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Capitulo 20 - SEPARAÇÃO

(POV NESSIE)


Ainda com o bilhete de Jake na mão, tentava segurar as lágrimas que insistentemente caíam de meus olhos.
- Filha, você não poderia imaginar que isso ia acontecer. Não pode se torturar desta maneira. – Minha mãe bem que tentava me consolar, mas não adiantava muito, eu não me perdoava por não ter estado junto de Jake justo no momento em que ele mais precisava de apoio.
- Eu devia estar aqui, mãe. Devia ter me despedido dele, ter dito que tudo daria certo, ter segurado sua mão... – Estava inconsolável.
- Quando ele ligar, vocês conversam. Vai se sentir melhor depois que falar com ele.
Acenei com a cabeça para minha mãe e subi silenciosamente para meu quarto. Não tinha nada que ela dissesse que poderia mudar o vazio que sentia em meu peito. Além da falta de Jake, sentia que tinha falhado como amiga e namorada. Ele não pôde contar comigo... e isso era um fato.
Aguardei ansiosamente que meu celular tocasse, mas nada.
Já era tarde da noite quando minha mãe entrou em meu quarto dizendo que meu pai tinha dado notícias.
- Billy, apesar de muito machucado, está fora de risco. Seu avô está cuidando dele. A alcatéia está caçando os vampiros e seu pai está vigiando a aldeia. – falou, animada com as notícias.
- Jake não me ligou, mãe... Ele está chateado comigo. – Nem fiz questão de evitar o choro.
- Filha, ele sabia que seu pai me ligaria, por isso não se preocupou em te telefonar. Ele está na floresta. Se bem conheço Jake, não sossegará enquanto não matar quem fez isso com Billy. – Disse, enxugando minhas lágrimas.
- Eu sei, mãe...
Deitei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos. Jake estava fazendo exatamente aquilo para o qual seu corpo foi constituído: Caçar vampiros...
Esta era sua verdadeira vocação. Por isso as transformações existiam. Por isso ele era um lobisomem, mas, por algum motivo muito forte que eu desconhecia, ele tinha abandonado tudo e se aliado a nós, seus inimigos naturais.
Metade de mim era tudo o que seu povo mais abominava. Eu era o “monstro do armário” das criancinhas da aldeia.
Como pude imaginar que teríamos alguma chance de dar certo? Nossas espécies eram inimigas, predadoras entre si.
Por mais que tentássemos esquecer tudo isso e nos isolarmos no nosso mundinho cor-de-rosa, a realidade nos encontrou.
Dormi chorando.
Acordei com o celular tocando. Era Jake.
- Jake!
- Oi, menina! Te acordei? – Sua voz parecia cansada.
- Jake, como você está? E seu pai? Eu queria tanto estar aí com você... – Estava fazendo um esforço tremendo para não chorar.
- Eu estou bem, Nessie, só um pouco cansado. Estou meio fora de forma – disse rindo. – Billy está melhor. Carlisle é muito bom no que faz. Eu também estou sentindo sua falta.
Era incrível como, mesmo sofrendo, Jake não perdia o bom-humor.
- Desculpe-me não estar aqui para apoiar você. Não me perdôo por isso. – Falei chorosa
- Nessie, não fique se martirizando por isso. Foi até mais fácil não ter de me despedir de você pessoalmente. Acho que eu sofreria mais ainda. Vou desligar, preciso descansar para trocar de turno com Paul. Te amo, menina, não se esqueça disso.
- Também te amo, Jake... Volta logo.
Como ele poderia amar alguém como eu? Por que eu, mesmo sendo de uma família de vampiros, merecia ser amada por Jake? Não era fácil entender. Todo o universo conspirava contra nós, no entanto, quando nos olhávamos nos olhos, era impossível não ver a força do amor que nos unia. Só podia ser mágica...
Sete dias depois, ele não tinha voltado. Meu pai e meu avô tinham chegado dois dias atrás, mas Jake ficou. Tinham matado dois vampiros, mas faltava pegar o líder do bando, e isso era questão de honra para ele.
Billy já estava melhor. Papai contou que ele tinha sido agredido no lago, enquanto pescava com um amigo, que conseguiu fugir para pedir ajuda. Por sorte Sam estava por perto e chegou a tempo de evitar que o líder deles matasse Billy.
Tudo o que eu mais queria era ver Jake, por isso tinha de tentar, mesmo sabendo que receberia um grande “NÃO” na cara.
- Pai, posso ir a Forks? Queria visitar Billy, afinal agora ele é meu sogro. – Tentei manter a voz firme, como se tivesse convicção que meu pedido era plausível.
- Nessie, faz idéia do quanto seu pedido é absurdo? Quer que eu deixe você ir pra casa de seu namorado sozinha, enquanto um vampiro sádico passeia por lá? – Meu pai me encarou como se achasse que eu estivesse doida.
