Tomei um banho e caí na cama. A crise de choro tinha me deixado cansada. Repassei em minha cabeça tudo o que tinha acontecido naquele dia. Um sorriso me veio aos lábios. A lembrança de ver Jake gozando não parava de invadir minha mente. Ele estava tão bonitinho gemendo daquele jeito! Era a primeira vez que via um homem tendo um orgasmo, não fazia nem idéia como era. Não sei se com todos era assim, mas Jake gozava muito lindinho...
- RENESMEE!! DÁ PRA ME POUPAR DOS DETALHES SÓRDIDOS!!! – O grito do meu pai quase me matou de susto. Não sei em que parte da casa ele estava, mas acredito que toda a vizinhança escutou (se bem que não tínhamos vizinhos).
- PAI, VOCÊ AINDA VAI ACABAR MATANDO MINHA METADE HUMANA DE SUSTO. VAI TER DE SE CONTENTAR SÓ COM MEIA FILHA.
- MÃE – continuei gritando – VÊ SE ARRANJA ALGO MELHOR PRO SEU MARIDO FAZER DO QUE FICAR BISBILHOTANDO MEUS PENSAMENTOS. QUEREM QUE EU DÊ ALGUMAS SUGESTÕES?
Só deu pra ouvir as gargalhadas do tio Emmet abafando os rosnados do meu pai.
“Essa menina ainda vai me matar.” “Não seria melhor deixarmos eles...” Foram as últimas palavras que escutei de meus pais antes de adormecer.
Acordei com o meu celular tocando. Era Jacob.
- Te acordei?
- Não se preocupe, não existe forma mais maravilhosa de acordar do que ouvindo sua voz – falei toda melosa.
- Fiquei preocupado com você. Como seu pai reagiu? Queria ter ido aí te ajudar, mas achei que poderia piorar as coisas e também porque estava um pouco envergonhado. Não sei como aquilo aconteceu. Eu não sou mais um garotinho de treze anos para agir daquela forma descontrolada. Desculpe-me, Nessie.
- Pra dizer a verdade eu até achei bonitinho – falei meio que rindo.
-Nessie, pare com isso. Vamos esquecer o incidente, por favor.
- Esquece as mãos nos meus seios que eu esqueço seu orgasmo. Combinado? – Contive a vontade de rir do meu cinismo.
- Quando foi que você se tornou esta mulher fria e calculista? – Perguntou brincando.
- Acho que é efeito colateral da abstinência forçada. Tô virando a “Mulher Lagartixa”, to subindo pelas paredes – falei rindo.
- Vou desligar antes que seu pai entre aí e faça você engolir este celular. Tchau amor, te amo.
- Tchau, Jake. Também te amo.
Jake evitou ao máximo encontrar-se com meu pai nos dias que se seguiram ao “incidente”. Encontrávamo-nos perto do rio que banhava nossas terras.
Antes, quando éramos apenas amigos, eu podia ir a sua casa a hora que quisesse. Agora estava terminantemente proibida de freqüentá-la.
Quando fomos embora de Forks, logo depois do meu nascimento, Vovô convidou Jake para mudar-se junto conosco. Não sei bem por que, mas ele aceitou, para minha felicidade e desgosto de sua família.
Jake foi alojado numa cabana bem confortável, nas proximidades de nossa casa. Morava sozinho. Prestava serviços de manutenção nas máquinas das fazendas próximas, o que lhe rendia um bom ganho. Carlisle deu-lhe de presente, antes de nos mudarmos, um curso nesta área e agora sua habilidade com motores estava aliada à técnica também. Seus serviços eram muito requisitados.
Eu evitava o convívio social, pelo menos até meu desenvolvimento se dar por completo. Nossa casa ficava bem afastada da cidade, aonde eu quase nunca ia.
Sempre detestei este “exílio”, mas agora ele era um motivo a mais para poder ficar com meu namorado muito mais tempo do que normalmente as garotas comuns ficavam. Isso era muito bom.
A notícia da viagem que meu pai, mamãe e vovô teriam de fazer para o Brasil me deixou extasiada. Eles estavam investindo em imóveis naquele país e iriam lá fechar um grande negócio. Meus pais fariam uma rápida visita à Ilha de Esme também, para relembrarem a lua-de-mel. Foi lá que me fizeram.
Enfim eu teria um pouco de privacidade!!
Depois de uma conversa reservada com Jake (da qual ele saiu bem assustado) e de me dar milhões de orientações, meus pais se despediram e viajaram. Ah, meu pai fez um monte de ameaças também, diga-se de passagem.
Respirei aliviada, pelo menos ele não me colocou um cinto de castidade.
