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Capitulo 10 - Consequências

-Por que você não pode simplesmente me contar as coisas?! –Ele indagou a plenos pulmões. –Por que me esconde tudo? Por que não confia em mim, Alice?! Eu confio em você.



Uni minhas sobrancelhas, ele estava me colocando contra a parede. Meu peito doía, eu choraria se tivesse lágrimas. Queria poder ter previsto isso.



-Jasper, por favor, não faça isso, eu só quero te proteger, você sabe disso... –Murmurei.



-Não preciso que você me proteja, Alice! Eu NÃO QUERO que você me proteja! –Ele berrou quebrando mais objetos de nossa casa. –Sou EU quem devo proteger você!



Franzi o cenho, a dor no meu peito aumentava cada vez mais, queria poder rugir de dor para ver se desse modo, ela passava. Era tão ruim vê-lo quebrando coisas que fizemos juntos e escolhemos.



-Jasper eu estava indo te contar, eu juro... –Murmurei.



-Claro que estava! –Ele exclamou sarcástico.



-Jasper... Por favor... –Murmurei derrotada.



-Quantas vezes mais, você vai confiar mais em qualquer outra pessoa do que em mim? –Ele indagou baixando o tom da voz.



-Jasper, entenda, por favor, eu te amo... –Continuei murmurando.



Ele se manteve sádico em frente a mim, os meus joelhos vacilaram, e eu caí com a imagem que vi. Jasper estava me deixando.



-Suponho que você tenha acabado de ver... –Disse ríspido me encarando friamente.



Não fui capaz de responder, não tinha forças para abrir a boca e dizer algo. Nunca sentira tamanha dor em meu peito. Ele era toda a minha existência, cada parte de mim pertencia a ele, e eu sei que ele também me pertencia. Só não entendia como era possível ele fazer tudo aquilo comigo. Que eu estava errada, tudo bem, eu realmente poderia estar, mas eu não tinha intenção de magoá-la, e ainda assim, ele me machuca e me magoa, sem tentar entender.



-Eu tenho que respirar um pouco, Alice, pensar e resfriar as coisas... Dessa vez, de verdade... –Murmurou passando por mim e saindo porta afora sem olhar para trás.



Eu não suportaria aquilo. Meu peito doía, minha cabeça latejava e eu não conseguia me pôr de pé. Queria ter o poder de corrigir o passado, mas acho que nenhum vampiro tem tal capacidade, NINGUÉM tem.



Por puro instinto, comecei a gritar de dor e esgoelar, não podia chorar, mas tinha que colocar de alguma forma tudo o que eu sentia para fora, ou ao menos tentar...



Ouvi passos se aproximando, não queria falar com ninguém, não conseguia falar. O vento bateu, trazendo o cheiro à tona, era Mellody. Ela deveria estar com sono, estava na hora de dormir. Não podia ser irresponsável a ponto de abandoná-la, no entanto, minha cabeça doía e eu não sabia como iam ser as coisas, o que aconteceria dali para frente. Eu simplesmente não conseguia raciocinar pela primeira vez em minha existência.



Ela vinha em minha direção em passos saltitantes, mas apressou-se ao ver-me ali derrotada.



-Mamãe! –Ela exclamou agachando-se ao meu lado. –Está tudo bem, mamãe... –Murmurou docilmente abraçando-me. –Eu estou aqui, vai ficar tudo bem. –Acalentou-me.



Abracei-a com força, precisava de um apoio. Não fazia noção do quanto a minha pequena fada tinha capacidade de consertar as coisas. Nem mesmo as palavras de um adulto, pode-se dizer, me reconfortariam mais. Ela estaria comigo, e eu estaria com ela, assim seria a partir daquele momento.



Rugi de dor, abraçando-a ainda mais, parecia que quanto mais forte era o abraço, mais a dor sumia. Ela afagava meus cabelos carinhosamente, e cantava em meu ouvido uma canção de ninar que inventara com Edward e Reneesme:



“Não, não,



as estrelas estão



brilhando no alto,



eu as toco quando salto.



Então não se aborreça



e brilhe!



Deixe os seus olhos iluminarem e que a criança,



dentro de você cante!



Acredite,



você é o meu anjo.”



Eu continuava “chorando” em seu ombro, pois era daquele jeito que um vampiro chorava. Mellody me protegeu, de certa forma, eu não me sentia vulnerável ao lado dela, embora eu fosse bem mais forte do que ela, mas não digo proteger neste aspecto.



Ao contrário do que acontece todos os dias, nós tomamos um banho de banheira juntas, e em todos os momentos, ela cuidou dela mesma e de mim. Por agora, estávamos em meu quarto, deitadas em minha cama sob o edredom branco.



