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Capitulo 16 - Do Outro Lado

(POV JAKE)


Em segundos percebi que meu sentimento por ela estava mudando. Nessie me pegou tão de surpresa, que quase destruí os móveis da sala de Esme.
Durante todos os poucos anos de Nessie, seis para ser mais exato, amei-a da forma mais pura que se pode amar alguém. Num primeiro momento, ela era como uma filha pra mim. Depois se tornou uma irmã caçula e finalmente éramos melhores amigos. Apesar de ser bem mais velho que ela, tinha paciência para ouvir e entender seus problemas típicos do início da adolescência. Nessie nunca me cansava. Eu estava sempre disponível pra ela.
Naquele dia tinha ido tomar café na casa dos Cullen. Estava bem no pé da escada, quando a vi descendo, linda como sempre, com um sorriso enorme no rosto. Estava visivelmente agitada.
- Gente!!! Vocês não sabem o que aconteceu...
Ela veio em minha direção e antes que eu me desse conta, pegou minha mão e colocou sobre seu peito.
- Jake, sente só! Eu tenho seios – gritou toda orgulhosa.
Senti minha mão tocar aquele volume redondo e firme. Eu já tinha tocado outros seios antes, mas nada poderia se comparar à sensação que senti naquele momento. Um tremor percorreu meu corpo. Minha pele se arrepiou.
Eu não podia sentir o que estava sentindo... não por Nessie.
Saltei para trás rapidamente, caindo sobre o móvel que estava atrás de mim. Só deu pra ouvir o barulho da madeira se quebrando.
Só conseguia ver quatro pares de olhos acusadores me fitando. Senti-me um monstro, um pederasta, um crápula.
O sangue me subiu a face, numa constrangedora confissão de culpa.
- Jake, o que foi? Você tá bem? – Em sua inocência, Nessie não fazia idéia do que estava acontecendo.
- Nessie eu... eu preciso ir. Tchau.
Corri o mais veloz que pude. Só queria estar longe dali, apesar de perceber, depois de um tempo, que o que verdadeiramente me incomodava estava em mim, e disso não poderia fugir.
Eu tinha sentido prazer naquele toque e me penitenciava por isso. Era um sentimento ultrajante, incestuoso. Nessie era minha garotinha... ainda era uma criança.
Queria cortar fora aquela mão que insistia em guardar consigo a lembrança da delicadeza daquele seio.
Daquele dia em diante, não toquei mais em Nessie. Não a peguei no colo nem brincamos de luta como fazíamos antes.
Eu sabia o que isto significava... eu estava experimentando a quarta e última fase do meu amor por Nessie... eu estava apaixonado!!
As semanas que se seguiram foram confusas, pelo menos para mim. A cada encontro com Nessie, meu coração saltava do peito. A simples proximidade do seu corpo com o meu, me fazia tremer. Já não via graça em transar com outras garotas. Meu corpo se tornou exigente: ou era Nessie ou nenhuma.
A notícia da viagem deles pro Alaska me deixou desconsolado. Como conseguiria passar meus dias sem ser iluminado por seu sorriso? Sua partida seria como um eclipse solar na minha vida.
Ainda curtia minha dor antecipada, encostado na varanda da minha cabana, quando ela chegou. Seus olhos estavam marejados de lágrimas. Ela se atirou em meus braços, abraçando-me fortemente, como se quisesse fundir-se ao meu corpo
- Oh! Jake, como vou conseguir ficar longe de você? – Ela parecia uma garotinha quando falava daquele jeito.
- Calma Nessie, minha linda, calma. Sabe que não gosto de te ver chorar – eu não suportava vê-la chorando.
Segurei seu rosto e enxuguei suas lágrimas. Ver minha garotinha chorando me desesperava. Era sempre pra mim que ela corria quando alguém a fazia chorar. Fisicamente ela não se machucava, pois sua pele era de vampiro, mas como toda menina, era sensível e se magoava com facilidade. Eu a conhecia mais do que ninguém, pois era para mim que ela confidenciava seus segredos juvenis.
- Eu também vou morrer de saudade de você – lamentei – mas não fique triste. Vou te ligar todos os dias. Só me prometa que vai tentar se divertir. Não quero que fique infeliz. – Eu tinha de me manter forte.
- Tudo bem. Promete que não vai se esquecer de mim? –Ela perguntou, fazendo beicinho.
Ela não fazia idéia do tamanho do meu amor por ela.
Abracei seu corpo mais forte ainda, sabendo o risco que corria com aquela proximidade. Beijei sua testa na impossibilidade de beijar sua boca, que era meu real desejo.
- Você é minha vida, Nessie. Como poderia esquecê-la?
Ficamos abraçados por um longo tempo. Tempo suficiente para me excitar. Nessie não fazia idéia do quanto tinha se tornado desejável para mim.
Afastei-me dela rapidamente. Não queria que percebesse que seu fiel amigo estava com o pênis ereto, enquanto fantasiava como seria seu corpo nu. Eu merecia prisão perpétua.
- O que foi? – Mais uma vez ela não entendeu meu estranho comportamento.
