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Capítulo 10 - Preparativos

Como previsto, o caminho de volta para Forks foi solitário. Tentei ligar o som, nenhuma música me agradava. O que eu queria estava longe, sobrevoando o pacífico.

Quando estacionei no gramado, Alice estava á minha espera.

- Não foi á escola hoje, Alice?

- Eu sabia que você chegaria agora. Queria saber o que aconteceu.

- Como sabia, se não pode me ver?

- Posso ver Demetri. Quando ele embarcou, eu sabia que você viria o mais rápido possível.

Eu a abracei. Estava sentindo um nó em meu peito.

- Não tenho nada muito bom para te contar.

- Como assim? Quero detalhes, detalhes! Venha vamos entrar.

Subimos para o meu quarto, eu me joguei na cama, com a cabeça no colo de minha irmã.

- Agora, me conte tudo!

- Eu não tive coragem, Alice. Na hora “H”, eu não consegui. Ele me perguntou se eu o queria, se o queria naquela hora. Eu não consegui responder. Acho que tive medo. Vai dizer que eu sou idiota, não vai?

- Ela eu não sei, mas eu vou. Idiota!

- Rosalie!

Rosalie entrara no quarto e estava subindo as escadas.

- Eu não acho que ela é idiota, não senhora!

- Não? Ela passa a vida toda esperando por ele, esperando que ele tome uma atitude. Quando ele toma, ela recua! Se isso não é idiotice, eu não sei o que é, então!

Eu afundei meu rosto no colo de Alice, minhas lágrimas provavelmente molharam sua perna. Ela afagou cuidadosamente meus cabelos.

- Não dê ouvidos a ela. Comigo também foi assim.

Levantei meu rosto. Estava com os olhos vermelhos, o cabelo despenteado colado no rosto molhado.

- Você também ficou com medo?

- Claro! Jasper teve que ter muita paciência comigo. Fique tranqüila, as coisas acontecem como tem que ser. Rosalie é uma boba, tira o romantismo de tudo.

- Por que? Acha que não sou romântica? Emmet também teve paciência.

Mas nós duas não tínhamos os problemas que ela tem com Demetri.

Rosalie sentou-se a meu lado e arrumou meu cabelo com os dedos, limpando meu rosto das lágrimas. No fundo, ela era como todas nós, mulheres, sempre mulheres. Quem não gosta de uma boa história de amor?

- Se ele a amar de verdade, saberá a hora certa de agir. E será maravilhoso

- Na hora certa!

Disse Alice.

A campainha tocou. Uma voz de homem, disse:

- Entrega para Sra. Satine Cullen!

- Alice, pode receber para mim? Estou horrível!

Alice desceu. Voltou alguns minutos depois com um imenso ramalhete de callas negras (flores preferidas de Demetri).

- Não são lindas!

- Demetri!

- Bom, pelo menos ele tem bom gosto. São maravilhosas!

- Tem um cartão! Vai lê-lo para nós não vai?

Eu não conseguia esconder o sorriso. Levantei-me e peguei o buquê, cheirando levemente. No meio das flores, havia um cartão em papel nobre, todo branco. Peguei e abri. Em letra rebuscada podia-se ler:

“A uma linda princesa, ansiosa por tornar-se rainha,

(Mal sabe que eu a esperaria muitas vidas, todas, sempre.Pois dela mesma vem à fonte de minha existência, minha vida).

Sinto agora que o outono principia em mim,

Pois sem ela, minha amada, não existe primavera,

Não se demore, minha vida,

Sem você, eu não existo, nem vivo. Apenas espero”.

P.S. Eu te quero, muito, agora.

Eternamente seu,

Demetri Volturi.

Quando terminei de ler, meus olhos estavam cheios de lágrimas. Minhas irmãs me abraçaram.

- Viu, eu disse que ele entenderia.

Eu me sentei na cama novamente, as duas olhando para mim. Dei um suspiro profundo e confessei o que sentia.

- Acho que sonho com algo especial, um conto de fadas. Um lindo vestido, uma linda festa, onde ele diria a todos o quanto me ama. E me levaria para o quarto em seus braços, e me amaria, para sempre. Eu nunca tive uma festa minha, nem de aniversário.

Os olhinhos de Alice faiscaram, até então, eu nem imaginava que tinha dito as palavras mágicas.

- Nunca?

- Não.

- Com todos aqueles vestidos?

- Nenhuma para mim?

- Nem de aniversário?

- Não Alice.

- E quando é o seu aniversário?

- Daqui a duas semanas. No dia 15.

- Então, este ano, teremos uma festa. Uma linda e grande festa, para comemorar não só seu aniversário, mas a sua chegada em nossas vidas.

- Não sei não, Alice, está tão perto.

