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Capítulo 6 - Aceitação

Entrei no carro segurando o embrulho com os presentes de Jacob, meu carro novo era perfeito.
Rápido, elegante, discreto e cheio de estilo. Dirigi pela estrada molhada, um pouco mais rápido do
que deveria, por sorte o chefe Swan já estava em casa. Cheguei a La Push com o sol se ponto.
Parei ao lado da garagem, onde o rabbit vermelho estava estacionado. Desci, com as mãos cheias
com as sacolas, e entrei pela porta da cozinha.


Billy estava em sua cadeira, com uma xícara de café nas mãos.


- Olá Satine? Que bom vê-la de volta. Espero que as coisas com seu pai tenham sido boas.


- Obrigado, na verdade foram bem melhores do que imaginei! Estou apaixonada por ele. Meu
pai é simplesmente maravilhoso! Aliás, não só ele, todos são.


Billy sorriu e balançou a cabeça em sinal de negação.


- Eu disse. Sabia que você se daria bem com ele. Vocês são muito parecidos. Seu pai é uma
ótima pessoa, apesar de tudo.


Eu sorri com o “apesar de tudo”, era engraçado como as opiniões eram parecidas dos dois lados da família.
- o que são essas sacolas, querida?


- São para Jacob. Fui a Seatle hoje, fazer umas compras, queria retribuir a gentileza. Espero
que ele goste.


- Tenho certeza de que ele vai adorar. Porque não se senta comigo e toma uma xícara de
café enquanto esperamos por ele.


Coloquei as sacolas sobre o sofá e sentei-me na cadeira ao seu lado, ele me serviu uma xícara de
café. Fazia tempo que eu não tomava, estava delicioso. Conversamos um pouco, Billy era muito
agradável, sua sabedoria encantava-me.


Aspirei o ar a minha volta, um cheiro conhecido dominou-me, sem dúvida era ele.


- Jacob está chegando, eu diria que em mais ou menos dois minutos estará aqui.


Mal terminei de falar, Jacob irrompeu porta adentro com sua sutileza comum.


- Satine!


Ele pegou-me em seus braços, tirando meus pés do chão - Puxa, como esse garoto abraça
apertado! - Ele olhou para o gesso em meu braço e o segurou com as mãos.


- Ei, o que é isto? Não me diga que andou brigando com sanguessugas de novo, e nem me
chamou!


Eu sorri, soltando cuidadosamente meu braço engessado de suas mãos grandes.


- Quem me dera! Isto! É apenas parte do tratamento indicado pelo Dr. Carlisle.


- Então gatinha, como foram as coisas por lá. Se não te trataram bem, é só me dizer!


Disse Jacob, colocando as mãos em punho e socando o ar.


- Tudo bem gatão! Eu lhe disse fazendo piada.


- Eles foram ótimos comigo. Ganhei até um quarto novo, e um carro!


- Outro? Porque? Eu achava o seu ótimo!


- Pois é! Eu também! Mas papai achou que era muito chamativo. Além disso, um carro
conversível nesse bendito lugar que chove mais que em qualquer outro lugar deste continente, não
é lá muito prático.


- Papai!


- Não seja bobo garoto, você entendeu.


- Tudo bem, se você está dizendo!
- Jake, tenho uma surpresa para você.


- É mesmo? Que ótimo, eu adoro surpresas!


- Vem, vou te mostrar.


Segurei sua mão e o arrastei para a sala, ele sentou-se no sofá, meio desconfiado com o
conteúdo das sacolas.


- Comprei umas coisinhas para você, espero que goste.


Passei as sacolas para Jacob, ele começou a abrir os embrulhos.


- Puxa, que legal! Nossa isso deve ter custado muito caro. Caramba uma jaqueta de couro!


- Pra darmos uma volta de moto.


- Legal! Ta combinado!


Jacob puxou-me para seus braços, agradecendo. Eu lhe perguntei:


- Gostou mesmo?


- Claro, adorei! Só me prometa que não vai ficar gastando seu dinheiro comigo, sabe que eu
não sou muito ligado em roupas. E sorriu.


- Eu sei! Quanto ao dinheiro, pode ficar tranqüilo. De onde veio isso, tem muito mais.


- Você não tem jeito, garota! Vamos, os outros estão esperando.


Jacob estendeu a mão para mim e eu a segurei. Enquanto caminhávamos, minha mão
suava tanto que ele percebeu.


- Ah garota, não está com medo, não é?


Nem precisei responder, acho que meus olhos falaram por mim. Ele segurou mais forte
minha mão.


- Não fique assim sua boba! São só alguns lobinhos! Nunca leu chapeuzinho vermelho?


- Muitas vezes, por isso estou com medo! Está esquecendo que ele devorou a vovozinha?


