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capitulo 18 - Rumo ao Destino Inevitáve

Eu ás vezes me pergunto como as pessoas podem ainda pensar em fugir ao próprio destino? Se existe uma coisa que eu aprendi nesses séculos de vida, foi exatamente o contrário – os últimos acontecimentos da minha vida estão aí para comprovar.
Eu não sou um homem cético, mas tampouco Posso dizer que tenho uma religião. Essas coisas de igreja e tudo mais, não funcionam para alguém como eu. Ainda assim, eu tenho fé, e acredito no destino. O que eu não imaginava era que o destino pudesse pregar uma peça tão grande assim.
Eu estava no quarto de hotel, folheando a tal lista telefônica, quando a campainha tocou. Aspirei o ar com cuidado.
- Entre.
Kate entrou.
Andou pelo quarto, olhando debochada em minha direção. Eu continuei ali, olhando a lista.
- Você não fica preocupado não? Já pensou se alguém entra e te pega aí, com esse peito brilhante e esses olhos vermelhos?
Fechei a lista produzindo um baque surto que a fez pular.
- Primeiro – eu disse me levantando e ajeitando o cabelo com as mãos – eu tenho certeza de que qualquer uma adoraria me ver sem camisa. Segundo, eu sabia que era você, Katrina, senti o seu cheiro.
- Onde ela está?
- Saiu.
- Ótimo! Preciso mesmo conversar com você.
Eu sorri.
- Eu sempre soube que tinha uma quedinha por mim, Katrina, sempre soube. – eu disse fazendo piada.
- Não seja ridículo general! Eu tenho bom gosto.
- E você saiu do Alaska para vir até aqui só para deixar claro que não se interessa por mim.
- Há, há! Muito engraçado!
- O que quer Katrina?
- É Kate! E Carlisle está de volta.
- Como?
- Carlisle! Carlisle está de volta! Ele voltou para Forks com a família toda.
- Isso vai ser um problema.
- É por isso que eu vim lhe avisar. Não quero que ela se magoe.
Eu sorri.
- Obrigado Kate. Por se preocupar com ela.
Kate fez uma careta e mostrou a língua para mim, mas eu sabia já não me odiava tanto assim. Estendi a mão para ela, ela a segurou por um longo tempo. Era estranho estar com ela. Depois de tanto tempo, olhar e ver a garota que ela era de verdade. Doce e honesta.
No instante seguinte a porta se abriu e Satine entrou. Seus olhos focaram Kate no mesmo instante e nossas mãos dadas, em seguida passaram para mim. Ela esquadrinhou meu peito nu com os olhos e seus lábios se retorceram. Eu não sabia se ficava feliz, ou preocupado. Satine era ciumenta ao extremo e eu já havia visto mostras de como ela poderia ficar se fosse irritada.
Ela caminhou com graça e leveza até Kate e a abraçou levemente, cumprimentando-a. Em seguida virou-se para mim e eu pude ver o fogo de seus olhos. Satine apertava tantos as mãos que os nós dos dedos estavam brancos. Ela cerrou os dentes e entrou no banheiro. Em seguida o chuveiro foi aberto.
- Anda logo, vai lá! – Kate falou.
- Não é apropriado.
- Não seja bobo, general! Aro não está aqui. Anda, vai ver se a garota está bem.
Abri a porta do banheiro e a encontrei debaixo do chuveiro. Não havia vapor, o que indicava água gelada. Satine estava ainda com a roupa, debaixo do chuveiro, com os olhos fechados e as mãos ainda em punho. Ela tremia como se não fosse suportar. Como se algo quisesse sair de dentro dela. Eu corri para ela.
- Baby!
- Não me toque Demetri. Vá embora!
- Eu não vou deixa-la assim.
- Eu vou ficar bem. Além disso, Kate está lá fora. Ela não é filha do seu mestre então acho que tudo bem, não é?
- Não seja boba Satine. Eu já lhe disse.
Ela me interrompeu.
- Que ela te odeia? Sim! Você já me disse! Engraçado que não me pareceu ódio, quando eu os vi de mãos dadas.
- Baby não é nada disso.
Eu a segurei em meus braços, mesmo quando ela lutou contra. Suas unhas arranhavam a minha carne e ela se debatia contra meu abraço.
- Me solte!
- Eu não vou te soltar.
Eu a puxei mais perto e a sujeitei pela cintura. Os sentimentos entre nós eram um misto de querer e não poder e desejar. E temer e querer de novo. Eu não agüentei. Minha boca encontrou a dela e eu a beijei. Um beijo imenso e profundo e faminto. Eu sentia como se a loucura dela passasse para mim e eu não me controlava mais. Eu já não sabia se tinha que acalmá-la, ou me acalmar.
Enquanto eu a beijava, Satine deslizou a mão em meu peito, arranhando levemente o caminho até minha calça jeans. Seus dedos pararam sobre o botão e eu ofeguei. Tudo que eu queria era o seu toque. Tudo que eu queria era sentir o toque quente e suave de seus dedos em minha carne. Ela soltou o botão e deslizou um pouco do zíper.
- Faça – eu a encorajei - É isso que quer baby?
Ela olhou em direção ao zíper, como os olhos ardendo de desejo e luxúria. Meu corpo se enrijeceu mais.
- Você quer me tocar assim?
Ela assentiu, e voltou os lábios para os meus.
Sua mão se foi mais baixa, por dentro do jeans.