- Fique tranqüila, Alice adora organizar festas. Sem dúvida ela vai dar um jeitinho.

- Será uma festa quase surpresa.

- Como assim “quase surpresa”?

- Você já sabe da festa, mas não vai saber de mais nada!

Eu e Rosalie sorrimos.

Alice desceu as escadas na maior empolgação. Quando contou aos outros sobre suas idéias de festa de aniversário, todos aprovaram. Meu pai principalmente. Disse-me que nunca pode fazer nada por mim, e que ficaria muito feliz em apresentar-me a todos como sua filha. Eu entendi o que ele dizia, porque sentia a mesma coisa. Ele era um homem maravilhoso por dentro e por fora, ser sua filha dava-me muito orgulho.

As coisas em minha vida, depois da noite que passei em Seatle com Demetri, não ficaram mais fáceis. Era ainda mais difícil esquecer o que se teve um dia, tudo havia piorado. Além disso, eu sentia cada vez mais vontade de ir a Volterra novamente. Sentia saudades de Aro, ele que por tanto tempo foi o único pai que eu conheci.

Em uma de minhas noites de insônia, enquanto caminhava pela campina iluminada pela lua, encontrei-me com Edward.

- Perdida senhorita?

- Literalmente.

- Quer companhia?

- Porque não?

Andamos juntos até a margem do rio. Edward sentou-se ao meu lado. E me perguntou o que tirara meu sono. Contei-lhe o que se passara comigo, e ele compreendeu. Ele era tão compreensivo, tão doce. Bella sem dúvida, tinha muita sorte. Ele me lembrava muito meu pai.

- Porque não vai à Itália, Satine?

Suas palavras me questionaram mais do que ele próprio poderia imaginar. Por que não ir à Itália? Eu não estava devendo nada, na verdade, quem devia estava lá, ao lado de quem eu amava. Eu sabia que em algumas semanas, o conselho se reuniria. Aro, sempre quis que eu participasse, queria que eu mostrasse interesse por meu lugar no conselho. Lugar este que ele esperava que um dia eu quisesse assumir.

- Acho que tem razão. Eu deveria mesmo ir. Acha que papai se importaria?

- De maneira nenhuma. Acho que ele entenderá, como eu entendo.

- Você é maravilhoso!

- Só quando quero.

Voltamos para casa com os raios da manhã, caminhando tranquilamente. Aproveitei que meu pai ainda estava em casa e contei-lhe minhas idéias. Como Edward imaginava, ele compreendeu, e me apoiou. Ficou combinado que eu iria então, no próximo feriado, assim não perderia muitos dias de aula.

Com a festa se aproximando, Alice me colocava para fora assim que possível. Comecei a ir a La Push com mais freqüência. Jacob, era meu consolo para minha história de amor confusa. A cada dia que passávamos juntos, nossa amizade aumentava.

- O que vamos fazer amanhã?

- Virá amanhã também?

- Até que enjoe de mim!

- Eu não vou enjoar de você!

- É o que todos dizem!

- Engraçadinha!

Seu sorriso largo inundava meu coração de alegria. Lobisomens eram muito mais felizes que vampiros, sem dúvida! E tinham muito menos problemas.

Acordei em uma manhã de sábado, sem nenhuma vontade de me levantar. Meu companheiro de aventuras estava com sua matilha. Meu pai no hospital, onde eu não podia ir, até completar vinte e cinco anos! Edward com Bella e os outros cuidando da tal festa.

Quando a campainha tocou, puxei o ar a fim de saber se conhecia o visitante. Mal pude acreditar. Desci as escadas correndo!

- Kate!

- Oi garota, como está?

- Agora estou ótima, com você aqui!

- Não acho que está tão ótima assim!

- Kate, acabei de acordar! Nem me arrumei ainda.

- E o que está esperando? Deve ter alguma coisa de bom para se fazer nessa cidadezinha minúscula!

Peguei-a pela mão e subimos as escadas. Kate era sempre uma ótima companhia, seu bom humor me alegrava. Me vesti, penteei e maquiei. Kate era linda e eu não podeira sair com ela sem me arrumar. Alice nos encontrou no quarto.

- Kate, que bom que já chegou! Trouxe minha encomenda?

- Certamente Alice!

- Onde estão suas irmãs?

- Não puderam vir, mas mandaram parabéns e presentes, é claro!

- Que encomenda é essa?

- Segredo, faz parte da festa!

- Kate?

- Desculpe, eu prometi a ela que não lhe contaria nada, não posso voltar atrás!

Desisti de tentar arrancar alguma coisa daquelas duas, seria mesmo impossível. Desci as escadas com Kate e fomos até a garagem.

- Qual destes é o seu?