- Rá, rá! Eu estou aqui, não estou? Vou ficar com você, segurando a sua mão. Está bem
assim?


- Você promete?


- Claro! Mas não acho que você vá precisar, você parece exercer um certo, poder, sobre o
sexo oposto. Paul não parou de falar de você até agora.

- Seu bobo!


- É sério, garota! Ainda mais assim, linda como está hoje.


- Que bonitinho! Você acha que estou inda?


- Está! Mas vamos parar com este papo meloso, ok?


- Ok!


Eu respondi a ele sorrindo. Estava com saudades dele e de seu sorriso sincero.


Aproximamo-nos de uma clareira, no meio da floresta. Ao longe pude ver os cinco lobos imensos.
Senti meu coração disparar. Eu queria ser forte, tinha de ser forte. Não havia o que temer. Mesmo
assim, minha mão apertou ainda mais a mão de Jacob, tanto que ele gemeu. Tentei controlar
melhor a minha força, eu não podia machucar o garoto.


Paramos no centro da formação. Meu coração batia acelerado e descompassado. Eu tentava
desesperadamente ficar calma, eu precisava controlar-me, não queria ferir aqueles garotos. Lembreime
de um conselho básico com relação aos cães, talvez servisse para lobos também. Não se mexa,
deixe que se sintam a vontade e não os encare. Foi o que eu fiz. Um a um todos os lobos
aproximaram-se de mim, uns cheirando, outros apenas olhando. O último, aproximou o focinho de
meu pescoço e fungou, arrepiando-me inteira. Quando ele se transformou eu percebi por quê. Paul.


O Alfa, Sam Uley, veio falar comigo primeiro, assim que todos estavam na forma humana.


- Então, você é a mestiça!


Eu lhe estendi a mão, minha experiência dizia que sendo cordial, atrairia cordialidade.


- Muito prazer, sou Satine.


Sam olhou minha mão estendida por um curto espaço de tempo, como que calculando que
decisão tomar. Então, eu resolvi falar.


- Sei que ainda não está convencido quanto as minhas intenções. Desculpe mas eu pude
ouvir vocês conversando enquanto nos aproximávamos. Eu também tive dificuldades para aceitar
tudo isso, por isso não os culpo.


- Virei para o lobo que estava à esquerda.


- Jared, certo? Eu não gosto de humanos. Quer dizer, não que eu não goste, é que para mim
eles são amigos, e não comida!


Jared sorriu discretamente, e voltou os olhos para o alfa. Sam arregalou os olhos.


- Como pode ser?


- Ela pode se conectar conosco. Engraçado não é?
- É verdade, Satine?


- Ainda estou tentando entender este negócio de ouvir mentes! Para mim também é estranho.


Sam chegou mais perto de mim, levando a mão até a minha, segurando-a num aperto firme.


- Seja bem-vinda a matilha!


- Obrigado.


- Espero que entenda minha atitude. Sei que assustamos você ficando todos transformados.


- Sem problemas!


- Quero lhe dizer, em nome de todos que seja bem vinda!


- Obrigado, novamente. Significa muito para mim.


- Sei que você é como seu pai. Sei que não oferece perigo a nós.


- Na verdade Sam, eu não gosto de sangue humano. Prefiro mesmo caçar animais. Humanos,
não tem um cheiro assim tão atraente.


Sam olhou nos meus olhos, como se tentasse encontrar alguma mentira dentro de mim. Eu
retribuí o olhar, não estava escondendo nada, nem pretendia. E queria mesmo que ele pudesse ver.


- Agora me diga. O que aconteceu com seu braço?


- Meu pai precisou quebrá-lo, tive uns contratempos.


- Jacob me contou. Problemas com vampiros.


- É, este é o mal de se uma mestiça!


Sam sorriu e todos o acompanharam. Enfim os nervos estavam se acalmando.


- Espero que possamos nos conhecer melhor, com o tempo. Tenho muitas perguntas.


- Também espero, Sam, quero respondê-las todas. Quero realmente fazer parte de tudo isto.


- Tem certeza, quero dizer, quer ser mesmo parte desta matilha?


Sam perguntou fazendo piada, embora o assunto fosse sério. Antes que eu pudesse
responder, Paul, colocou seu braço envolta do meu pescoço e respondeu a Sam.


- Ela já faz! É uma de nós.


Eu sorri e encostei minha cabeça no peito nu do rapaz. Ele era muito gentil, embora,
segundo Jacob fizesse isso com interesses.
- Parece que um de nós, você já convenceu!


Todos riram, fazendo piada da atitude de Paul, ele rosnou, mas não mordeu. Sam o
interrompeu colocando a mão sobre seu ombro.


- Falta uma coisa.


- O que?


- Temos uma marca, se vai ser uma de nós, precisa tê-la também.


