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Capitulo 37 - Finalmente acabou

Eu me sentia como se estivesse morta. Não sentia nada, e não conseguia sair da escuridão. Era como se eu estivesse no fundo de um oceano tentando chegar a superfície, e quando finalmente chegava, era levada ao fundo novamente. Eu sabia que não estava morta, pois a dor ainda me acompanhava, não a dor física dos ferimentos que sofri na luta... E sim a dor de perdê-lo. Essa dor era tão forte que eu desejava mais do que tudo que fosse verdade que eu estivesse morta e acabasse com isso logo de uma vez.
Eu estava novamente no fundo do oceano, resolvi desistir de nadar a superfície e me entregar de vez a escuridão. Mas havia um sentimento em mim, que me obrigava a tentar e não desistir.
Comecei a nadar de volta a superfície. Subindo... Subindo... Até que finalmente consegui. Eu arfei, puxando por ar, como se estivesse mesmo no fundo do oceano se afogando. Esperei para ser levada ao fundo novamente, mas não. Em vez disso, eu comecei a sentir a dor de minha perna se revelar e uma forte luz atingir as pálpebras de meus olhos, foi só então que percebi que estava com eles fechados.
– Querida, você pode me ouvir? – uma voz sussurrou ao longe, mas eu não conseguia reconhecê-la, mas tive a impressão de que falava comigo.
Forcei minhas cordas vocais a uma resposta, mas não conseguia. Resolvi usar meu poder, mesmo não sabendo quem estava falando comigo.
Sim, eu posso ouvir.
– Sim, ela está ouvindo. Onde está Carlisle? Ela já esta prestes a acordar. – a voz soou novamente e o nome de meu avô me fez perceber que eu estava segura onde quer que eu estivesse.
– Ele está cuidando dele. – outra voz respondeu, mas também não a reconheci.
– Tudo bem. – senti um toque gelado em minha bochecha, mas não reclamei, pois de alguma forma era reconfortante. – Sente alguma dor?
Mais uma vez senti a sensação de que falava comigo, então tentei abrir meus olhos. Mas era como se tivesse algo os segurando e eu não conseguia abri-los.
– Descanse querida, você ainda está fraca. – senti uma pressão gelada acariciar as pálpebras de meus olhos e resolvi obedecer o que dissera. – Você sente alguma dor?
Minha perna... Somente ela dói.
Não era verdade, o meu coração era o que mais estava destruído em mim, era a parte onde mais me machucava, era a parte mais dolorosa que me dava vontade de morrer ali mesmo. Mas a perna, era somente ela que doía fisicamente.
– Tudo bem. Eu não posso aplicar um sedativo sem Carlisle aqui, mas logo ele chegará. – agora que a voz soou novamente, reconheci por ser de minha mãe.
– Jake... – sussurrei sem perceber.
– Como ela está? – reconheci a voz de Carlisle.
– Ela está com a perna doendo.
– Isso é normal sem o efeito dos sedativos, mas acho que ela já esta recuperada o bastante para precisar aplicar outro.
– Não está... Doendo tanto... – consegui sussurrar.
– Consegue abrir os olhos Ness? – senti seus dedos frios tocarem a pele de meu rosto. Comecei a forçar meus olhos a abrirem e logo os consegui, mas a claridade era tanta, que logo os fechei. – Tudo bem, não precisa abri-los agora, apenas fique em repouso. Bella fará companhia a você.
Assenti fracamente e relaxei na cama. Cama?
Ouvi os passos de Carlisle sumindo e logo percebi que ele saíra do local. Senti as mãos frias de minha mãe pegar a minha e logo relaxei ao seu toque.
Depois de alguns minutos, não consegui agüentar o silencio e resolvi perguntar o que mais me preocupava.
Mãe?
– Sim?
O que aconteceu?
– A luta acabou. Estamos em casa agora.
Isso explica a cama. Alguém se machucou?
Essa pergunta era ridícula, já que meu Jake... Se fora. Meu coração se contorceu dolorosamente com esse pensamento. Como vou consegui viver sem ele?
– Sim... Alguns de nós se machucaram, mas já estamos recuperados.
Jake...?
– Você logo vai saber querida. – foi só que ela respondeu e logo meu avô voltou.
– Acho que você já ficou acordada o bastante, vou aplicar um pouco de sedativo pra que você possa dormir tranquilamente, mas não se preocupe, esse será o ultimo que você tomará, já esta quase recuperada.
– Ok. – sussurrei.
Em alguns segundos a dor na perna já estava sumindo e eu perdendo os sentidos, até me perder na inconsciência e voltar ao fundo do oceano novamente.

