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apítulo 13 - Falsas Absolvições

Satine se soltou dos meus braços e correu.
- Félix!
- Hey! Pare de me agarrar só de sutiã, ou vamos comprar uma briga eterna com o general!
Quando eu me virei, Satine sorria segurando a mão de Félix. Eu não sabia se estava feliz em saber que era Félix, o que resolvia metade dos problemas; ou se ficava constrangido justamente por ser Félix, o que era responsável pela outra metade.
Do canto da sala, Renata me olhava com um sorriso brilhante e malicioso nos lábios. Eu me aproximei dela.
- Não diga nada.
- Eu não estou dizendo.
- E não pense nada.
Renata sorriu.
- Achei que só mestre Aro pudesse ler pensamentos.
Eu deslizei as mãos em meus cabelos.
- Eu perdi a cabeça, Renie.
- Então a encontre rapidamente, mestre Aro está a caminho.
Um arrepio desceu em minha coluna.
- O que disse?
- Que mestre Aro está á caminho.
Eu não precisei dizer nada a Satine, quando olhei para ela, ela já estava fechando os últimos botões da camisa. Félix jogou minha camiseta e eu a vesti, no tempo exato em que a campainha tocou. Antes mesmo que Satine abrisse a porta, eu sabia quem era - Aro.
- Bambina!
Satine o abraçou e Aro a beijou delicadamente na testa.
- Porque demorou tanto á aparecer, papa?
- Negócios, meu amor, negócios.
Quando Aro olhou em minha direção, eu tentei parecer o mais normal possível. Eu não poderia correr o risco de deixá-lo ver o que havia acontecido alguns minutos atrás.
- Demetri. Eu quero você e Félix no México agora mesmo. Um avião fretado os aguarda no aeroporto.
Nenhum de nós discutiu.
- Mestre, vou lavar meu rosto e partimos em seguida.
Eu me levantei e Satine veio comigo. Ela entrou no quarto e pegou uma toalha de rosto, entregando-a a mim. Eu não precisava lavar meu rosto, precisava mesmo era me despedir dela.
- Eu não quero que vá – ela me disse suavemente.
- Eu preciso, baby, você sabe.
- Você fez novamente! - ela me acusou.
- O que eu fiz?
- Vestiu a máscara. Eu não gosto quando faz isto. Você está fingindo que não me vê, está fingindo que nada aconteceu.
Eu respirei fundo - tudo que se tratava dela era penoso e dolorido demais para mim. Estendi minhas mãos e segurei as dela.
- Baby, está errado.
Os olhos cor de âmbar estavam inundados de lágrimas, o que me feria de morte.
- Não está!
Satine sussurrou em meu ouvido tão doce que eu tive que me segurar para não pegá-la em meus braços novamente. Não era certo e eu sabia disto. Ainda que ela não fosse mais minha garotinha, ainda que eu a amasse como mulher e o sentimento fosse recíproco, ela ainda era a filha do meu mestre e ele jamais permitiria algo semelhante.
- Sim, baby, está errado. Você sabe que está. Foi um erro.
- Eu te amo.
Eu engoli em seco, quando tudo que eu queria era dizer que eu também a amava que eu a queria para mim, para sempre. Meus olhos se perderam no vazio.
- Eu também te amo, baby.
Ela soltou as mãos das minhas, aumentando o espaço entre nós.
- Não! Não me olhe como se eu fosse uma garotinha! Eu não sou Demetri, olhe para mim. Você viu! você viu hoje. Você me deseja, como eu.
Eu não podia negar, ela havia percebido, todos haviam.
- Mesmo assim, é errado, não pode acontecer.
- Eu não quero ficar longe de você de novo.
Eu a puxei para mim, acariciando seu rosto.
- Então não fique, baby. Eu também não quero.
- E como vai ser então?
- Nós vamos conseguir, vamos esquecer tudo isto. Eu sei que vamos. Você é minha garotinha, sempre vai ser.
Satine levantou o rosto e encontrou meus lábios com os seus. Um toque tão suave e tão doce que me fez tremer.
- Não Demetri, você está errado. Eu vou mostrar a você que não sou uma garotinha. Vou mostrar a você que sou sua, e que você é meu, para sempre.
Eu sorri. Ela não imaginava como eu gostaria que ela estivesse certa, como eu gostaria que as coisas fossem mesmo assim. Por hora, eu precisaria continuar fingindo o que sentia e negando o que via.
- Eu preciso ir, baby.
Satine me soltou um pouco, mas continuou segurando minha mão. Ela deslizou minha mão em seu rosto e pescoço e em seguida desceu até o coração. Fechei meus olhos e fiquei sentindo as batidas fortes dele. Ela sorriu, eu não abri meus olhos. Satine deslizou minha mão em seus seios e eu suspirei, mais, e mais.