- O Nissan e o BMW, mas papai só me deixa usar o BMW.

- Porque? Eu prefiro o Nissan!

- Ele me disse que este, chama muito a atenção.

- E ele tem razão! Eu adoro chamar atenção!

- Se você dirigir, podemos dizer que é seu. O que acha?

- Perfeito!

Entramos no Nissan e Kate dirigiu até a cidade. Quando paramos na praça, todos olharam para nós. Kate desceu, com seu vestido vermelho, parecendo estrela de Hollywood. Ela adorava chamar a atenção. Um garoto que passava com sua bicicleta, quase perdeu a direção, acertando uma grande lata de lixo.

Era divertido. Por mais que eu a achasse um pouco atirada, ela sabia como se divertir.

Conversamos muito e eu lhe contei minhas muitas aventuras nos últimos tempos. Kate, como Demetri e também Aro, sempre soube que mais dia, menos dia, eu procuraria por meu pai. O que ninguém sabia é que de quebra, eu encontraria algo de minha mãe.

Contei a Kate também sobre o que acontecera com Demetri. Apesar de sermos muito diferentes, Kate tinha a mesma opinião de Alice. Tudo aconteceria na hora certa.

Durante nossa conversa, senti um o cheiro de Jacob.

- Acho que vamos ter uma surpresa!

- Sinto cheiro de cachorro molhado!

- Isso mesmo!

Assim que terminei a frase, a moto preta cruzou a praça e estacionou ao norte, em frente à loja da família Newton.

Jacob não viria até nós, isto era certo. Eu me levantei e caminhei até ele, que abriu os braços e me pegou num grande abraço. Eu vestia um vestidinho preto, então segurei na base da saia para não levantar.

- Jake, cuidado está levantando meu vestido!

- Tá desculpa! Você não apareceu hoje, eu vim vê-la.

- Achei que precisava de um tempo sem vampiros, sabe, só lobisomens!

- Acha mesmo que eu prefiro sentir o cheiro deles, ao seu?

- Por falar em cheiro, como me achou aqui?

- Segui o seu cheiro! Também sou um bom rastreador, ou acha que só os sanguessugas conseguem?

- Há, há. Muito engraçado! Venha quero que conheça minha amiga.

- Uma sanguessuga? Acho que não vai dar! Minha cota de amigos maus já está completa.

- Uma amiga! E vai dar sim! Venha, deixe de ser resmungão!

Eu segurei em sua mão grande e o arrastei até onde Kate estava. Ela era uma linda mulher, sem dúvida. Embora Jacob não gostasse de vampiros, não podia negar a beleza de Kate. Ela se levantou com nossa aproximação e estendeu a mão à Jacob. Mesmo a contragosto ele retribuiu o gesto.

- Sou Katherine Denali, mas prefiro que me chame de Kate.

- Sou Jacob Black, pode me chamar de caçador de sanguessugas!

- Bem humorado o garoto, não?

- Jacob Black, não seja mal educado com minha amiga!

Ele me deu um beijo na testa, e respondeu com o mesmo bico de quando se sente contrariado.

- Sim senhora, titia!

- Assim está muito melhor.

- Eu já vou, vim ver se queria dar uma volta, mas como está ocupada.

- Se quiser ir, Satine, por mim não tem problema. Posso voltar com seu carro para a casa de Carlisle, preciso mesmo ajudar Alice, afinal a festa é amanhã.

- Bem, se não se importa mesmo. Acho que vou dar uma volta então. Alice não me quer mesmo!

- Não seja mimada, Satine! Sabe que temos uma razão! Vá se divertir com seu amigo cachorro, eu avisarei a Alice onde está.

Me despedi e subi na garupa da moto preta. Acho que minhas atitudes chamavam um pouco de atenção naquela cidadezinha de interior. Quando Jacob deu a partida, a maioria das pessoas estavam olhando para nós. Não que eu me importasse, nem Jacob, mas foi bem engraçado.

- É parece que chamamos a atenção!

- Também, com este vestido curto!

- Há, há. Quer dizer que um garoto do seu tamanho, sem camisa e em uma moto, não chama atenção nenhuma?

Jacob sorriu e eu também. Paramos perto da praia, no grande penhasco e ficamos conversando.

- Jake, você vai a minha festa?

- Não sei, não. Acho que não posso suportar o cheiro.

- Nem por mim?

- Ih, não começa. Não me olha com esses olhinhos moles, sabe que eu não consigo te falar não!

- Então você vai?

- Vou pensar, ok!

- Com carinho?

- Você não tem jeito!

Ficamos conversando uma boa parte da tarde. Quando nos demos conta da hora, os raios vermelhos do crepúsculo tingiam o céu. A tarde fora muito agradável, tanto que eu nem sentia tão forte o vazio em meu peito.