- Nada não. Vamos caminhar um pouco. – Puxei minha blusa disfarçadamente, tentando esconder meu estado vergonhoso.
Minhas mãos estavam trêmulas e suadas, mas com certeza ela não perceberia.
Passeamos bastante, aproveitando ao máximo o tempo que nos restava entes da viagem.

Os momentos em que nos falávamos pelo celular ou pelo MSN eram os melhores do meu dia. Fazia questão que ela me contasse tudo. Dessa forma me sentia mais próximo de Nessie.
Os cinco meses em que ficamos separados pareceram uma eternidade. Meus dias se arrastavam. Aproveitei para trabalhar o máximo que conseguia. Ia a umas cinco fazendas por dia. Nunca ganhei tanto dinheiro em minha vida.
Enfim a espera terminaria. Nessie e o resto de sua família estavam voltando.
Fui esperá-la em sua casa, como me pediu, ou melhor, como exigiu. É claro que iria mesmo que ela não tivesse pedido. Estava tão ansioso que não conseguia ficar parado. Rose já estava tão irritada comigo que não via a hora em que a loira psicopata avançaria sobre mim.
Os vidros escuros do carro não me permitiram vê-la, antes que descesse. Mas quando a porta se abriu, Nessie saiu correndo em minha direção e praticamente pulou sobre mim. Quase cai para trás. Minhas pernas tremiam muito.
Passei meus braços em volta de sua cintura, com força. Queria ter certeza que ele não sairia mais de perto de mim. Tinha tanta coisa que queria dizer, mas achei que o silêncio cairia muito bem naquela ocasião. Sentia sua respiração em meu peito e minha blusa se molhar com suas lágrimas. Minha Nessie estava de volta, apesar de não reconhecer aquele corpo que me abraçava. Era um corpo de mulher habitado por uma alma de menina.
- Meu Deus, Nessie, como senti sua falta – falei enfim.
- Nem imagina como foi difícil ficar longe de você, Jake. – O choro a impedia de falar claramente.
Coloquei as mãos em seu ombro e afastei-a um pouco para que pudesse vislumbrar seu novo corpo.
- Puxa, Nessie!! Você cresceu... Tá linda. Você sempre foi linda, mas conseguiu ficar mais ainda. – Ela estava magnífica. Suas novas curvas eram enlouquecedoras. Percebi Edward me olhando feio, mas não ia deixá-lo estragar aquele momento. Por mais que tentasse, meu coração devia estar parecendo um tambor em seus ouvidos.
Existia tanta intensidade em nossos olhos, enquanto nos encarávamos, que era impossível não notar que algo diferente estava nascendo entre nós.
A voz de Carlisle, pedindo um abraço, nos tirou de nossa bolha. Não sei como tive força para soltar Nessie de meus braços.
Por sorte, fui convidado para jantar com eles naquela noite, para ouvirmos as histórias da viagem. Na verdade a única coisa que me interessava era Nessie.
Quando cheguei, ela ainda não tinha descido.
Não demorou muito e meus olhos foram atraídos pela imagem que descia a escada. Ela usava um vestido branco, colado no corpo, deixando a maior parte de suas pernas descoberta. Seus cabelos soltos emolduravam o rosto perfeito. Estava extremamente sexy, sedutora, maravilhosa...
Fiquei perplexo com tamanha beleza. Ela tinha se tornado uma mulher. Engoli seco, tentando disfarçar meu deslumbramento.
Todos que estavam na sala comentavam sua beleza, mas era a mim que seu olhar procurava.
Seu rosto estava corado pela timidez, deixando-a mais linda ainda. Não conseguia parar de encará-la.
Com um sorriso no rosto, movi meus lábios e, sem voz, disse: “Você está linda!!” Ela me retribuiu com um sorriso doce que quase me fez perder os sentidos.
- Bella, querida, sente-se aqui do nosso lado. – Depois de fazer seu “tour noturno” em minha cabeça, é claro que Edward não deixaria Nessie sentar-se do meu lado. Os olhares de reprovação que me lançava, deixava claro para todos da sala, o teor de meus pensamentos. Não sabia onde enfiar a cara.
Percebi que Nessie ficou decepcionada de não poder se sentar ao meu lado.
“Ela queria sentar-se ao meu lado”, pensei, propositalmente. O vampiro pai quase me drenou com o olhar.
Se alguém perguntasse minha opinião, estava perdido, pois não fazia idéia de qual era o assunto que conversavam. Eu só conseguia enxergar Nessie. Suas pernas, cruzadas sensualmente, atraíam meu olhar. A cada respiração sua, seus seios subiam e desciam, numa dança envolvente.
Se não saísse logo dali, Edward arrancaria minha cabeça ali mesmo, e eu não o culparia.
- Nessie!! – A repreensão do pai foi suficiente para estimular minha imaginação. “O que será que Nessie pensou?” Boa coisa é que não era...
Edward apenas acenou com a cabeça e me deu um sorriso torto para ela. Seja lá o que for, estava perdoada.
Nossos olhos se encontravam o tempo todo, causando sucessivos rubores em Nessie. Sua timidez a deixava mais sexy ainda.