Para comemorar minha liberdade, resolvi fazer minha primeira transgressão. Acordei bem cedo e fui visitar Jake na cabana. Ninguém perguntou aonde eu ia. Menos mal.
Quando cheguei, Jake dormia profundamente de barriga pra cima e os braços abertos. Só mesmo aquela cama king size para cabê-lo. Fiquei um tempo admirando-o dormir.
Ele estava só de bermuda. Seu corpo era escultural. Todos os músculos eram definidos. Uma verdadeira tentação!!
Um desejo enorme de sentir aquele corpo junto ao meu me dominou. Tirei minhas roupas, ficando só de calcinha e sutiã e me deitei sobre ele, abraçando as laterais do seu tórax.
Colei meu corpo o mais que pude no seu, sentindo cada músculo que encostava-se em mim.
De repente seus braços se fecharam ao redor da minha cintura num abraço esmagador. Num movimento que eu quase não percebi ele se virou, deixando-me embaixo de seu corpo.
Nesse ponto eu já não conseguia sequer respirar, tamanha minha excitação. Começou a beijar meu pescoço, me fazendo quase perder os sentidos. Senti que algo diferente começava a fazer pressão entre minhas pernas e percebi constrangida do que se tratava. Era a primeira vez que sentia tão de perto sua ereção. Era assustador e prazeroso. Eu gemia baixinho, envergonhada, mas não queria que aquilo acabasse. Era muito melhor do que tinha imaginado.
Foi então que ele, em questão de segundos levou uma das mãos ao ventre, tirando seu membro ereto de dentro da bermuda e em seguida, com a mesma rapidez, começou a retirar minha calcinha.
Fiquei paralisada. Eu ia ser penetrada por Jake sem ele sequer ter aberto os olhos.
- Jake, não! Assim não. Por favor, pára.
Ele abriu os olhos e me encarou. Uma expressão de terror tomou conta de sua face.
- NESSIE, PELO AMOR DE DEUS, O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI!! ACHEI QUE ESTAVA SONHANDO!!
Enquanto falava saiu de cima de mim rapidamente, puxando a bermuda para se cobrir novamente.
Eu estava completamente muda. Não conseguia mexer um músculo sequer.
-Nessie, eu te machuquei? O que eu fiz com você? Pelo amor de Deus, fala alguma coisa. – Sua voz era de susto e desespero ao mesmo tempo.
Meus olhos estavam parados nos seus e isso era tudo o que meu cérebro era capaz de me mandar fazer.
Ele olhou meu corpo de cima a baixo. Parecia que procurava pistas do que podia ter acontecido ali naquela cama.
Meu rosto deve ter ficado vermelho, pois senti todo meu sangue indo para minhas bochechas. Ele notou e me cobriu rapidamente com a coberta, meio envergonhado também.
- Ja...Jake – falei enfim, com o pouco de voz que tinha – não aconteceu nada, você não me... a gente não... .
Eu não tinha coragem de falar abertamente que ele não tinha me possuído com aquela “coisa” que tinha tirado para fora.
- O que você está fazendo aqui? Como você veio parar seminua aqui na minha cama? Eu devo está tendo uma crise de amnésia, pois tenho certeza que dormi sozinho. – Suas mãos na cabeça exemplificavam bem seu estado de desespero.
- Eu vim te visitar agora de manhã – comecei a explicar. - Vi você dormindo e deu vontade de me deitar a seu lado. Aí você começou a me agarrar. Pensei que estava acordado. Estava tão bom... até que você tirou aquele negócio... hum... o seu... hum... pra fora e... Bem, antes que você o colocasse dentro de mim eu pedi que parasse e aí você acordou e...
- Nessie, você faz idéia do que poderia ter acontecido nesse quarto? Sabe que eu poderia tê-la machucado? – Ele agora falava calmo. – Eu não me perdoaria nunca se tivesse feito alguma coisa com você de forma indelicada. Eu nem sabia o que estava fazendo. Não é assim que quero que aconteça nossa primeira vez, espero que pelo menos eu esteja acordado!
- Desculpe-me, Jake.
- Agora, sua maluca, eu vou sair para você se vestir. De manhã meu autocontrole não funciona muito bem – disse maliciosamente.
- Tive o prazer de constatar que isso é bem verdade. – Retribui o sorriso malicioso, soltando um suspiro logo em seguida.
- Você não sabe o tamanho do risco que correu, menina.
- O pior é que agora eu sei, Jake. E é muito maior do que eu imaginava. – Ele deve ter entendido sobre o que eu estava falando.
Jake começou a rir, meio encabulado.
- Nessie, Nessie... Desta vez Edward acaba comigo. Basta um único pensamento seu sobre isso e eu sou um homem morto. Troque-se que eu te levo pra casa.
Autora:Valentina LB
0 comentários:
Postar um comentário