que aparentamos ser uma ameaça á eles, foi devido a um engano (pelo que me contaram). Não existe motivos para começarem com isso, mas mesmo assim eles começaram isso tudo, e isso só torna verdade o fato dos Volturi serem seres malignos e diabólicos, que só querem poder e mais poder, sem se importar com nada e eliminando qualquer coisa do seu caminho.
Se pelo menos os vampiros enxergassem o que os Volturi se transformaram, se pelo menos eles fizessem algo... Mas mesmo tendo consciência disso, eles sentem medo... Não tem coragem de desafiar o poder deles.
Pelo menos eu sei que se eu morrer aqui hoje, vou ir com a alma lavada, pois lutei por algo significativo até meus últimos minutos...
Depois de mais de 48hrs dentro de um barco no meio do oceano, finalmente chegamos ao nosso destino.
As ruas estavam vazias e sombrias, já parecia que tudo estava no “clima” para uma batalha. Só que este ainda não era o local e partiríamos para Volterra, assim que nos reuníssemos.
Edward e Carlisle ficaram de frente pra nós e começaram a revisar as estratégias já planejadas.
Minha parte seria: eu e Seth iríamos entrar por uma parte secreta onde eles “certamente” escondiam seus prisioneiros, seria até mais fácil pra mim, desde que já estive por lá e reconheceria facilmente os corredores. Seth e eu resgataríamos Meg e nós duas esperaríamos os outros no barco, enquanto Seth nos daria cobertura, caso algum membro da guarda descobrisse nosso meio de transporte ali localizado.
Assim que Edward e Carlisle revisaram todas as estratégias, ele confirmou minha parte nela.
– Seth. Nessie. Já sabem o que fazer, certo? – Edward perguntou e por um momento reparei ele me dando um olhar de preocupação, mas esse olhar sumiu antes que eu pudesse ter certeza.
– Edward. – uma voz rouca o chamou e ele se virou pra encará-lo.
– Tem certeza disso, Jacob? – Edward perguntou e eu tentei controlar minha raiva, pois eu sempre odiava essas conversas por via única, pois eu sempre ficava boiando. – Ele quer ir com vocês, filha.
Olhei para Jacob e me surpreendi com a determinação em seu olhar.
– Sério? – perguntei sem acreditar.
– Sim. Quero ter a chance de te proteger, eu mesmo. – ele respondeu e eu lhe mandei um sorriso sincero mostrando todo o meu carinho através dele, ou pelo menos tentando. Era realmente fofo essa preocupação dele comigo... Será que ele sempre fora assim comigo...? Droga... Eu queria tanto lembrar dele...
– Obrigado Jacob, mais uma vez eu lhe devo. – Edward disse a ele e Jacob sorriu levemente em resposta.
– Não Edward, eu lhe devo. – ele disse seriamente e percebi que Edward estava para protestar, mas depois ficou quieto e seu olhar veio pra mim, antes de um sorriso torto se formar em sua face.
Eu não entendi muito bem e resolvi não perguntar, só me permitir dar um abraço em meu querido pai, enquanto lágrimas rolavam pelo meu rosto.
Desde o momento em que acordei e não reconhecera ninguém ali, percebi que tinha uma forte ligação com meu pai. Eu só queria entender por que eu gostava mais dele do que os outros membros de minha família – exceto Jacob – e o considerava e o admirava muito...
– Eu te amo pai... – eu falei como se fosse uma despedida (o que podia ser), enquanto mais lagrimas rolavam por meu rosto.
Sua mão passou sobre meus cabelos, e senti seus lábios gelados em minha cabeça, enquanto nos mantínhamos num apertado abraço. E aos poucos meu choro foi se tornando mais forte e comecei a soluçar, sem me permitir soltá-lo.
– Eu também te amo filha, você e sua mãe são tudo de mais importante na minha existência. – ele disse ainda alisando meu cabelo, enquanto me apertava mais a ele.
Fechei meus olhos e inalei profundamente seu cheiro adocicado, permitindo que ficasse gravado em minha memória, e o soltei.
Bella caminhou até nós e antes que ela falasse algo, eu a peguei em um abraço também.
– Eu te amo muito mãe. – disse em um soluço.
Ela me apertou fortemente a ela e deu um leve beijo em minha bochecha antes que nos soltássemos.
Apesar de gostar mais de meu pai, nunca deixei de sentir um afeto por minha família e Bella tinha grande parte desse afeto mesmo que não fosse tão forte como o que eu sentia por Edward – ou Jacob.
– Eu também. Te amo. – ela disse aos soluços, só que sem lágrimas (obvio).
Nós três nos abraçamos juntamente e o que eu mais desejava naquele momento era que aquele abraço pudesse durar mais e que nós não nos separássemos e percebi que eles também pareciam querer o mesmo.
Nos afastamos lentamente, meu rosto molhado pelas lagrimas e eles com os olhares tristes, mas sem deixar de me olhar por nenhum momento.
Bella levou sua mão até minha bochecha e seus olhos se encheram de preocupação e tristeza, enquanto ela parecia acompanhar cada traço do meu rosto com seus olhos, como se fosse para nunca se esquecer de como ele era.
Ela soltou um suspiro (mais como um soluço) e me abraçou novamente. E dessa vez um Flash de memória veio até mim, não somente um, vários.

Seu rosto a primeira vez que eu o vi, ainda como humana depois que me dera a luz. E logo depois como a jovem imortal presa para sempre em seus 18 anos.

Ela me pegando no colo pela primeira vez, e a adoração que era estampada em sua face ao me ninar pela primeira vez.

Ela acompanhando cada fase do meu crescimento, estando comigo em todos os momentos, sendo verdadeiramente minha adorada mãe de sempre.