-Mamãe, você quer que eu leia uma estória para você? –Perguntou gentil.



Dei um leve riso, ela era mesmo uma princesa.



-Não, obrigada meu amor... –Agradeci dando-lhe um beijo no topo de sua cabeça.



Minha fiel companheira, minha filha era realmente perfeita. Sentia-me bem ao me lembrar que estava prolongando-lhe a vida. Ela era um anjo, e anjos não mereciam a morte precoce.



Ela pousou sua cabeça em peito, e eu envolvi minha pequena menina em meus braços, logo ela estava adormecida. Sua respiração acalmava-me, e os batimentos de seu coração puro eram como uma melodia aos meus ouvidos. Aproveitei aquilo tudo para relaxar e refletir.



A cena me lembrava a de um filme que uma vez eu assistira, e foi então que percebi. Eu entendia agora porque as mães humanas divorciadas ou separadas estavam sempre com seus filhos, não se importavam com os caras que as deixaram, e dariam a vida pelos pequenos seres que cresceram dentro delas.



Elas seriam o meu exemplo a partir dali, por não desistirem por causa de um amor, ainda que amores humanos sejam muito menos intensos que amores de vampiros. Pura e simplesmente elas eram guerreiras que eu jamais reparara, nem todos os humanos eram frágeis, eu tinha certeza que elas enfrentariam qualquer coisa por seus pequenos. E assim seria a partir daquele momento. Eu levaria minha vida ao lado de Mellody, porque ela era digna de todo o meu amor, e eu a amava com a minha alma, mesmo ela não tendo crescido dentro de mim, não sendo o mesmo que eu, e pelo fato de não termos nenhum laço genético cientificamente. Eu a amava, e isso bastava.



Sorri e brinquei com seus cabelos. A dor no peito era existente, sempre seria, mas enquanto eu estivesse ao lado da minha fadinha, ela seria agonizada. Ainda que Jasper fosse todo o meu ser, ao lado dela eu suportaria.







Mais tarde, quando Mellody acordou, fomos para a casa de Esme.



-Você está melhor? –Questionou Mellody a mim.



-Estou com você! –Disse lhe dando um sorriso.



Ela retribuiu e me abraçou a cintura.



-Alice! –Chamou-me Bella correndo em minha direção. –Nós o vimos... –murmurou.



Esme e Rosalie também vieram correndo em minha direção e me abraçaram. Eu sempre soube que poderia contar com a minha família para tudo.



-Ele disse que precisa apenas de um tempo, Alice, ele vai voltar, ele te ama acima de tudo. Jasper nos pediu para dizer a isso a você... –Murmurou Rose.



Respirei fundo.



-Nunca passamos por uma crise assim... –Sussurrei com os olhos baixos.



Elas me abraçaram mais forte, Mellody também. Sentia todo o amor que elas tinham por mim. Abracei-as com a mesma intensidade, eu as amaria por toda a minha existência, não importava o que fosse acontecer. Elas estariam comigo e eu estaria com elas. PARA SEMPRE. E quando um vampiro diz “Para sempre”, é realmente para sempre, não duvide.



-Eu pensei em irmos ao shopping com as crianças, em Port Angeles... –Comentou Rose.



-Claro, eu preciso mesmo comprar algumas coisas para minha casa... –Murmurei esboçando um sorriso.







Ainda era dia quando saímos de Forks. Rose e as crianças foram no carro de Emmett, e eu e Bella fomos no Volvo de Edward. Bella estava na direção, eu estava distraída demais e aquilo implicaria numa noite tediosa, no mínimo.



-Eu sei como é essa dor, Alice... –Bella murmurou sem tirar os olhos da estrada. –É avassaladora e parece que vai te corroer ao poucos até você se tornar um nada.



Recordei-me de quando Edward havia deixado Bella, com certeza ela se referia à essa memória humana. Admirava a capacidade de Bella de ter sobrevivido, se não fosse por Mellody, eu já teria ido à Volterra.



Eu assenti em silêncio.



-Mas ele irá voltar. Você bem sabe como é um amor de vampiro! –Ela sorriu. –Sabe que Jasper não seria capaz de te deixar, estamos falando do cara que mataria qualquer vampiro para te manter viva, do cara que se duplicou na batalha contra os recém-nascidos apenas para que você não corresse nenhum risco... –Ela continuou sorridente.



Bella não era de dar conselhos, era mais como um ombro para chorar e ouvir, acho que minha tagarelice finalmente estava lhe fazendo falta, no entanto, tudo o que ela dissera era verdade. Eu morreria por Jasper e ele morreria por mim, simples assim. Dei um sorriso a ela.



