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Capitulo 16 - Promessas Silenciosas

- Não baby. Você sempre será, e eu sempre a protegerei e cuidarei de você como se fosse minha princesa.
Satine soltou um sorriso triste.
- Estou com medo.
Eu a abracei e segurei seu corpo junto ao meu.
- É por isso que eu estou aqui. Eu vou te proteger.
Peguei um carro alugado - já que a vampira estava com o meu porsche - e abri a porta para Satine. Dentro do Lexus, depois de começarmos a rodar pelas ruas da capital, Satine perguntou:
- Porque estamos no Alaska? Pensei que eu fosse americana.
- Vamos encontrar uma amiga do seu pai.
Ela fechou a cara.
- Não quero conhecer amigos do meu pai! Eu nem quero conhecer o meu pai!
Encostei o lexus fora da pista e segurei suas mãos.
- Baby, você não pode julgar alguém que nem conhece.
- Posso sim, eu sou uma Volturi! Além disso - ela deixou o rosto cair - ele me abandonou.
- Amor, você nem sabe o que aconteceu. Além disso, não sabemos nada sobre a sua mãe. Temos que começar de onde podemos.
Ela suspirou.
- Dê uma chance a ele. Você nem o conhece.
Ela não respondeu. Tudo que se tratava do pai biológico a deixava triste e magoada.
Como se precisasse mudar de assunto, ela sorriu.
- Desde quando você conhece esta "amiga" do meu pai?
Eu sorri.
- Não seja boba!
- Demetri Volturi, se você me trouxe da Itália até aqui para flertar com alguém do passado - ela fez uma pausa - eu não respondo por mim!
Segurei seu rosto entre minhas mãos.
- Eu te amo - eu sussurrei.
- Não me venha com galanteios!
- Eu te quero - eu sussurrei puxando seu corpo mais perto do meu.
- E não me desconcentre!
Eu beijei seu pescoço, passando a língua em sua pele, enquanto minhas mãos puxavam sua cintura para mim. Quando senti que sua respiração estava acelerada, eu a soltei e liguei o carro.
- Não se preocupe, Kate me odeia.
- Posso imaginar porque! - ela provocou.
- Não, não é por isso. Kate me odeia por causa dos Volturi - eu olhei para ela - é possível que te odeie também, minha esperança é que ela se lembre do seu pai quando olhar para você.
- Eu não me pareço com ele!
Eu ri mais alto.
- Você nem o conhece!
- Mas eu já sei!
- Okay baby, não vou discutir com você.
O resto do caminho para a casa das Denali deu-se no silêncio. Ela estava nervosa novamente e eu não sabia o que dizer para acalmá-la. Quando paramos na frente da casa, Eu desci e sinalizei para que ela permanecesse dentro - eu não queria aquela vampira tagarela enchendo a cabeça da garota com bobagens.
Eu não precisei bater. Kate, assim como todas as outras sentiriam o cheiro de Satine, e o meu, é claro.
- A baixinha dos cabelos escuros saiu primeiro.
- Eu devo mesmo ter sido uma garota muito má, em outra encarnação! - ela praguejou - porque duas visitas em menos de um mês é demais!
- É um prazer vê-la também Katrina - eu provoquei.
Ela caminhou até mim, jogando o cabelo para trás.
- É kate, eu já disse! E porque está aqui novamente?
- Quero que conheça alguém.
Eu sinalizei para que Satine saísse do carro. Kate estava praguejando algo como "ninguém que ande com você me interessa", quando Satine desceu. A vampira levou a mão à boca e ficou mais branca que o de costume.
- Minha Mãe do Céu! - ela soltou com os olhos arregalados.
- Eu disse!
Satine caminhou desconfiada, desviando os olhos da vampira e parou ao meu lado, procurando minha mão.
- Ela... Ela...
- Eu disse, Kate! Disse a você que ela se parecia com ele.
Kate parou na frente de Satine e tocou a mão em seu rosto, com a ponta dos dedos. Satine não recuou, apenas apertou mais o toque em minha mão. Kate sorriu, abrindo os braços a pegando Satine entre eles.
- Você é mesmo filha dele! Tem que ser! Só pode! Seus olhos, seus olhos tem a mesma expressão que os dele.
Quando Kate liberou o abraço, Satine estava totalmente cética, olhando com curiosidade para a vampira.
- Não acredito que não está empolgada! Não acredito que não está feliz! Você só pode mesmo ser filha dele! Eu preciso saber de tudo! Entre, vamos!