XxXXxx

Os dias se passaram rapidamente. Minha mãe passava todos os dias ao meu lado na cama e sempre que eu tentava perguntar algo do que aconteceu ela logo mudava de assunto. Minha família constantemente ia ao quarto me ver e a cada dia que passava eu ficava melhor, e logo voltei a comer, só que ainda sentia mais vontade de sangue do que de comida, mas era necessário pra mim manter a força.
Assim como minha mãe evitava falar do que aconteceu na luta, eu evitava falar ou perguntar em Jake, pois cada vez que eu fizera isso a ferida em meu coração se abria e provocava uma dor insuportável. Então toda vez que ele invadia minha mente ou meus sonhos, eu sempre pensava que ele estava num lugar melhor e que estava bem agora, pois assim como meus pais eu acredito no paraíso e sei que Jake merece estar lá.
Desde a luta eu estava inconsciente e assim que chegamos em casa, meu avô Carlisle logo me aplicou um sedativo pra parar minha dor e fez o possível para me tratar. Eu fiquei um dia inteiro a base de sedativos, por isso aquela sensação de sempre que eu chegava a superfície do oceano eu voltava pro fundo, pois toda vez que eu estava prestes a acordar ele logo aplicava outro sedativo.
Hoje minha mãe não estava comigo, pois ela teve que ir caçar, aproveitei que ela não estava e me levantei da cama. Eu já estava recuperada o bastante, mas ela não acreditava em mim e fazia questão de me prender nessa maldita cama.
Assim que botei meus pés no chão pude sentir o desequilíbrio em minhas pernas, mas me controlei pra não cair, pois fazia um bom tempo que eu não andava. Minha perna ainda estava quebrada, então eu estava com gesso, mas graças a minha força inumana, consegui andar sem as malditas muletas.
Comecei com o andar cambaleante, mas logo consegui controlar minha força e andei normalmente (na velocidade humana).
Minha perna já não doía tanto assim, e estava fácil caminhar pela casa.
Caminhei pelo corredor dos quartos e me direcionei a escada. Não me importei que estava com a perna engessada, apenas aproveitei o fato de que não tinha muitas pessoas me vigiando.
Tive que ter muita paciência para descer as escadas com um passo de cada vez, já que eu sempre a desci correndo sem quase nem tocar os degraus.
Assim que terminei de descer as escadas, procurei com meus olhos se havia algum vampiro a vista, como não vi ninguém, me encaminhei até a cozinha e abri a geladeira.
Peguei um suco de laranja e assim que fechei a geladeira dei de cara com Emmett. O susto foi tão grande que quase derrubei o copo.
– Emmett! Por que me assustou assim?! – disse colocando teatralmente a mão no peito.
Ele gargalhou e colocou meu braço em seu ombro, pra me dar apoio. Revirei os olhos, se eu desci as escadas e cheguei até aqui sem ajuda, por que eu precisaria de alguma agora?!
– Baixinha, você não devia ter saído do quarto, ainda não se recuperou totalmente. – ele murmurou me encaminhando até a escada. Eu não acredito que o Emmett está me dando lição.
– Eu estou bem! – disse e tirei meu braço de seu ombro.
Me encaminhei com o copo até a varanda de casa, queria sentir a natureza de novo, não queria mais ficar trancada naquele quarto, e comecei a tomar o suco.
Ele riu e se sentou comigo na escada da varanda.
– Cadê todo mundo? – perguntei dando um gole no suco.
– Estão caçando. – ele respondeu.
Deixei meus olhos vagarem pelo local, só então percebi que estávamos em nossa casa em Forks.
– Tio Emmett?
– Sim baixinha? – ele perguntou se virando pra me olhar. Reprimi a vontade de revirar os olhos e o olhei.
– Você não esconderia nada de mim não é? – fiz carinha de inocente e o vi torcer os lábios pensativamente.
– Não... – ele murmurou demoradamente.
– O que exatamente aconteceu em Volterra? – perguntei diretamente e ele desviou o olhar do meu.
– Nós ganhamos. – ele disse simplesmente e eu revirei os olhos para a obviedade de sua resposta.
– Isso eu sei. Eu quero saber o que aconteceu durante a luta que todos estão me escondendo!
– Eu não posso dizer baixinha desculpe.
Fechei os olhos e respirei fundo.
– É sobre o... Jacob? – sussurrei a ultima parte como se estivesse engasgada com algo. Ele não respondeu e eu continuei. – Eu sei que ele... Se foi... Não precisam me esconder nada.
– Ele não morreu Ness. – ele sussurrou e olhou pra mim com compaixão.
O mundo paralisou naquele momento e eu fiquei em choque ao ouvir suas palavras.
– Ness? Você está bem?
Tudo escureceu de repente. Ouvi o copo cair no chão e logo em seguida senti sendo levantada por braços frios antes de perder totalmente a inconsciência.

