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Capitulo 10 - A chegada de um novo vampiro

Edward havia avisado que Jasper e Alice ficariam fora por um tempo e todos na casa voltaram a sua rotina. Carlisle voltou a trabalhar assim como todos os outros, na casa só ficamos Esme e eu.
-Esme, posso usar a cozinha? Queria preparar algo para comer.
-Não precisa pedir, você já é da família Anala. Posso te ajudar com a comida?
Acenei com a cabeça e fomos juntas para a cozinha. Comecei a preparar uma sopa, mas havia muita coisa na geladeira e acabei me empolgando, preparamos uma refeição enorme já pensando na fome de Jacob e Seth. Nessie era mais como eu, come muito pouco, mas ela tinha uma outra fonte de alimentação que parecia lhe agradar mais. O sangue animal para ela tinha um gosto melhor que comida.
-Querida o que você fazia antes de nos encontrar? – Esme perguntou enquanto preparava a salada -
-Hum, por me assemelhar aos costumes nômades nunca consegui um emprego fixo. – dei de ombros - Eu freqüentei algumas escolas, mas nunca terminei o ano. Consegui me formar quando o estudo a distancia e online foi implantado, hoje sou formada em historia da arte e lingüística, mas trabalho mesmo desenhando jóias.
-Parece adorável. Adoraria ver um trabalho seu. – seu sorriso era cativante –
-Bom, você na realidade já viu alguns de meus trabalhos. A tatuagem foi criação minha, assim como os cordões da minha cintura e pescoço. Eu faço trabalhos mais elaborados quando me pedem. Trabalho para uma joalheria italiana, a Damiani, eles me mantêm muito ocupada. – eu ri nesta hora por que era verdade, os pedidos eram os mais diversos e cheios de detalhes –
Esme estava de boca aberta. Quando citei o nome da loja seus olhos brilharam.
-Você conhece a loja?
-Sim, ah eu conheço. Carlisle me deu um anel de presente de aniversario. Ele mandou fazer em uma filial na Sardenha. – um sorriso surgiu em seu rosto com a lembrança - Eu fiquei impressionada com os detalhes e a delicadeza do trabalho.
-Eles são realmente incríveis. Aprendi muito com os artistas que trabalham para eles. Comecei com eles em 1940 e então toda a geração imaginaria da minha família continuou prestando serviços, a cada 30 anos uma ‘’Anala’’ com identidade falsa substituía a anterior já ‘’idosa’’.
Esme sorriu para mim, ela entendia muito bem a dificuldade de manter as aparências e se moldar a uma identidade falsa a cada década ou simplesmente prestar serviços sem nunca se deixar conhecer.
Continuamos a conversar sobre diferentes coisas enquanto preparávamos a comida e arrumávamos a mesa de jantar. Esme também adorava a arte e por este motivo nem percebemos o tempo passar.
Carlisle entrou na cozinha e deu um abraço carinhoso em Esme, ficando ao seu lado então.
-Vejo que se mantiveram ocupadas durante a tarde. Vamos receber alguém especial esta noite ou toda esta comida é só para alimentar três pessoas e meia.
Nós três acabamos rindo junto, realmente exageramos no jantar.
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Os dias foram passando assim, eu ajudava Esme com a casa e trabalhava em algum pedido da loja durante as tarde. Alice voltou com Jasper após uma semana e então começamos o treinamento para que ele percebesse as sutilizas existentes em cada sentimento. Não foi um treinamento longo, em três dias, com a ajuda de Alice, ele já estava tirando todos do serio fazendo brincadeiras e testando suas novas habilidades.
Eu também estava treinando as minhas e já havia melhorado muito, mas minha maior alegria surgia no cair da tarde quando o meu Seth retornava para mim. Ele trabalhava na reserva como guia turístico e também na escola ensinando sobre a cultura da tribo. Adorava vê-lo trabalhar com as crianças, tão espontâneo e feliz.
Meu coração começou a se fechar dentro de meu peito gerando uma dor aguda, eu precisava saber...
-Seth....- estávamos deitados na cama do quarto que já fora de Edward na casa de Carlisle e agora era nosso –
-Hummm...-ele virou o corpo para ficar em frente ao meu, seus olhos ainda sonolentos-
-Você pensa em ter filhos? – quase não consegui ouvir minha própria voz ao lhe fazer a pergunta, havia angustia em cada palavra.-
-Você pode me dar filhos? – ele havia percebido minha insegurança –
-Não, eu não posso. – abaixei a cabeça e lagrimas quentes rolaram pelo meu rosto.
-Então se você não pode te-los, eu não tenho porque querê-los. – tão sincero e tão doce, ele limpou minhas lagrimas enquanto falava e eu só conseguia chorar mais -.
