Sejam Bem Vindos ao Blog Twilight A Saga Contínua!!! Comentem As Fics!

Capitulo 27 - Memória

POV Nessie


Eu estou morta? A morte é assim? Mas quando morremos a dor some, certo? Então por que ainda sinto a dor física e emocional em mim?
Não agüento mais essa dor! Por que não me matam logo? Por que não acabam logo com isso?!
Abri meus olhos – com imensa dificuldade – e me deparei com as figuras de Felix e Jane do meu lado.
Fiquei assustada e paralisada, e a única coisa que fiz foi ficar parada de olhos arregalados. Mas... Aonde estávamos? Parece... Um avião. Pra onde estamos indo?
– Está com fome? – Felix perguntou.
Balencei a cabeça negativamente, assustada. Por que ele se importa se estou com fome ou não?! Eu vou morrer, certo?
– Pra... Onde... Vamos? – o medo era tanto que falei como se tivesse um caroço intalado na garganta.
– Pra sua casa. – a voz de anjo de Jane respondeu sem me olhar.
O desespero me consumiu e olhei ao meu redor. Eles matariam a mim e minha família?!
Nós estávamos no avião junto com os humanos, mas Jane e Felix não pareciam se importar nem um pouco com o cheiro deles, mas usavam lentes de contato para não mostrarem seus – horríveis e assustadores – olhos de iris vermelha.
– O que vão fazer com minha família? – perguntei temendo a resposta.
– Você verá. – Jane respondeu rudemente sem nem me olhar.
Não pude controlar o rosnado que se formou na minha garganta. E mesmo sendo uma atitude idiota, considerei pular na garganta dela.
Ela não irá machucar minha família!
Ela apenas virou seu rosto branco e sorriu sintilantemente pra mim. Logo depois, uma dor aguda se formou se espalhando por todo o meu corpo. Controlei o grito que se formava trincando os dentes. E de repente mandei toda a dor que estava sentindo pra desgraçada.
Ela não conseguiu controlar o grito, pela surpresa.
Eu consegui enviar pelos pensamentos o que eu estava sentindo e isso fez com que ela perdesse a concentração, diminuindo o seu poder em mim.
Sorri maliciosamente pra ela, que rosnou em resposta.
– Acalme-se Jane. – Felix a tranqüilizou.
Pelo menos toda vez que ela me atacasse eu faria ela sofrer junto comigo. Só pra que ela possa sentir o gostinho do seu próprio veneno.
– Posso ajudar? Você está bem? – a aeromoça perguntou a Jane.
– Estou. – ela rugiu.
A mulher se assustou com o tom de Jane, mas continuou cumprindo seu papel.
– Se precisar de algo é só dizer. – ela disse e saiu apressadamente.
– Tente controlar seu temperamento. Aro não gostará que algo aconteça a ela. – Felix ladrou pra Jane que bufou.
O que será que eles farão a minha família? Vão machucá-los? Só eles dois não conseguirão... Aro não seria tão burro de mandar só dois vampiros...
O vôo foi tenso e me concentrei pra não pular na garganta de Jane ou pular pra fora do avião numa tentativa tola de fuga. Então apenas fiquei esperando chegarmos perto do Alasca, pra que eu pudesse avisar minha família telepaticamente.
– Estamos perto do Alasca, Jane. – Felix avisou, e não entendi por que.
– Já não via a hora. – ela sorriu maliciosamente, se virou pra mim e logo a dor aguda me atingiu novamente.
Você quer senti-la também, Jane? – perguntei telepaticamente.
– Acha que deixaríamos você avisá-los que estamos aqui?! – ela debochou.
Você é quem sabe. – avisei. E logo me concentrei no ponto central da dor e lhe enviei cada detalhe mentalmente.
Foi difícil agüentar a dor, mas o desejo de faze-la sofrer foi o que me ajudou.
Ela agarrou a poltrona com força enquanto trincava os dentes.
– Seja forte, Jane. Deixe-a inconsciente. – Felix sussurrou.
A dor em vez de diminuir estava aumentando e nós duas nos debatendo pra não gritar.
Eu mandava cada mísero detalhe da dor que sentia para a desgraçada. E quando ela estava quase desistindo...
– Ah, não agüento mais só assistir. Vou fazer do meu jeito. – Felix reclamou e logo sua mão se fechou em punho me acertando fortemente na cabeça. E logo tudo ficou escuro e me perdi na inconsciência.