XXxXX

– Ela não estava pronta pra saber Emmett! – ouvi a voz de Rosalie gritar. Mas continuei com os olhos fechados, enquanto sorria sozinha. Ele está vivo! É tudo que importa...
– Mas eu já não agüentava vê-la sofrendo daquele jeito. – ele se defendeu e ouvi alguns rosnados.
– Nenhum de nós gostava de vê-la daquele jeito, mas era necessário!
Por que queriam esconder a verdade de mim?
– Ela esta acordando. – Edward murmurou e logo tudo se silenciou.
Abri meus olhos e me vi rodeada por todos de minha família. Eles tinham expressões preocupadas e analisavam minha expressão cautelosamente.
Por que me esconderam a verdade? – mandei telepaticamente a todos os presentes.
Vi Edward olhar pra cada um deles antes de olhar pra mim e responder.
– Ele está vivo... Mas não esta bem. – ele respondeu.
– Como assim?
– Quando... Quando eu joguei você pra longe dele e suguei o veneno...
– FOI VOCÊ? – gritei. – POR QUE FEZ ISSO PAI??
– Você não sabia o que estava fazendo Ness. O veneno poderia agir de um modo diferente em você. Não podíamos deixar arriscar sua vida assim.
Resolvi me calar, não podia falar assim com meu pai, e ele estava certo quanto a isso. Eu não pensei em nada, somente em salvá-lo.
– Que bom que entende isso. – ele murmurou.
– Agora podem me dizer o que aconteceu? Toda a verdade? – perguntei e ouvi meu pai suspirar.
– Assim que percebi o que você estava prestes a fazer, eu te tirei de perto dele e assumi seu lugar, sugando o veneno.
“assim que terminei percebi que Jacob estava com pouco sangue, pois o veneno havia se espalhado rapidamente, fazendo com que o coração dele parasse de bater. Fiz massagem cardíaca até que o coração voltasse e voltou, só que fracamente... Ele estava com pouco sangue, mas o organismo de lobo dele estava produzindo mais rapidamente, mas isso não impediu o estado dele. Não podíamos levá-los á um hospital devido as circunstancias, então resolvemos voltar pra casa. Alguns de nós ficaram para terminarem a luta, enquanto os outros voltavam. Assim que chegamos, fomos até nossa casa e começamos a tratar vocês dois. Carlisle tratando você e eu de Jacob... Seu caso foi fácil, Carlisle logo aplicou sedativos e você dormiu por um bom tempo, mas Jacob... Estava muito pior... Ele entrou em coma por alguns dias, até que ele se recuperou rapidamente. Assim que ele acordou do coma, os quileutes levaram ele pra casa e ele ficou lá até se recuperar. Carlisle constantemente ia até lá checar as condições dele, quando não cuidava de você. Ele está bem Nessie, mas não esta totalmente recuperado... Os outros logo voltaram de Volterra, com ferimentos que já estavam voltando ao normal. Mas... Um lobo mais novo também fora mordido, e como o veneno não foi sugado ele acabou morrendo...
– Eu sempre achei que não deviam colocar os mais novos para lutar. – Bella murmurou mais para si mesma, embora todos ouvíssemos.
– Bem... aí os quileutes levaram o corpo para fazer o velório. Essa é toda a verdade Ness... Só não contamos antes, pois pensamos que não estava preparada ainda, você ainda não se recupe...
– Me recuperei sim! Eu estou bem e quero vê-lo! – disse.
– Era exatamente por isso que não queríamos te contar. Você iria querer vê-lo e não se recuperaria do jeito que deveria. – Bella murmurou pra mim.
– Não... – sussurrei fracamente, os soluços já tomando parte. – Eu preciso vê-lo...
– Não... Ainda não Ness. Espero que entenda. – Edward disse e uma lagrima escorreu por meu rosto.
Eles não entendem... O que é pensar que a pessoa que você mais ama no mundo esta morta...
– Eu entendo... Mais do que você imagina. – ouvi Edward sussurrar.
Abaixei a cabeça para esconder meu rosto chorando e sussurrei fracamente um “por favor”.
– Desculpe. – meu pai sussurrou antes de beijar levemente minha testa e sair pela porta junto aos outros.
Deitei na cama e comecei a chorar. Eu queria tanto vê-lo...
A única coisa que fez com que eu ficasse bem ali esperando pelo momento que me permitiriam vê-lo, era imaginar seu lindo rosto sorrindo pra mim... Pelo menos ele está vivo... Isso é tudo o que importa.


Autora: Kelly Sosticio

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