- Então, o que quer fazer?

- Acho que vou para casa, preciso descansar um pouco para amanhã.

- Será uma grande festa, então?

- Na verdade eu não sei bem, mas vindo de Alice, acho que sim.

- Ela convidou todos vocês, não é?

- Convidou. Mas acho que os outros não vão!

- E você?

- Eu disse que vou pensar, se lembra?

- Tudo bem. Mas eu adoraria que fosse, você é meu melhor amigo!

- Por isso eu vou pensar!

- Me leva pra casa?

- Vamos!

Quando a moto chegou à estrada de acesso, meu celular tocou.

- Não está pensando em dormir em casa, não é?

- Está pedindo delicadamente que eu não apareça aí?

- Na verdade estou ordenando!

- Alice, eu não tenho onde dormir, nem roupa para trocar, nem escova de dentes! Ficou louca?

- Vai me agradecer amanhã! Além disso, é uma garota esperta, vai dar um jeito!

Desliguei o telefone e olhei para Jacob, ele estava quase gargalhando.

- Jake, se importa se eu ficar na sua casa?

- Claro que não! Acho que ainda posso te emprestar uma camiseta.

- Ótimo!

Minha noite na casa dos Black, como sempre, foi muito agradável. Tivemos um maravilhoso jantar e conversei bastante com Billy.

Quando terminamos de lavar a louça, Billy foi se deitar. Jacob e eu ficamos na sala assistindo televisão.

- Ei garoto, cuidado com esta perna!

- Não tenho culpa se o sofá é pequeno para nós dois!

- Então vai dormir na sua cama.

- Estou com calor, o quarto é muito quente! Durma você lá, se quer tanto espaço assim.

- Eu deveria mesmo!

Tentei me ajeitar no sofá com Jacob, mas era impossível. Ele se esparramara, ocupando todo o espaço. O jeito foi ir mesmo para o quarto dele.

O quarto era simples. Uma pequena cama de solteiro em uma das paredes e um armário de três portas na outra. A janela ainda estava aberta e via-se no céu uma linda lua nova. Fiquei ali, contemplando a lua e pensando em Demetri. O que ele estaria fazendo? Onde estaria naquele momento?

Deitei-me com os primeiros raios da manhã. Nem tinha atingido o sono profundo quando Jacob me acordou.

- Feliz aniversário, dorminhoca!

- Jake, eu acabei de me deitar!

- Então se levante, eu tenho um presente!

Esfreguei meus olhos com as mãos. Ainda bem que eu não precisava dormir muito. Sentei-me na cama e olhei para ele.

- Se eu estiver horrível em minha festa a culpa é sua!

- Nem que se esforce você conseguiria. É linda!

Eu sorri e ajeitei meu cabelo. Acordar com elogios deixa qualquer mulher de bom humor!

- Tá, eu te perdôo!

Jacob me abraçou e sentou-se ao meu lado. Entregou em minhas mãos um embrulho meio desajeitado – feito por ele, imagino.

- O que é?

- Abra!

Quando abri, meus olhos se encheram de lágrimas. Era uma manta, exatamente igual a que minha mãe fizera para mim, antes de eu nascer. Esta manta era um pouco mais nova e de casal.

- Jake, como conseguiu?

- Minha mãe fez, um pouco antes de morrer.

- Não posso aceitar, é uma lembrança de sua mãe.

- Por isso quero que fique com ela. Assim nunca ficará longe de mim, terá sempre algo meu com você.

Eu Me joguei em seus braços.

- Jake, você é um amor!

- Tem que se vestir, anda! Sua irmã me disse para levá-la logo.

Levantei e me vesti, despedi-me de Billy e subi novamente na garupa da moto de Jacob. Como de costume, ele me levou até a estrada de acesso, onde nos despedimos.

- Espero mesmo vê-lo hoje à noite.

- Sabe que é uma coisa difícil para mim, não é?

- Eu sei, Jake. Vou entender se não conseguir, mas você fará muita falta. É importante ter você ao meu lado, nos momentos especiais.

- Então, eu prometo novamente, que vou tentar.

Eu lhe beijei o rosto e ele retribuiu, demos um longo abraço e Jacob se foi.

Quando olhei a estrada à minha frente, logo pensei:

- Alice é mesmo impossível!


Autora: Bia

1 comentários:

Carla Black disse...

Ai meu lobo como sempre lindoooooooooooo, um gentlemam.

Espero que satine e demetri se acertem, eles se amam tanto..

Esperando ansiosa pelos proximos capitulos.
curiosa pra saber se meu lobo vai aparecer na festa...

bjs e parabens, amo sua fic

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