- Então faça.
As palavras agora eram como grunhidos em minha boca, deslizando junto aos gemidos que o toque dela me provocava. Recostei na parede de azulejos e a puxei para mim. Enquanto ela me tocava e acariciava, eu sentia o mundo girar em torno de mim.
- Eu te amo baby – eu sussurrei.
- Mais alto, Demetri. Eu quero ouvir mais alto!
- Ah! Eu te amo baby. Eu te amo muito – eu grunhi.
- Ama mesmo?
- Sim. Você me enlouquece, baby, me tira o rumo.
Quanto mais eu gemia, mas Satine aumentava o ritmo. Quando eu não pude mais agüentar, ela me abraçou mais forte, descansando minha cabeça em seu ombro.
Eu podia senti-la sorrindo.
- Está satisfeita – eu sussurrei em seu ouvido – agora que sabe o que consegue fazer comigo?
- Muito. E você general, está satisfeito?
Deslizei minhas mãos em seus seios, descendo até a barriga, e um pouco mais baixo.
- Não tanto quanto vou ficar quando você for minha de verdade.
Satine sorriu mais.
- Kate deve ter ouvido.
- Como se eu me importasse.
Quando saí do banheiro, depois de efetivamente tomar banho, Kate não estava no quarto – o que não era de se admirar. Olhei pela janela e a vi sentada em frente ao hotel. Satine ainda estava se vestindo, então achei que deveria sair e chamá-la para dentro novamente.
- Katrina? Entre!
- Já terminou a festinha, general?
- Eu não fiz nada que não nunca tenha feito, Katrina. Tenho certeza. Agora entre que precisamos contar a Satine sobre Carlisle.
A vampira sentou-se na poltrona e eu me sentei na cama. Satine se ajeitou em meus braços, deixando claro que eu pertencia a ela. Eu não pude deixar de sorrir.
- Baby, Kate veio nos contar uma coisa.
- O que foi? – Satine perguntou desconfiada.
- Seu pai está aqui – Kate respondeu.
Eu vi o rosto levemente rosado da minha vampirinha ficar branco como papel.
- Você está bem, baby?
Satine permaneceu em silêncio pelo que me pareceu uma eternidade. Kate e eu ficamos olhando para ela, a julgar pelo seu humor de mais cedo, esperávamos que um furacão sucedesse o silêncio.
- Ah meu Deus! – Satine respondeu em um semi-sussurro.
Seus olhos eram vazios de qualquer expressão conhecida. Embora ela não demonstrasse nenhum tipo de raiva, ou tremor ou falta de controle, eu não conseguia entender o que acontecia com ela.
- Diga baby! Diga o que está acontecendo – eu exigi.
- Era ele! Era ele! Eu não acredito! Sim, eu acredito! Só poderia ser! Só poderia ser mesmo ele! O rosto. O rosto dele!
- Você o viu? – Kate perguntou.
- Sim! Acho que sim.
Algo em seus olhos me dizia que ela tinha gostado mais dele do que pensava ser possível.
Ela levantou-se em sobressalto e vestiu o casaco.
- Eu preciso confirmar! Eu preciso.
Eu a conhecia suficiente para saber que não adiantaria nada dizer a ela que não fosse – ela iria de qualquer jeito. O que eu podia fazer, era estar com ela.
Vesti minha jaqueta de couro e saímos na noite. Kate saiu logo atrás.
Estávamos no meio da floresta, perto de onde a vampira me disse que Carlisle costumava ficar com a família. Eu podia sentir no ar a inquietação de Satine e isso era terrivelmente preocupante para mim. Eu não tinha idéia do que fazer.
Quando o garoto saiu das árvores, com sua calça jeans rasgada e sem nenhuma camisa, meus instintos emitiram um sinal de alerta. Não que o garoto em si representasse algum problema, embora fosse extremamente alto e bastante musculoso; o fato é que eu podia sentir o cheiro dele, e isso definitivamente não era bom.
Coloquei-me á frente das duas, protegendo-as.
- Acho que você errou o caminho, Katrina! – eu pontuei.
Kate não respondeu. A expressão no rosto da vampira era de desespero.
Diferente de Kate, Satine não pareceu se intimidar pelo tipo, eu a vi segurar o rosnado e estreitar os olhos, o que me deixou ainda mais apavorado que nossa amiga do Alaska.
- Baby não se aproxime. Ele é perigoso.
- Não se preocupe com a distância sanguessuga, eu vou até aí – o garoto praguejou.
- Aproxime-se, e eu o rasgo em pequenas partes – Satine respondeu.
- Uma sanguessuga corajosa!
O garoto moreno replicou e deu um passo em direção a ela. Eu não pude conte-la, Satine saiu do meu alcance e encarou o garoto, olhando para cima, encontrando seus olhos.
- Pelo que vejo, somos corajosos os dois – ela rosnou.
Kate segurou meu braço tão forte que parecia que queria arrancá-lo.
- Ele vai matá-la! – a vampira sussurrou.
Eu não sabia o que responder, nem sabia se algo inteligível sairia da minha boca naquele momento. Eu não sabia como fazer para me aproximar rápido o suficiente para protegê-la sem assustá-lo ainda mais.

Autora: Bia

1 comentários:

/sthefany/ disse...

nossa maldade me deixou com gostinho d quero mais por favor posta mais logooo!!!

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