Quando acordei não me lembrava de nada. Absolutamente de nada, somente sentia uma dor muito forte na cabeça.
Levei minha mão a cabeça e gemi baixinho.
– Nessie! Meu amor você está bem? – uma voz rouca gritou ao meu lado.
Abri os olhos e encontrei uma figura de um homem me fitando com a expressão preocupada.
Eu estava num quarto cheio de materiais médicos. Será que é um hospital?
“Nessie” ele disse. Quem é “Nessie”? Sou eu...?
– Onde estou? – foi a única coisa que consegui dizer.
Eu sentia um leve formigamento enquanto a figura daquele homem me encarava, mas não entendi por que.
Ele era muito bonito... Pele avermelhada, cabelo escuro e liso, olhos negros com uma tal intensidade que me forçavam a olha-los. E seu lindo corpo parecia ser esculpido por Deuses, pois era muito bem definido.
– Em casa, meu amor. – ele respondeu alisando minha face.
Um choque elétrico passou por mim com seu contato, me fazendo ficar arrepiada. Estranhei aquela sensação, então puxei sua mão pra longe de meu rosto.
– Quem é você? – perguntei.
Ele estremeceu e se afastou da cama onde eu estava. Sua expressão era de dor e choque. Ele ficou com os olhos arregalados e úmidos.
– Você... Não... Se lembra... De mim...? – ele perguntou com dificuldade, enquanto uma lágrima escorria por seu rosto.
Senti a necessidade de correr até ele, mas não faria isso com uma pessoa que nem conheço... Ou que eu penso que não conheço...
– Jacob! Ela acordou? – uma voz – como um sino – surgiu do andar de baixo.
Não entendi muito bem como escutei a voz que vinha do outro andar, mas deixei o pensamento de lado. Já que tinha coisas mais importantes para eu saber.
“Nessie” ele disse, e se ele se referia a mim. Então esse é meu nome...?
Um homem incrivelmente belo entrou no quarto as pressas e veio até mim.
– Filha? Você não se lembra de nada? – ele perguntou com a voz aveludada.
Ele tinha os cabelos cor de bronze, a pele muito branca, e os olhos dourados. Aparentava um adolescente de 17 ou 18 anos.
Abaixei o olhar pro meu corpo e percebi que eu também aparentava essa idade. Como seria possível eu ser sua filha?!
– Isso responde minha pergunta. – ele disse tristemente mais para si mesmo.
– O que aconteceu Edward? – uma mulher muito bonita perguntou ao entrar no quarto. – O que houve com Jacob?
Ela tinha o cabelo longo e escuro, a pele pálida e olhos dourados. Ela correu até o primeiro homem e se ajoelhou a sua frente, e somente agora pude perceber que ele estava caído no chão com a face cheia de dor. E aquilo apertou meu coração dolorosamente, mas não entendi por que.
– Nessie querida, você perdeu sua memória. – ele disse cautelosamente e logo várias figuras entraram no quarto, com expressões confusas.
Eles eram todos lindos, pálidos e tinham os olhos dourados. Mas havia alguns detalhes que os diferenciavam. Um era grandão – mas não tanto quanto o primeiro – e aparentava 18 ou 19 anos. Outro era loiro e aparentava 18 anos. Outra era pequenininha com os cabelo preto, curto e espetadinho. Outra era loira e incrivelmente bela. E os outros dois eram os que pareciam mais velhos, entre 27 anos.
– Isso eu percebi! – disse ríspidamente. – Então será que pode me dizer o que aconteceu e quem são vocês?!
Ele ficou surpreso com minhas palavras, mas logo depois disfarçou e se sentou ao meu lado na cama.
– Primeiramente, nós somos vampiros. E você é uma meia vampira e meia humana. – ele disse.
Logo ele contou tudo sobre tudo. Somente não explicou muita coisa sobre aquele primeiro homem, que descobri que tinha o nome de Jacob. Só contou que ele é um lobisomem e tal. Mas não contou por que ele me chamou de “meu amor” quando acordei, e isso me deixou muito frustrada. Pois eles deviam dizer tudo sobre minha vida, certo? E se aquele homem tinha alguma ligação com meu passado, eu tenho que saber.
– Vou deixar que ele te explique. – ele respondeu aos meus pensamentos. Eu já sei que ele lê as mentes, mas isso é uma coisa chata, e impossível de se acostumar. – Desculpe, mas não consigo controlar isso.