-Eu lamento tanto, queria tanto poder te fazer feliz. Quando vejo você na escola, com aquelas crianças, meu coração dói. – as palavras não estavam saindo com clareza de minha boca, eu estava sofrendo só por pronunciá-las -.
-Não chore e também não se lamente. Eu sou o homem mais feliz do mundo e a culpada disso é você. Eu não sinto falta de nada, não se preocupe.
Aninhei-me em seus braços quentes e segui o ritmo de sua respiração para me acalmar. Peguei no sono logo em seguida.
Quando acordei resolvi esquecer, por hora, o que havia ocorrido durante a noite. Alice estava comigo e me contou que o aniversario de Esme estava chegando e que ela queria fazer uma festa surpresa.
-Do que ela gostaria?
Uma Alice saltitante estava descrevendo todas as possibilidades em resposta a minha simples pergunta. Parecia que a lista nunca teria fim.
-Alice! Se acalme. Se for surpresa não pode ser assim tão grandioso. Temos que pensar em uma coisa simples, mas muito delicada. O que você acha de ...
-Perfeito, adorei a idéia. Vou precisar ir a algumas cidades, escolher os tecidos e rendas, encomendar a comida...Pronto, será no sábado, um dia antes da data real e terá inicio as 14h00 como na Inglaterra. Vamos fazer um dia antes por que Carlisle também tem uma surpresa...
-Que? Eu nem falei nada. Como pode estar tudo organizado.
-Esquecidinha. Eu vi o futuro baseado na sua decisão e estava tudo muito lindo. – Alice me abraçou e foi saltitando para dentro da casa conversar com os outros para que tudo fosse arranjado-.
Eu realmente esqueci dos dons de Alice, as vezes esqueço que ela é vampira. Ela se parece mais com uma criança humana depois de receber o doce preferido.
-Alice será sempre Alice.
Foi só o que Edward disse ao passar por mim em direção a casa. Ele já sabia o que se passava em sua mente diabólica e estava sorrindo com a idéia. Bella estava com ele, mas parou ao meu lado enquanto seu marido seguia.
-Não vai entrar?
-Na verdade queria te pedir uma coisa. Eu não tenho muita forca sabe e preciso de algo que esta no carro. – estava envergonhada por ter que pedir isso, mas eu precisava do meu baú para preparar o presente de Esme -
-Claro, vamos a garagem é você me mostra onde esta.
Abri o porta-malas e meu baú estava ali. Era todo de madeira entalhada e suas laterais eram reforçadas com faixas de ferro. Ocupava todo o espaço da mala e estava pesando uns 200 quilos da ultima vez que precisei embarcá-lo em um avião.
-Ele é lindo. –Bella o tirou do carro como se tirasse uma bolsa simples de viagem –
-Quer ele em seu quarto?
-Sim, por favor.
Ao entrarmos na casa Emmett não perdeu a oportunidade.
-Ah maninha, não precisa comprar um caixão. Nós não dormimos e as camas são mais confortáveis, se é que você me entende. – ele piscou para Bella –
-Não Emmett, não é um caixão. Este é o meu baú de ‘’feitiçaria’’ e nele tem umas coisinhas que você pode usar na cama, se é que você me entende. – então foi minha vez de brincar e deixá-lo de boca aberta enquanto todos riam –
Emmett deu um soco no braço de Seth – Se deu bem garoto, conseguiu uma bruxinha cheia de truques –.
Seth ficou vermelho e seguiu para ajudar Bella, não que ela precisasse, mas ele estava tentando fugir dali para não ouvir mais nada de Em.
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Alice já estava com tudo pronto para a festa de amanha. Carlisle estava responsável por tirar Esme da casa pela manha e só voltar as 14h00, enquanto os outros iriam buscar a comida e arrumar o jardim. Todos os lobos tinham sido convidados e teríamos umas 40 pessoas no jardim vestidas informalmente com vestidos de verão. A decoração estava linda, flores estariam em arcos pelo gramado e em vasos de vidro nas meses, tudo seria embalado por uma delicada e musica escolhida por Edward.
-Alice, você pode me acompanhar ate o quarto?
-Claro. – Alice saiu do sofá em que estava junto a Jasper e me seguiu pela escada.-
-Você acha que ela vai gostar?
Dei a Alice uma caixa de madeira delicadamente entalhada com pequenas rosas, dentro o forro era de veludo vermelho e havia uma pulseira deitada nele. A pulseira se dividia em nove chapas de ouro com 3 milímetros cada, elas poderiam ser usadas separadamente ou juntas, presas por dois grampos de ouro com feixes de diamantes. Se cada pulseira fosse colocada na posição certa e presa aos grampos, formariam juntas a imagem de toda a família. Cada entalhe foi feito da forma mais delicada possível e coberto com pó de diamante e ouro branco para dar brilho.
Foi um trabalho de uma semana, cada pequeno detalhe foi trabalhado e preenchido para que brilhasse na luz como a pele deles refletia ao sol. Os olhos humanos não seriam capazes de identificar o desenho em seu esplendor, mas os de Esme sim. Para olhos humanos o desenho visto seria o de um coração, para o resto da família, cada rosto estaria impresso ali.