Kate virou-se para aporta, empolgada. Satine a seguiu, me puxando pela mão.
- O general não! - Kate grunhiu - ele não é bem vindo em nossa casa!
Eu soltei minha mão e olhei Satine nos olhos.
- Vai baby, encontre suas respostas.
Ela segurou minha mão novamente.
- Não vou a lugar algum sem Demetri. Meu pai ordenou que ele me protegesse e é o que ele fará.
Kate voltou, descendo os degraus de dois em dois.
- Não seja boba criança! Não vê que a única ameaça aqui é esse Volturi?
Satine encarou Kate, os olhos brilhando mais que o de costume, enquanto seu corpo todo começava a tremer.
- Eu sou uma Volturi e se ele não é bem vindo aqui, então eu não sou também!
Kate suspirou fundo.
- Okay, o general pode entrar.
Não que eu quisesse realmente entrar na cabana das Denali, mas ver Satine me defender daquele jeito, fez com que o passeio tivesse um sabor especial.
Kate indicou uma poltrona de madeira e eu me sentei, enquanto ela se ajeitava com Satine no sofá.
- Me conte, vamos! Me conte tudo!
Satine sorriu.
- O que quer saber?
- Você! Quero saber como é possível, quero dizer, você está mesmo viva! Eu ouço seu coração! Isso é tão... Tão fascinante!
Kate não me perguntou nada, então eu deixei que Satine contasse o que quisesse.
- Demetri me resgatou na floresta, na península de Olympic. Papa recebeu uma carta, dizendo que deveria ir até lá, no começo pensaram ser uma emboscada - ela olhou em meus olhos e sorriu docemente - então Demetri me encontrou e cuidou de mim.
- E por "Papa" eu devo pensar naquele demônio?
Satine estreitou os olhos.
- De qual demônio estamos falando? Do que cuidou de alguém que nem sabia quem era? Ou do demônio que abandonou a própria filha recém-nascida para morrer na floresta?
Eu me levantei.
- Não me importo nem um pouco com quem você seja ou o que pense a respeito do vampiro que me concebeu. Aro é meu pai. O único que eu conheci. Os Volturi são minha família e não sei o que fizeram a você, mas sua opinião a respeito deles tampouco me importa!
Ela saiu pela porta como um raio e eu saí em seguida. Kate tentou acompanhá-la, mas não foi possível. Satine sumiu na floresta atrás da casa.
A vampira ficou com cara de boba, me olhando.
- Eu disse a você que ela se parecia muito com ele.
Ela suspirou.
- Até no senso de justiça!
- Sim.
- Como aconteceu Demetri? O que você sabe?
- Pouca coisa. Quando nós a encontramos, sabíamos que não era humana, mas não sabíamos o que era. Só descobrimos depois, quando sua sede de sangue aumentou.
- Ela se alimenta, como... - ela não continuou a frase.
- Nós? Quer saber se Satine se alimenta de humanos? - eu sorri - Não. Ela não faz. Ela é como vocês, embora seu controle seja maior e ela consiga se alimentar sem matar o humano.
- Eu preciso falar com ela. Preciso me desculpar.
- Você consegue encontrá-la para mim, general?
- Em qualquer lugar do mundo.
Kate sorriu.
- Você a ama.
Não foi uma pergunta. Foi uma afirmação. Eu não neguei, não podia. Nem queria. Eu fingia e mentia tanto para todos que quando tinha uma pequena possibilidade de ser sincero, eu a agarrava.
Entramos os dois na floresta enquanto eu procurava pelo rastro de Satine.
- Desde quando a ama?
- Desde sempre.
A vampira sorriu.
- Nunca pensei que veria uma cena como estas!
- Que bom que eu te surpreendo.
- Demetri?
Eu me virei para ela, e Kate colocou a mão sobre a minha.
- Eu vou ajudar.
Eu a encarei profundamente.
- Por Carlisle, é claro – eu respondi desviando meu olhar do dela.
Kate sorriu novamente.
- Também.
Eu sorri. Esse “também” indicava que, pela primeira vez, ela estava me dando o benefício da dúvida. Vindo de uma Denali, isto era uma grande coisa.
Indiquei o rastro de Satine para ela e voltei. Kate seguiu o rastro e eu esperei no carro.

Autora: Bia

1 comentários:

sandry costa disse...

lindo, ele confessando pra kate q ama ela foi lindo
parabens

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