- Sabe que Jake não permitiria que nada de ruim me acontecesse, pai. – Eu tinha de continuar tentando.
- Não, Nessie, de forma nenhuma eu permitirei que você vá pra Forks. Esqueça este assunto, por favor. – Lá estava eu, prisioneira de novo, como fui a vida inteira.
Pensei em gritar, mas resolvi falar em voz baixa mesmo.
- Tudo bem, pai, já estou acostumada a ficar presa em casa mesmo. – Pelo menos eu tinha tentado. Abaixei a cabeça e comecei a subir as escadas.
- Nessie! – Ouvi meu pai chamando.
- O que, pai? – Lá vinha mais sermão, só porque tinha pedido para ir ver meu namorado...
- Seu avô vai te levar lá, minha filha. Ele precisa mesmo mandar uns medicamentos para Billy. Arrume suas coisas.
O quê? Eu ouvi certo? Meu pai deixou??
Corri e me joguei em seus braços.
- Obrigado, pai! – Disse, dando um monte de beijos em seu rosto. Eu te amo, amo muito!
- Valeu, vô!! – Disse gritando, enquanto subia as escadas usando toda minha velocidade, deixando dois vampiros com cara de bobos para trás.
Pouco tempo depois, estávamos na Mercedes, indo para Forks.
Pedi que não contassem a Jake que eu estava indo, queria fazer surpresa.
Chegamos no final da tarde. Carlisle me deixou na cabana e foi para o Posto de Saúde, levar os remédios.
Chamei por Jake, mas ninguém respondeu. Como a porta estava aberta, entrei. Ouvi barulhos na cozinha e fui lá.
Não me lembro bem como tudo aconteceu, mas quando percebi havia um lobo enorme em cima de mim e eu, instintivamente, o joguei na parede, agindo verdadeiramente como uma vampira.
Levantei-me rapidamente, com parte das roupas rasgada e fiquei em posição de ataque. O lobo me fitou por um tempo e depois pulou a janela, sumindo na floresta.
Meu coração saltava no peito, sem entender nada do que tinha acontecido. Sentei-me no sofá e fiquei esperando que me acalmasse. Um tempo depois, não sei dizer quanto, pois estava quase em choque, Leah entrou na sala.
- Achei que fosse o vampiro que estávamos caçando. Jake diz que você não cheira mal, mas é só ele que não sente.
“Também te amo, Leah.”, tive vontade de falar. Nós duas nunca nos entendemos muito bem. Ela não nos perdoava por Jake ter ido morar conosco. Ela me olhou de cima a baixo, estranhando, provavelmente, meu desenvolvimento rápido.
- Onde está Jake? – Perguntei, evitando responder suas provocações.
- Caçando sua espécie. Por que será? Ah, já sei... Porque vocês tentaram matar o pai dele. – Ela agora tinha abusado do direito de ser sarcástica.
Minha vontade era quebrar todos os ossos daquela insuportável, mas me controlei.
- Então vou visitar Billy, enquanto Jake está fora. Pode me dizer onde fica o Posto de Saúde?
- Siga o cheiro de comida, querida. Billy está sangrando. – Disse, rindo ironicamente.
- Pode me dizer qual é seu problema, Leah? O que eu fiz com você para que tenha tanto ódio de mim? – Nunca tinha encontrado uma pessoa tão amarga quanto Leah.
- Você e sua mãe são uma maldição na vida de Jake. Primeiro foi Bella, que deu corda, deixando que ele se apaixonasse perdidamente por ela, depois casou-se com o sanguessuga que você chama de pai, gerando essa aberração – disse, apontando para mim - por quem Jake foi ter um imprinting, mas eu prefiro chamar de feitiço.
Tinha a impressão que estava pulando de um avião sem pára-quedas. Um buraco se formou em minha barriga enquanto eu tentava processar as palavras que tinham saído da boca cruel de Leah.
- O que você está dizendo? Que loucura é essa? – Minha esperança é que ela dissesse que tinha inventado tudo só pra me deixar nervosa.
- Qual é, sanguessuga quente, vai querer me dizer agora que não sabe do que eu estou falando? – Sua voz estava carregada de ódio.
Coloquei minhas mãos na cabeça e fechei os olhos. Eu sempre quis saber os segredos que guardavam de mim, mas agora desejava apenas esquecer o que tinha ouvido.
- Você disse que Jake teve um imprinting comigo? Igual ao de Sam e Emily? Quando foi isso? – Eu sequer abri os olhos enquanto perguntava.
- Foi no dia que você nasceu. Desde então ela virou seu capacho. Abandonou tudo por sua causa, até o próprio pai doente. Se ele estivesse aqui, teria protegido Billy. Vai lá ver como o coitado do pai dele está, todo quebrado em uma cama. E a culpa é sua, dessa corja que é sua espécie.
Saí correndo dali, não queria ouvir mais nada. Alguém tentou me segurar, mas eu o joguei longe. Só queria ficar sozinha, longe de tudo.

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