- Você pode fingir o quanto quiser Demetri. Eu sou sua e você é meu, sempre. Ninguém vai mudar isto, nem você. Mas se quer fingir, então tudo bem, vou fingir também.
Quando abri meus olhos, encontrei o olhar distante de uma Satine que não era minha - ela estava fingindo.
Pouco tempo depois, Félix e eu estávamos no aeroporto. Um jatinho fretado nos esperava e voamos direto para Neredo. O problema com recém criados ali era sempre intenso. Félix não havia falado quase nada comigo durante o vôo. O vampiro que pilotava o jato era da confiança de Aro e, por isso, deixamos as conversas constrangedoras para mais tarde.
Quando o avião parou, nós descemos e pegamos um carro que nos aguardava. O dia estava claro ainda, então não poderíamos sair em público. Félix dirigiu até o limite da cidade e nós descemos. Era um campo com capim alto e totalmente deserto, pastagem provavelmente. Eu me sentei no capô, enquanto Félix encostou-se na porta.
Ele ainda estava em silêncio e aquilo estava me torturando demais, resolvi começar o assunto.
- Félix, eu não sei o que dizer.
- Então não diga nada, eu não estou perguntando Demetri. Sinceramente, não é da minha conta e eu não quero que passe a ser, então, vamos fingir que nada aconteceu.
- Você não está curioso? Não quer saber o que houve?
Os olhos vermelhos de Félix se voltaram para os meus.
- Eu sei exatamente o que estava acontecendo Demetri. E sei também o que não aconteceu, por pouco, diga-se de passagem.
Deixei minha cabeça cair entre as mãos.
- Hey, eu não estou te culpando, você é que faz isso. Demetri, Satine é uma mulher, você é um homem, e ponto.
- Não é assim tão simples.
- Então, simplifique!
Eu respirei fundo.
- Eu provei dela, Félix.
- Wow! Isto sim é uma novidade! Como assim, provou dela?
- O sangue Félix, o sangue.
Félix virou-se para mim incrédulo.
- Você a mordeu?
- Não! Claro que não.
Ele continuou me olhando como se não compreendesse, o que eu não o culpava, então, decidi me explicar melhor.
- Ela mordeu o pulso e misturou sangue no vinho.
- Uh! E suponho que você perdeu o controle.
- Completamente.
- Eu entendo.
- Não vai acontecer mais, Félix, eu não vou permitir.
Félix me encarou com toda a ciência de quem conhece alguém por mais de dois séculos.
- Vai sim.
Eu engoli em seco.
- Eu não posso permitir.
A afirmação foi mais para mim mesmo do que para Félix. Eu não deveria ter permitido que acontecesse, fui imprudente. Por mais certeza que eu tivesse do erro, quando me lembrava dela, do gosto dela, do cheiro dela. Quando me lembrava do toque do seu corpo contra o meu, do movimento dos seus lábios, da sensação de sua carne entre meus dentes, minhas mãos; tudo sumia. Se já era difícil antes, agora então, com ela tão presente em mim, seria quase impossível.
- Não se culpe tanto, as coisas se ajeitam. Agora vamos, temos alguns vampiros para brincar!
Esta era a melhor parte de Félix, estar com ele nunca era maçante. Com ele eu conseguia deixar todas as preocupações e apenas me divertir.
- Vamos!
Nosso trabalho no México durou pouco mais de cinco dias. Alguns acertos e muitos vampiros destruídos depois, tudo estava novamente em paz.
Félix e eu voltamos para Volterra em vôo regular. Noturno, é claro. Quando desembarcamos na Itália, Renata estava a nossa espera.
- Fizeram boa viagem, meninos?
Eu joguei meu braço em seus ombros, enquanto caminhávamos até o carro.
- Primeira classe é sempre confortável, Renie. Especialmente para alguém que não precisa dormir.
Renata sorriu e eu também.
- Tenho novidades.
- É mesmo? Sobre quem?
- Não imagina general?
O tom da voz e o sorriso matreiro denunciavam - eu sabia exatamente de quem ela estava falando.
- Como ela está?
- Bem. Aliás, eu diria ótima. Não sei o que fez a ela general, ou o que não fez - Renata fez uma pausa e sorriu ainda mais - bem, na verdade eu sei sim. Não é Félix?
- Sem dúvidas, Renie.
- Os dois querem parar?
- Okay, como eu dizia. Tenho novidades, lá no castelo.