– Tudo bem. Só não estou acostumada a isso. – expliquei. – Posso perguntar uma coisa?
– Claro. – ele respondeu.
– Por que você se surpreendeu tanto com o que eu disse naquela hora?
– Você nunca se referiu a mim assim, por eu ser seu pai. Mas não se preocupe você não sabia. – ele sorriu e alisou minha face.
Eu tinha uma espécie de ligação com ele, eu podia sentir. Eu já o amava como um pai, sem nem ao menos o conhecer. Mas o “Jacob”, já não tenho tanta certeza.
– Eu vou recuperar a memória algum dia? – perguntei.
– É temporário, devido a pancada que levou na cabeça. – todos rosnaram quando Carlisle disse isso. – Logo você se lembrará de tudo, Ness.
Suspirei de alivio. Essa coisa de não saber da sua vida é horrível... Espero que não demore muito.
– Descanse um pouco, querida. – Bella disse e beijou minha testa. Era estranho, mas eu já sentia uma ligação com ela também, então não me importei.
O “Jacob” estava no chão até agora, ainda em choque. E só se levantou quando Bella o chamou pra sair.
Ele caminhou até a porta com a expressão vazia. E isso me fez sentir mal. Era por minha causa que ele estava assim? Afinal, por que me preocupo tanto com ele?! Preciso entender isso!
– Ei! Er... Jacob... Quero falar com você, posso? – chamei antes que ele saísse.
Ele me olhou intensamente, e caminhou hesitantemente até mim. Como se estivesse com medo de minha reação.
– Sim Ness.
– Então... O que você é meu? – perguntei diretamente e sem rodeios.
Ele estremeceu e abaixou o olhar tristemente.
– Não serei nada, se você não quiser que eu seja. – ele respondeu com o olhar baixo e a voz fraca.
– Não foi isso que eu perguntei Jacob. – murmurei e olhei para seu rosto.
– Tem certeza que quer saber? Não prefere esperar até que lembre?
– Fala logo! – gritei, já estava ficando sem paciência com essa enrolação dele. Afinal, por que tanto medo de dizer o que somos? Não pode ser tão ruim... No máximo somos namorados. Idaí? Qual o problema? Não é tão ruim...
– Nós somos noivos.
Congelei com aquelas palavras. Droga! É ruim mesmo!
Eu sabia que tínhamos alguma relação... Mas não fazia idéia que era um compromisso tão sério. Nós somos imortais, sempre estaríamos juntos... Era um compromisso muito, muito, muito mesmo sério. Uma decisão que afetaria minha vida. O meu er... “imortal”.
– Noivos? – sussurrei sem acreditar.
– Sim. – ele suspirou e abaixou o olhar, como se esperasse minha rejeição.
Realmente não queria ter uma relação da qual não conheço meu próprio er... Noivo. Mas não podia ser injusta com ele. Tivemos um passado juntos, e mesmo que eu não me lembre, devo levar em consideração esse fato.
Sua face estava contida em dor. E aquilo doeu em minha alma.
Estiquei a mão hesitantemente e toquei sua face timidamente. O toque mandou ondas de eletricidade por todo meu corpo, mas apenas ignorei e olhei em seus olhos pra dizer a verdade.
– Sei que pensa que vou reijeitá-lo Jacob. Mas se eu escolhi você uma vez, então eu vou escolher de novo. – ele levantou a cabeça e arqueou uma sobrancelha confuso. – Mas não agora. Espere até que eu lembre de alguma coisa, ok?
– Ok. – ele sussurrou com o olhar vazio. – Vou voltar pra minha casa... E vou esperar por você, Ness.
Ele se levantou da cama e se direcionou até a porta.
Minha mão caiu vazia sem seu toque. E senti um vazio em meu coração e a necessidade de te-lo perto de mim novamente.
Meu coração se apertou dolorosamente, e minha respiração falhou.
– Não! – gritei. – Não me deixe, por favor.
Eu não entendia por que disse isso, eu nem percebi que disse isso. Eu nem sequer entendi minha reação. Eu só não queria que ele se fosse.
– Por favor. – sussurrei e quando percebi já estava chorando que nem uma criança.
Ele voltou e me abraçou.
– Ficarei por você Ness. Nunca vou te abandonar. – ele sussurrou no meu ouvido enquanto seus braços quentes me apertavam.