- Sem problemas, eu adoro tatuagens!


Virei meu pulso para que ele pudesse ver melhor o brasão.


- Esta é um pouco diferente, é uma marca quileute. Um pouco rústica.


- Não tem problema, eu suporto bem a dor. Além disso, vai combinar comigo.


Jacob deu um soco de leve em meu ombro e depois me abraçou.


- Esta é a minha garota!


Sam sorriu, concordando com Jacob.


- É mesmo uma garota corajosa! É mesmo uma quileute. Venha, vamos até a casa de Emilly.


O alfa caminhou na frente, os outros um passo atrás. Jacob segurava minha mão, como prometera.
Chegamos a uma pequena casa, no meio da floresta densa. Uma fumaça saía da chaminé,
indicando que a garota estava acordada.


Jacob disse-me para não olhar muito para ela. Só quando entramos na casa, pude perceber a
razão. A marca em seu rosto era profunda. Quando vi a doçura em seus olhos, e o amor com que
ela olhava para Sam, eu quis muito ajudá-la.


Sam nos apresentou e eu a cumprimentei, Emilly abraçou-me gentilmente. Pediu que eu me
sentisse em casa. Eu sentei-me em uma cadeira da cozinha, enquanto Emilly foi buscar os objetos
para minha iniciação. Jacob continuava comigo, a meu lado.


- Fique tranqüila, tá? Só vai doer um pouquinho.


- Tudo bem, eu agüento!


Nos últimos dias eu já havia agüentado muitas coisas, mais uma não seria nada. Emilly
voltou com uma caixa nas mãos e entregou a Sam. Ele a abriu e tirou alguns utensílios bastante
rudimentares.


Emilly pegou um copo e o encheu com um líquido que fervia em uma chaleira no fogão à lenha.
Levou até Sam. Ele o entregou a mim.
- Beba tudo. É um calmante muito utilizado por nosso povo, vai deixá-la mais calma.


Eu peguei o copo e bebi todo o líquido. Era um pouco amargo, mas não ruim.


Logo comecei a sentir sono, muito sono. Meu corpo pesava uns duzentos quilos. Minhas pálpebras
estavam pesadas eu queria fechá-las, agüentei firme.


Tirei minha blusa de inverno, a pedido de Sam. Ele analisou meu braço e perguntou:


- Então, em qual braço vamos fazer?


- Tem mesmo que ser no braço? É que, bem, sendo mulher eu acabo usando mais blusas
cavadas.


- Todos nós temos no braço.


- Mas nenhum de vocês é mulher!


Emilly o interrompeu em meu favor.


- Não conheço nenhuma regra para se fazer a marca no braço.


- Bem, realmente não é uma regra, apenas um costume.


- Então podemos mudar isso.


- Podemos.


Graças ao amor de Sam por Emilly, eu escapei de ter meu ombro marcado. Não que eu não
gostasse da idéia de fazer a marca. Apenas queria tê-la em um lugar mais discreto. Afinal, é uma
marca bem grande.


- Então Satine, onde quer fazer?


- Se puder, eu gostaria de fazer nas costas, abaixo do pescoço.


- Será nas costas então!


Emilly pegou minha mão e levou-me até o quarto, onde tive que tirar a blusa, afinal, a marca
seria feita nas costas. Quando chegamos à sala, todos já estavam lá. Eu estava com minha calça
jeans e uma túnica de Emilly, com uma abertura atrás. E deitei-me no sofá. Jacob se sentou perto
de minha cabeça e enroscou os dedos pelas ondas de meus cabelos, fazendo-me carinho. Sam
passou um algodão com álcool na minha pele e começou a riscá-la.


A sensação não era muito agradável, mas também não era insuportável. Acho que o chá fez
mesmo efeito, eu estava calma e sonolenta. Demorou um pouco. Eu agüentei firme, algumas vezes
uma lágrima rolava e Jacob secava com as mãos.


Quando Sam terminou, quase não acreditei. Ele mostrou-me o desenho e em seguida tapou
com uma atadura, ainda sangrava um pouco. Eu fui até o quarto novamente, onde Emilly ajudou ame vestir. Quando voltei á sala, os meninos estavam em gargalhadas.


- Eu te falei que ela era durona!


Disse Jacob, orgulhoso.


- E é mesmo, agüentou firme, não parei nem uma vez.


- Embry não agüentou!


Entendi. Todos estavam rindo de Embry. O garoto não era tão forte assim. Eu compreendi,
ele era quase uma criança. Eu sorri junto com eles, mas confortei Embry dizendo que também havia
sentido dor, o que nem era mentira.