Alice ficou de boca aberta ao ver a pulseira e por um segundo seus olhos ficaram vidrados e negros.
-Ela vai amar, mas seu presente não esta pronto ainda.
-Esta sim, terminei de polir a alguns minutos. – respondi irritada -
-Bobinha, se você quiser que Esme ame seu presente você precisa terminá-lo. Esta faltando uma integrante nele, você.
Alice me deixou sozinha no quarto. Eu não poderia alterá-lo em tão pouco tempo e também não me sentia confortável em fazê-lo, então me veio a idéia. Entalhei em um dos grampos uma dedicatória a Esme, eu não precisava estar presente no desenho, eu poderia ser representada naquelas palavras.
Gravei uma frase de Fernando pessoa que dizia ‘’Há tanta suavidade em nada dizer/ E tudo se entender’’. Era assim que eu a via, quando olhávamos em seus olhos podíamos ver exatamente o que ela sentia/ queria. Sua forca estava ali, ela poderia te fazer a pessoa mais feliz do mundo ou te repreender da forma mais severa sem dizer uma palavra. Eu já à amava como a uma mãe.
Quando desci as escadas Alice estava sorrindo.
-Perfeito.
Foi só o que ela disse e eu já sabia que tinha feito a escolha certa.
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A festa foi perfeita. Esme adorou a surpresa. Fizemos tudo de acordo com as tradições, estavam servidos sanduíches de queijo, peixe e pepino. Scones com geléia de morango e creme e para finalizar, os delicados doces (pastries) de chocolate, tortas, biscoitos escoceses e bolos galeses. Uma maravilha de fazer inveja a qualquer culinarista, claro que nem todos se alimentariam, mas o que vale é a intenção.
As mesas foram enfeitadas com rosas e flores do campo. As xícaras de chá eram de porcelana e os talheres de prata. A musica estava perfeita e quando Esme achou que já haviam terminado com as surpresas, Edward e Nessie tocaram uma musica ao piano feita especialmente para ela.
Se pudesse chorar, estaria agora em prantos.
Todos se colocaram em circulo observando enquanto Carlisle a conduzia delicadamente pelo gramado. Dançavam de forma apaixonada ao som do piano. O dia estava lindo, estava nublado, mas alguns raios de sol cortavam o gramado e traziam consigo as imagens de uma época passada. Aquela tarde poderia ser descrita em romances de Jane Austen por tamanha perfeição de detalhes.
Esperei que a maioria dos convidados tivessem partido para entregar a Esme meu presente.
-Este é meu presente para você Esme! – estava encabulada após ver que todos haviam dado lindos presentes a ela-.
-Oh querida, não precisava ter se dado ao trabalho.
Entreguei a caixa de madeira e ela sorriu ao ver os detalhes de flores e o feixe em forma de rosa. Quando abriu, não haviam palavras para descrever sua reação, ate Jasper havia sentido o turbilhão de emoções que surgiram de uma única vez. Ninguém havia visto o que esta na caixa ate que Esme retirou a pulseira deixando a caixa em cima da mesa de chá.
Todos exclamaram juntos ao verem seus rostos esculpidos na jóia.
Esme me abraçou com uma forca contida para não me machucar. Senti que estava chorando um choro sem lagrimas e Carlisle a acompanhou.
-É perfeito querida, nunca vi nada tão lindo em minha vida. –quem agradeceu foi Carlisle, Esme estava sem palavras.
Todo o encanto daquele momento acabou no mesmo minuto. Alice estava parada como uma estatua em frente a Jasper. Edward enrijeceu ao ver o que a Irma via. Todo aquele momento de angustia durou um minuto inteiro e o medo era visível em todos.
Alice voltou do transe e olhou desesperada para Edward.
-Quem era ele?
-Eu nunca o vi, não sei quem é.
-O que aconteceu? O que você viu Alice? – Jasper estava aflito, da ultima vez que uma visão apavorou os dois a família italiana estava envolvida –
Foi Edward quem respondeu a questionamento de todos.
-Aro esta vindo. Ele quer ver Renesme. Verificar se há algum risco. Ele esta trazendo Demetri, Jane e um vampiro desconhecido. Ele chegará amanha, mas há mais em sua mente do que ele permite que Alice veja.
Todos se colocaram em modo de defesa, suas parceiras um passo atrás de seus homens e um rosnado forte ecoou pela floresta.

Autora:Mayara

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu adoreiii essa fic, mas estou muito triste,pois voces estao demorando para postando :(
beijos karen

Anônimo disse...

estou amando!!<3
termina de postar o resto... =(
to loka pra terminar de ler!! =/
bj...

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