Me senti aliviada com suas palavras, me senti completa nos seus braços. E a dor que sentira sumiu completamente. Mas não fazia idéia do por que.
Passei meus braços por sua forma e o apertei a mim, e percebi que ele tinha o mais maravilhoso aroma que já senti na vida... Almiscarado e amadeirado...
Inalei seu cheiro maravilhoso e percebi que não conseguiria ficar sem ele perto de mim. Mesmo que eu não o conhecesse, eu precisava dele comigo.

POV Jacob


Estávamos na espectativa de qualquer noticia de Nessie.
Eu não via a hora de te-la em meus braços, senti seu doce cheiro, alisar seus lindos cabelos, beijar seus lindos e perfeitos lábios. E senti-la comigo.
Um dia havia se passado e eu continuei na espectativa.
Eu não acreditava que os Volturi queriam paz. Então – mesmo os Cullen contra – eu chamei as matilhas pra se unirem a nós. Todos os 27 lobos de La Push. Isso mesmo, estávamos com muitos lobos. E isso nos favoreceria numa batalha.
Edward me repreendeu e disse que não seria necessário isso, pois os Volturi queriam paz. Mas eu não acreditei. Pois eles são assassinos... E se seqüestraram Nessie, foi por algum motivo. E não vou ficar despreparado pra que eles possam nos atacar, e se for um truque?
Me transformei para comunicar com Sam, e pedi pra que todos eles viessem pra cá. Ele concordou, e eles chegariam amanhã pela manhã.
Aproveitei que estava na forma de lobo, e fui caçar. Quando cheguei em casa, senti o cheiro de dois dos desgraçados assassinos italianos, e o mais doce aroma do mundo... Minha Nessie.
Nem me importei que estava sem roupa, eu me transformei e corri pra dentro da casa.
O cheiro de sangue invadiu minhas narinas, e logo me desesperei com a possibilidade de minha Nessie estar machucada.
Assim que enxerguei aquele demônio em forma de anjo – Jane – não pensei duas vezes. Me transformei e a ataquei. Minha visão brilhava em vermelho, enquanto meu desejo de rasgá-la em pedaços me consumia.
Uma dor aguda me acertou e eu caí no chão.
– Não Jacob! Eles vieram em paz. – Edward gritou.
Paz?! Eu estou sendo atacado, seu animal! Não percebeu isso?!
– Você começou! – ele acusou. – Já chega Jane!
A dor sumiu e logo me pus de pé pra atacar aquela desgraçada novamente.
– Não Jacob! – Edward gritou de novo.
Corri até ela e a dor me invadiu de novo, me fazendo cambalear.
Logo a dor sumiu e agora quem se contorsia no chão era a desgraçada. Ah... Agora seria fácil!
Corri até ela e mirei minhas presas em sua jugular.
Senti algo gelado me segurar por trás e me virei. Havia outro vampiro grandão me impedindo.
Virei minhas presas pra ele e mirei em sua jugular, mas ele se movimentou rapidamente, então cravei meus dentes em sua perna e a arranquei.
Ele se tornou vulnerável quando caiu no chão. Minha visão se pintou de vermelho, e logo eu já estava o despedaçando, enquanto vários braços gélidos tentavam me impedir.
Assim que terminei com ele, fui até a demoníaca Jane, que ainda se contorsia no chão. Eu a despedacei em questão de segundos, enquanto os seus gritos agudos de dor preenchiam a sala.
Assim que terminei de estravazar minha raiva e fúria, me transfomei de volta.
– JACOB!! PERCEBE O QUE VOCÊ FEZ??? – Edward gritou.
– Acabei com eles, e não me arrependo. – rebati enquanto colocava minha bermuda.
– VOCÊ ACABOU DE CONDENAR TODOS NÓS! – ele continuou gritando.
– Eles nunca vieram em paz, Edward! Era um truque, eu tenho certeza! – rosnei. – Apenas diminui o numero deles.
– Como pode ter tanta certeza? – ele disse mais calmo.
– Por que Aro pegaria Nessie, e agora a devolveria? Isso é um truque! Você é cego ou o que?! – rosnei.
Ele pareceu pensativo e depois calou a boca. Finalmente me ouviu.
– Não tinha como impedir uma guerra. – completei.
Todos tinham expressões de pavor – exceto Emmett, que sorria maliciosamente, enquanto flexionava seus bíceps. Ah... Ele adoraria enfrentar os Volturi...