Tentei pegar a chave do carro quando senti uma tontura. Apoiei minha mão na mesa, Jacob
amparou-me. Acho que subestimei o chá, o efeito era mesmo grande. Sam me disse que a
sensação duraria até o dia seguinte e que eu não poderia dirigir sozinha para a casa. Embora Jacob
tivesse insistido para que eu dormisse na casa dele, eu preferi ir para casa. Tive medo de preocupar
meu pai e Esme, eles não mereciam. Depois que contei meus motivos, Jacob concordou em dirigir
meu carro até a estrada dos Cullen. Eu aceitei.


Quando voltamos para a casa dos Black, Billy já havia se deitado, eu preferi não entrar, para não
correr o risco de acordá-lo.


- Então, esse é o presentinho do papai? Fala sério!


- Deixa de bobagem garoto, é só um carro!


- Modesta esta minha parente! Só um carro! Isso é uma máquina, fala sério. Uma BMW Z4, só
você.


Não pude deixar de rir do comentário, o garoto conhecia mesmo carros.


A viagem de volta foi curta, como eu, Jacob gostava de velocidade. Conversamos pouco. Eu
estava meio zonza e ele divertiu-se muito, tentando arrancar confissões embaraçosas. Por sorte eu
só estava “meio zonza” e consegui resistir.


Jacob deixou-me na estrada de acesso à casa dos Cullen. Ele não era bem vindo em nossas
terras, assim como eles não eram bem vindos em terras quileutes.


Depois de assumir a direção, cheguei rapidamente. Estacionei na garagem e entrei.


A sala estava vazia, com certeza todos estavam ocupados, namorando - as noites eram meio
soltarias quando se estava solteira na casa dos Cullen. Entrei em meu quarto e fechei a porta.
Depois de um banho, coloquei um dos pijamas que havíamos comprado naquela manhã. Uma calça
de flanela xadrez e uma regata de malha. Deitei em minha cama e antes que apagasse a luz
bateram na porta.


- Satine querida, ainda está acordada? Posso entrar?
Desci rapidamente as escadas a abri a porta do quarto. Esme estava lá, com seu olhar de
anjo, vestida com o robe azul que lhe dera esta tarde.


- Pensei em fazer-lhe companhia, até que você durma. O que acha?


- Bem, se não vai lhe atrapalhar, eu adoraria.


Esme entrou em meu quarto e subimos as escadas até o mezanino. Eu deitei e ela ajeitou as
minhas cobertas. Sentou-se ao meu lado e ficou fazendo carinho em meus cabelos até que eu
adormeci. Fazia tanto tempo que eu não tinha uma noite tão boa de sono, que nem a vi ir embora.
Acordei com os primeiros raios de sol da manhã de domingo. Estava disposta e feliz.


Quando desci as escadas, percebi que ninguém havia descido ainda. Eu queria fazer algo
por Esme, ela era sempre tão maravilhosa comigo, eu queria surpreendê-la.


Corri porta a fora o mais rápido que minhas pernas permitiram. Em alguns minutos estava na
campina. O colorido das flores, pintava o chão como um grande quadro de Monet. Esme adorava
flores do campo, escolhi as mais belas e exóticas e colhi para ela. Um imenso ramalhete de flores
coloridas, tão grande que foi até difícil carregar enquanto voltava.


Na casa, a sala ainda estava vazia. Arrumei rapidamente as flores em vários vasos, espalhados pela
sala. Queria muito ver o rosto de Esme quando ela descesse as escadas, mas fazia parte da
surpresa que ela não me visse lá.


Subi novamente e entrei em meu quarto. Aproveitei para dar uma olhada em minha mais nova
tatuagem. Tirei cuidadosamente a atadura que Sam havia colocado na noite anteiror. Estava quase
bom, não sangrava mais e a pele já cicatrizara quase completamente. Achei melhor tirar
definitivamente o curativo, assim, a pele respiraria.


No andar de baixo, pude escutar quando Esme viu a surpresa.


- Satine, desça já aqui!


Quando desci, encontrei todos na sala. Esme estava no meio da escada. Os braços
estendidos para mim. Eu corri e a abracei.


- Obrigado querida, você é mesmo um amor.


- que bom que gostou.


- Eu amei. Adoro ganhar flores. Ainda mais flores assim tão especiais.


- Você merece. É a melhor mãe do mundo.


Seus olhos se enterneceram, acho que se pudesse chorar, aquele era o momento. Ela
apenas me abraçou, apertado e gentil. Eu apenas retribui, e beijei-lhe o rosto.

Autora: Bia Kishi

1 comentários:

Carla Black disse...

muito bom....legal ela é dos dois lados, quileute e vampiro, quem diria...a fronteira pra ela nao existe...

Meu lobo como sempre lindo e gentil...

Satine é durona mesmo, aguentou firme a tatoo...

Emily um amor tambem..gosto dela..

Esme um encanto tambem...


Parabens, aguardando os proximos capitulos...

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