-Obrigada, Bella – agradeci sorrindo.



Ela era minha melhor amiga, a que sempre sonhei, sem dúvida alguma.



Ao chegarmos ao shopping de Port Angeles, Mellody correu em minha direção e abraçou com força minha cintura. Sorri e retribui com a mesma intensidade. Ela percebera meu sorriso e sorrira também. Algo nela era mais vívido quando eu era mais vívida, e algo mais apagado quando eu estava apagada. Senti que estávamos conectadas de alguma forma, não posso dizer muito, pois sei que ela era e é meu destino, uma sina de vampiro, talvez.



Veja pelo meu ponto de vista, Mellody precisava ser salva, eu precisava de algo a mais em minha vida, e mais no futuro precisaria dela – o futuro de agora, ao ser deixada por Jasper.



Bella deu-lhe uma piscadela, ela riu e abraçou sua tia com força. Bella não percebia, mas ficava toda boba perto de seus sobrinhos e de Nessie.



Fomos às compras. Nos dividimos em várias etapas e grupos, chego a ser engraçado. Primeiro, fomos priorizar algumas coisas importantes. Eu e Mellody fomos atrás de objetos que substituíssem os que Jasper quebrara; Bella e Nessie foram procurar por um presente para Sue, já que seu aniversário estava se aproximando; e Rose e Matt foram atrás de novas chuteiras e uniformes para futebol para Matt.



Por agora, estávamos juntos novamente. Os três tomavam sorvete, e nós fingíamos tomar um Milk-shake.



De repente, uma visão invadiu-me o cérebro. Em alguns minutos, uma garota de olhos verdes acompanhada por sua mãe passaria perto de nossa mesa. Uma das duas deveria – ou apenas poderia - ser a La Tua Cantante de Nessie. Em minha visão, Reneesme perdia o controle e a atacava expondo a si mesma e nós. Estremeci com o que vi.



-Reneesme, tampe o nariz agora! –Ordenei antes que fosse tarde.



Ela me olhou encabulada, mas fez o que pedi. Sabia que depois eu a explicaria tudo. Bella e Rose encararam-me. Olhei de relance para a garota de olhos verdes que passava exatamente em frente à nossa mesa de braços dados com a mãe. Elas captaram, quando tive certeza de que a garota já estava suficientemente longe, permiti que Nessie voltasse a respirar normalmente.



Ela era apenas uma criança, não gostava da ideia de ficar testando seu autocontrole e ajudava sempre.



Não foi preciso que eu explicasse a Reneesme, ela entendera por si própria.



Depois disso, fomos comprar algumas roupas para o restante da família. Enquanto escolhíamos as peças, Matt, Mell, e Nessie provavam várias e várias roupas, se divertindo, evidentemente.



Rose estava no caixa pagando algumas peças que, havíamos comprado na loja, quando mais uma visão me invadiu o cérebro. Desta vez era Jasper, ele ainda estava em Forks, oposto do que eu havia pensado, mas isso não convém agora. Jasper estava se encontrando com Alec, aquele Volturi estava nos fazendo uma visita. Estava só, porém, nem Jane, Aro, Félix ou outro vampiro o acompanhava.



Estremeci.



-Temos que ir embora, agora! –Exclamei para Bella.



-O que foi? –Ela questionou. “O que foi?” era um modo mais sensato de dizer “O que você viu?” que havíamos combinado para usar diante dos humanos.



-Jasper está em perigo! –Exclamei alarmada.



Bella se levantou, assim como Mell e meus sobrinhos, que tinham os olhos arregalados. Deveria ter dito mais baixo.



Quando Rose finalmente pagou o que havíamos comprado, fomos numa rápida velocidade humana, que era extremamente devagar e que me agoniava. Mas não podíamos arriscar a nos expor assim, havia várias câmeras de vigilância pelo shopping e todas elas com capacidade de câmera lenta.



Queria encontrar Jasper o mais rápido possível, antes que algo lhe acontecesse e fosse tarde demais para tudo. Estremeci novamente, evitando alguns pensamentos.



Rosalie ficou encoberta de levar as crianças para casa e avisar a nossa família, enquanto eu e Bella íamos rastrear Jasper e Alec.

Auora: Letícia

1 comentários:

Soraya disse...

Poxa!!Ufa to super preocupada.Entendo como é vida de casal.Mas ñ quero eles separados.
O Alec voltou por causa da Mel?
A cada parte tá mas surpreendente.
To super feliz de ter achado essa fic.
Parabéns.
bjs
Obs:Ñ sei se a autora lê os comentários.Espero q sim pois ela é muito criativa e eu gostaria q ela soubesse disso.UM abração!!!!TCHAU!!!!

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