De repente voltei a realidade, e me lembrei de minha prioridade numero um.
–Onde está Nessie? – perguntei ainda sentindo o cheiro do sangue. Será que Jasper consegue se controlar?
– Ele está mais experiente, Jacob. E o sangue dela não é tão atrativo quanto o de um humano. – explicou Edward, e logo me acalmei.
Carlisle correu para o quarto de hóspedes com uma maleta preta.
– O que aconteceu com ela, Edward? – perguntei desesperado.
– Ela chegou com um grave ferimento na cabeça. Creio que um deles a machucou.
Um rosnado se formou na minha garganta.
– E você ainda queria que eu os deixasse vivos! – rosnei.
Peguei os pedaços fedorentos dos vampiros e levei pra fora, onde fiz uma fogueira com Seth e joguei seus pedaços pra queimar. Vão para o inferno seus vampiros cretinos!
– Obrigado pela ajuda Meg. – agradeci a Meg, que foi a única que me ajudou a matá-los, colocando seu escudo – espelho – ao meu redor.
– Não foi nada Jake. Eu odeio os Volturi, e também não acreditava que eles queriam paz. – ela disse.
Sorri pra ela e entrei dentro de casa.
Subi até o quarto onde Nessie estava e a vi. Havia um grave ferimento na sua cabeça – que Dr.Carlisle já estava enfaixando – , olheiras em seus olhos, e ela parecia mais magra. Ela estava muito mal... Esses Volturi me pagam!
– Como ela está? – perguntei me sentando ao lado dela na cama.
– Foi grave e profundo o ferimento, e pode acontecer efeitos com ela. Mas não tenho certeza, pois ela é meio vampira e isso dificulta um pouco as minhas teorias. – Carlisle disse e alisou a face de sua neta. – Mas ela se recuperará logo. Só tem que descançar. E talves demore um pouco pra que ela acorde.
– Eu vou ficar com ela. – disse e peguei sua delicada mão na minha.
– Tudo bem. – ele disse e colocou a mão em meu ombro. – Ela ficará bem Jake.
– Eu espero. – suspirei sem deixar de olhar pra ela.
Sua respiração estava tranqüila e ela estava ralaxada.
– Apliquei alguns sedativos. Logo ela precisará de mais, e eu voltarei pra dar. Por enquanto você pode ficar com ela. – ele disse e saiu.
Meus olhos não deixaram um minuto o rosto dela até o momento em que ela acordou.
Ela levou a mão até a cabeça e gemeu baixinho. Droga! Deve ter acabado o efeito do sedativo.
– Nessie! Meu amor você esta bem? – eu quase gritei.
Ela abriu aqueles lindos olhos achocolatados e me fitou. Eu estava muito preocupado, mas isso não me impediu de adimirá-la.
– Onde estou? – ela perguntou com a voz fraca, ignorando minha pergunta.
– Em casa, meu amor. – respondi e alisei sua linda e perfeita face.
Ela retirou minha mão de seu rosto, e aquilo foi como um chute no meu estomago. Ela estava me rejeitando.
– Quem é você? – ela perguntou.
Eu estremeci, e só aquelas 3 palavra fizeram meu coração de despedaçar. Ela não se lembra de mim. Ela não se lembra do que vivemos juntos. Ela não se lembra de mim.
Cambaleei pra fora da cama e fiquei com a dor e a tristeza transparecendo em minha face.
– Você... Não... Se lembra... De mim...? – perguntei com minha voz falhando enquanto uma lagrima traiçoeira caia por meu rosto, revelando minha dor.
– Jacob! Ela acordou? – Bella perguntou, mas nem fui capaz de responder.
Apenas cai no chão deixando a dor me consumir. Ela não se lembra de mim, era somente essa frase que rodava em minha mente. Ela não se lembra de mim...
Edward entrou no quarto, mas nem prestei atenção no que ele dizia a ela.
... Ela não se lembra de mim...
Logo Bella entrou, e pude sentir sua figura se ajoelhando de frente a mim e palavras saindo de seus lábios. Mas não me importava... Ela não se lembra de mim...
Eles ficaram um longo tempo falando com ela, mas nem sequer escutei. Apenas deixava a dor me consumir.
– Jacob? Pode me ouvir? – Bella me chamou. E após alguns minutos consegui decifrar suas palavras.
Assenti e voltei a ficar com o olhar vazio.