Quando Renata estacionou e nós descemos, eu senti o cheiro no ar. Seria impossível me enganar com aquele cheiro. Era o cheiro mais doce e mais delicado, e mais provocante de toda a minha existência - Satine.
Eu olhei para Renata e ela sorriu.
- O que ela está fazendo aqui?
- Ao que parece, ela está empenhada em convencer você.
Eu senti um arrepio gelado descer em minha espinha. Um arrepio que era ao mesmo tempo bom e perturbador. Eu não fazia idéia do que ela queria ali, em Volterra, e por melhor que fosse tê-la de volta, eu pensava nas razões que a haviam trazido.
Aro nos esperava no salão principal do castelo, junto aos outros mestres. Félix e eu nos dirigimos direto para eles. Quando entrei no salão, eu precisei segurar o sorriso. Ela estava lá, sentada no braço da poltrona de Aro, usando um vestido verde musgo um pouco acima dos joelhos. O manto negro cobria boa parte do corpo dela, mas ainda deixava à mostra o contorno das suas pernas. Ela sorriu para mim e eu a cumprimentei com uma reverência, antes de me dirigir ao meu mestre.
- Mestre, solucionamos o problema.
Aro sorriu e segurou minha mão.
- Melhor do que eu imaginava, Demetri. Por isso eu confio tanto em você.
Eu engoli em seco - Aro confiar em mim era ainda pior. Significava que eu não poderia traí-lo, nunca.
- Satine me contou suas descobertas sobre o pai dela.
- Sim, mestre.
- Eu sempre desconfiei Demetri. Algo me dizia que ela se parecia com alguém conhecido.
- Eu penso o mesmo mestre. Penso também que as semelhanças físicas são bem fortes.
- Sim.
Satine nos interrompeu.
- Vão continuar fingindo que eu não estou aqui?
- Como se isso fosse possível, baby.
Nós três sorrimos.
Ela se levantou e parou bem em minha frente. Satine segurou meu rosto entre suas mãos, abaixando um pouco minha cabeça. Ela sorriu e fechou os olhos, tocando levemente os lábios nos meus. Eu não sabia o que fazer, tudo que eu conseguia pensar era que Aro estava bem ali, em nossa frente, nos observando. Eu engoli em seco.
- Ficou louca? - eu sussurrei o mais baixo possível.
- Um beijo pela vitória, general.
Aro não pareceu se preocupar quando meus olhos encontraram os dele. Não sei como, mas Satine sabia exatamente o que fazer para convencê-lo de qualquer coisa que quisesse. Ela caminhou até Félix e repetiu o gesto. Eu senti o veneno escorrendo em minha boca, quando os lábios dela tocaram os dele.
- Puxa! Se eu soubesse que ganharia algo assim, eu teria lutado mais.
Satine sorriu.
- Um beijo pela vitória, general.
Os olhos dela estavam nos meus, apesar de ainda estar ao lado de Félix. Caius se levantou e a segurou pelo braço. O sorriso presunçoso repousando em seus lábios.
- E um mestre, doce Satine, o que merece por uma vitória?
Satine virou-se para ele.
- Muito mais que um toque de lábios, meu caro Caius.
O sorriso de Caius aumentou e o veneno em minha boca também. Satine continuou.
- Se ele tivesse lutado.
E deu as costas para ele.
Eu quase sorri. Quase sorri mesmo, tanto, que tive fingir um ataque de tosse. Ela caminhou até mim e segurou em meu braço.
- Tenho novidades, general.
Eu olhei diretamente nos olhos de mestre Caius e a puxei mais perto, minha mão em suas costas, por dentro do manto, mostrando a ele exatamente á quem ela pertencia.
- É mesmo? Então, diga-me.
- Papa permitiu que você me acompanhasse em minha busca por meus pais.
Eu olhei para Aro e ele se levantou, colocando a mão em meu ombro.
- Isso mesmo Demetri. Se é um desejo de Satine procurar por suas origens, então eu não confio em mais ninguém para acompanhá-la.
Aro se virou de costas para nós e saiu. Eu continuei parado, tentando assimilar tudo. Quando estávamos sozinhos no salão, Satine aproximou a boca do meu ouvido e sussurrou.
- Uma viagem, meu general, apenas eu e você - ela fez uma pausa, roçando os lábios em minha pele, arrepiando cada ponto dela - vamos ver como você se comporta.
Me comportar? Pergunta interessante, porque naquele momento eu não fazia a menor idéia do que era isso.


Autora: Bia

1 comentários:

sandry costa disse...

muito bom
cada dia esta fic esta melhor
esplêndida
parabens

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