Tudo simplesmente explodiu em minha cabeça e eu me lembrava de quase todos os momentos de minha vida onde minha mãe estava presente.

“...Mas eu não queria te tirar... Eu já te amava desde aquele momento, e a partir dali minha vida não significaria nada se fosse para trazer você para esse mundo.”

Meus olhos voltaram ao foco e eu vi o rosto de uma das pessoas mais importantes da minha vida. Bella. Minha amada mãe.
Eu me lembrei de Bella, mas as visões que lembrei ainda estavam meio turvas, como se eu só pudesse ver os momentos mais importantes que passei com Bella, não todos os momentos, não tudo que vivi com ela, apenas o necessário pra eu ter certeza de que eu não poderia ter tido mãe melhor. Me lembrei... Somente dela, assim como Meg.
Obrigada por tudo que você fez por mim, mãe. Eu te amo muito e você significa muito pra mim. – disse telepaticamente e percebi que ainda estávamos abraçadas, e com muito esforço, nos separamos uma da outra.
Bella caminhou até Jacob e lhe abraçou. Ele retribuiu ao abraço e eu não entendi muito bem a relação deles. Apesar de minha família conviver com lobos e vice versa, nunca vi eles terem mais contato do que um simples toque, eles sempre foram como se tivessem nojo um do outro. Mas agora não é o que parece com Bella e Jacob. Eles ficaram um tempo abraçados e depois se separaram.
– Obrigado por tudo Bells. – ele disse sorrindo pra ela, ela retribuiu ao sorriso e se juntou ao meu pai.
Apesar de termos nos despedido, não éramos os únicos. O “clima” de despedida tomou conta e todos os presentes, se abraçavam, se beijavam e se despediam.
Tínhamos que partir, tínhamos que começar a por tudo em ação, mas não nos permitimos sair dali sem as nossas despedidas.
Nos abraçamos um por um e nos despedimos, com muitas lagrimas e tristeza (exceto os vampiros, que não choram). E logo meus olhos focalizaram a pessoa que eu ainda não havia me despedido, a mais importante. Eu não queria me despedir, eu não aceitava isso, por mais que precisássemos, eu me recusei e somente lhe dei um leve beijo, mas não um de despedida. Pois eu faria o possível pra que aquele não fosse nosso ultimo beijo, nem nosso ultimo momento juntos, eu não podia deixar...
– Nessie... – ele disse com os olhos marejados, assim que nos beijamos levemente. – eu te...
Coloquei meu dedo em seus lábios o interrompendo. Ele permaneceu calado e confuso, mas pelo menos permaneceu calado. Eu acompanhava cada traço do seu rosto com o olhar, inalava seu maravilhoso aroma, acariciava seu rosto com a ponta de meus dedos, apenas absorvendo cada detalhe... Cada toque... Cada sensação... Para que eu nunca me esquecesse. Mesmo eu não querendo que isso fosse uma despedida, ou que pensássemos que nunca nos veríamos, eu me permitir fazer isso, eu me permiti guardá-lo em minha memória e fazer o possível para não esquecê-lo, nem no ultimo minuto de minha vida... Eu vou me permitir esquecê-lo... Não novamente...
– Por favor... Não vamos transformar isso em uma despedida... – eu sussurrei fracamente, enquanto novas lagrimas caiam por meu rosto. – Eu quero guardar na memória cada momento com você... Como se fosse o primeiro... Não o ultimo.
Uma lagrima traiçoeira rolou pelo rosto de Jacob e eu permiti secá-la e logo depois puxar seus lábios para os meus...
Minha respiração falhada combinava perfeitamente com o pulsar acelerado de meu coração, minha mão ia num movimento inconsciente até sua nuca e meus olhos se prendiam em seus lábios. Enquanto sua respiração quente ia ficando cada vez mais perto a medida em que a distancia entre nossos lábios se fechavam.
Esse não era nosso ultimo beijo... Era o beijo de nossas vidas...
Havia tanto amor, que assim que nossos lábios se tocaram levemente, uma corrente elétrica passou por todo o meu corpo, indo desde meus lábios até a ponta dos meus dedos dos pés, fazendo com que meu pelos se eriçassem e minha respiração ficasse cada vez mais falhada.
Sua mão percorreu minha cintura e – impacientemente – aumentou o ritmo do beijo. Sua língua pediu passagem em minha boca e logo eu cedi. Meus lábios se moviam juntamente aos seus em perfeita sincronia, enquanto nossas línguas se pressionavam, deixando o beijo cada vez mais intenso. E fazendo com que arfássemos juntamente em um segundo em que nossos lábios se desgrudaram, mas não era o fim do beijo... Era o começo.
Meus dedos se enroscaram nos cabelos de sua nuca e eu os puxei e trouxe seu rosto mais apertado ao meu, enquanto outra mão passava por seus largos ombros.
Seu braço apertou mais minha cintura e unindo mais nossos corpos e sua outra mão foi até minha nuca... Então finalmente, nossos pulmões queimaram pelo oxigênio, e tivemos que nos separar com respirações ofegantes, mas sem diminuir a aproximação de nossos rostos, ou de nossos corpos.
Ficamos um admirando o outro com o olhar, enquanto nossas respirações aos poucos iam se regularizando.
Nossos olhos se encontraram e eu pude ver todo seu amor e sua paixão transparecer por eles, assim como provavelmente transpareciam nos meus. Pois era o que eu mais sentia no momento... Eu o amava mais do que minha própria vida, e não precisei de memória pra perceber o quanto ele é essencial pra minha existência... Meu Jake... Minha vida... Meu amor.


Autora: Kelly Sosticio

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