– Nessie precisa descansar. Venha, tem que sair daqui. – ela sussurrou calmamente.
Se não fosse a necessidade de Nessie descançar, eu não teria conseguido forças pra me levantar.
Me levantei e caminhei lentamente até a porta. Pois a dor dificultava meus movimentos.
– Ei! Er... Jacob... – a voz mais linda do mundo me chamou. Meu coração se encheu na esperança de que ela se lembrasse de mim, mas logo foi trazido a dura realidade, fazendo com que meu olhar vazio continuasse. – Quero falar com você, posso?
Caminhei até ela hesitantemente. E se ela me mandasse embora? E se ela não me quisesse perto dela? E se...
– Sim Ness. – sussurrei com a voz fraca.
– Então... O que você é meu? – ela perguntou diretamente.
Será que ela aceitará que tenho uma relação com ela? Ela não aceitará...
Estremeci com esse pensamento e abaixei o olhar pro chão tristemente, me controlando ao máximo pra não chorar.
– Não serei nada, se você não quiser que eu seja. – sussurrei.
– Não foi isso que eu perguntei Jacob.
Meu coração se apertou dolorosamente com a ausência de meu apelido em sua frase. Por favor Ness, não me machuque mais do que já estou machucado...
– Tem certeza que quer saber? Não prefere esperar até que se lembre? – perguntei esperançosamente. Para adiar sua rejeição e preparar meu fraco coração pra isso.
– Fala logo! – ela gritou. E isso me magoou, pois Nessie nunca agiu assim comigo, e aquilo estava me rasgando por dentro.
Apertei meus olho fortemente e soltei as palavras.
– Nós somos noivos.
Ela se calou por um breve segundo e fiquei com medo de olhar sua expressão.
Apenas fiquei esperando de cabeça baixa pela sua rejeição e pela dor que iria sentir por suas palavras, mas só houve silencio.
De repente senti sua delicada mão quente tocar meu rosto timidamente. Seu toque como sempre mandou ondas de eletricidade por meu corpo, e só o pensamento de que nunca sentiria aquela sensação de novo... Queimou meu coração.
– Sei que pensa que vou reijeitá-lo Jacob. Mas se eu escolhi você uma vez, então eu vou escolher de novo. – ela sussurrou. Fiquei confuso com o que ela disse. Levantei a cabeça e arqueei uma sobrancelha confuso. – Mas não agora. Espere até que eu lembre de alguma coisa, ok?
Ah, sim... Até uma rejeição ela consegue transformar numa coisa doce... Apenas por sua doce voz mencionar as palavras... Dói pensar que nunca mais ouvirei sua linda voz. Sentirei seu doce cheiro. Beijarei seus quentes e maravilhosos lábios... Nunca mais...
– Ok. – sussurrei segurando o choro. Aquela simples palavra, foi a mais dolorosa que já disse em toda minha vida. – Vou voltar pra minha casa... E esperarei por você Ness.
Aquilo nunca aconteceria. Mas não consegui eliminar a pitada de esperança que ainda me mantinha de pé ali.
Me levantei e senti sua mão cair de meu rosto. Senti a necessidade de tomá-la em meus braços e pensar que tudo isso era mentira... Mas não podia... Ela tomou sua decisão. Se ela não me quer mais... Não posso fazer nada que não seja sua vontade.
– Não! – sua doce voz gritou. – Não me deixe por favor. – Aquelas palavras encheram meu coração de alegria e esperança, minha Ness, me quer com ela! – Por favor.
Eu não entendi suas palavras. Mas não pensei duas vezes e a peguei num abraço que tanto necessitava e senti falta.
Eu não a deixarei mesmo que nossa relação jamais volte a ser como antes, eu não a deixarei. Ficarei até que ela me mande ir embora...
– Ficarei por você Ness. Nunca vou te abandonar. – sussurrei em seu ouvido.
Sentir seu pequeno corpo apertado ao meu era a melhor sensação do mundo... E meu coração se cicatrizou, mas só se curaria com o seu amor.
Seu doce cheiro rodou em minha cabeça e fui tomado pela necessidade de beijá-la, mas me controlei. Serei o que ela precisar que eu seja. Como antes dela descobrir sobre o imprinting... Serei o que ela quiser... Só me importo com sua felicidade meu amor, e nada me fará mais feliz do que ser o motivo de sua felicidade... Minha Ness... Meu amor...


Autora: Kelly Cahoeira

0 comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.