- Vou lá fora tomar um ar. Estou me sentindo um pouco sufocada. – Nessie falou.
- Eu vou com você, Nessie – falei, me levantando também.
Precisava conversar com Nessie, saber o que estava acontecendo com a gente.
Edward me lançou um olhar que significava: ENCOSTE UM DEDO EM MINHA FILHA E É UM HOMEM MORTO.
“Para um bom entendedor, um risco é Francisco.” Lembrei-me dos ditados do meu pai.
Enquanto encaminhávamos para nos sentar num dos bancos do jardim, percebi que Nessie pôs a mão na testa. Ela não parecia bem.
- Jake, me dá um abraço? – Falou baixinho, antes mesmo de nos sentarmos.
O som da sua voz me lembrou que era minha garotinha quem estava ali.
Passei meus braços em volta de sua cintura e a apertei contra meu corpo. Queria ver seu rosto. Não me cansava de admirá-lo. Aquele não era o nosso abraço usual, mas naquele momento nada lembrava nossa antiga forma de agir. Nunca tinha sentido o corpo de Nessie tremer daquela forma. Aquilo estava saindo do meu controle.
Nessie pousou suas mãos delicadas em minha cintura também e ficamos entregues às sensações maravilhosas que se evidenciavam em nossa respiração ofegante.
Inesperadamente, Nessie pousou seu rosto na curva do meu pescoço e respirou fundo. Aquele gesto tirou a última gota do autocontrole que ainda tinha. Meus músculos se enrijeceram todos... todos mesmo, até onde não devia.
Ela percebeu minha excitação e se esquivou, encabulada com a situação.
Sentei-me rapidamente, morto de vergonha por tê-la exposto a isso.
- Desculpe-me, Nessie. – Eu sequer conseguia encará-la. – É melhor eu ir embora. Devo estar ficando louco. Por favor, não fique chateado comigo. Isso nunca mais vai acontecer. – Era imperdoável minha falta de controle.
- Jake, não é só você que está se sentindo feito louco. Eu também não sei o que está acontecendo comigo. – Ela parecia assustada.
Puxei-a delicadamente para que se sentasse ao meu lado. Afastei algumas mechas de seu cabelo que cobriam aquele rosto lindo.
- Não se preocupe, minha Nessie. Nós só estamos confusos devido a saudade que estávamos um do outro. Amanhã você vai ver, estará tudo como antes. Eu prometo.
Queria muito acreditar em minhas palavras. Já estava sentindo falta da cumplicidade que havia entre nós.
Nessie começou a chorar, deixando-me desesperado, e debruçou-se em meu peito, soluçando.
Não sabia o que dizer, estava tão confuso e perdido quanto ela. Fiquei afagando seu cabelo, deixando que desabafasse.
De repente senti os lábios de Nessie nos meus. Fiquei em choque, imóvel, sem ação. Nessie também não se mexeu, provavelmente por não saber o que fazer. Sabia que nunca tinha beijado.
Afastei-a gentilmente de mim, e olhei diretamente em seus olhos. Eles, apesar de inocentes, estavam cheios de desejo. Não resisti nem pensei em mais nada, voltei minha boca para junto da sua e a beijei apaixonadamente.
De início mantive meus lábios fechados, para não assustá-la, e só então usei a língua para forçar a abertura de sua boca e a invadi. Enquanto explorava a doçura do seu gosto, apertava seu rosto contra o meu, com as mãos em seus cabelos. Era o melhor beijo que já tinha dado em toda minha vida.
- RENESMEE!!!! O QUE É ISSO?? – Edward gritava como um louco.
- Hã... – Nessie quase morreu de susto, afastando-se rapidamente de mim.
- Calma, Edward, – tentei me explicar - a Nessie não tem culpa de nada. Eu que a beijei. – Não ia deixá-lo culpar Nessie por aquilo.
- Pai, pelo amor de Deus!! – Me doía ver seu desespero.
Uma verdadeira barreira de vampiros nos encarava. Senti-me num muro de fuzilamento.
- JACOB, SAIA DAQUI ANTES QUE EU FAÇA UMA BESTEIRA! – Se minha saída o acalmasse, então eu iria embora.
- Tudo bem, Edward, eu vou embora, mas só se me prometer que não vai fazer nada com Renesmee. Se alguém aqui fez algo errado, esse alguém fui eu. Então vamos resolver entre nós. – Agora era de igual para igual que íamos conversar.
- EU NÃO TENHO QUE TE PROMETER NADA, A FILHA É MINHA! É... ESSA MENINA QUE VOCÊ ESTAVA AGARRANDO É “MINHA” FILHA!!!!
Até entendia o ciúme de Edward. Talvez fizesse o mesmo se fosse a minha filha, mas não deixaria que ele humilhasse minha garotinha na frente de todos.
- Nós não estávamos nos agarrando, Edward. – Procurei manter a calma. – Eu apenas a beijei. Você sabe que eu jamais me aproveitaria de Nessie, por mais que quisesse. – Naquele momento achei bom que ele lesse minha mente para saber que em momento algum tentei me aproveitar de sua inocência.
- Edward, por favor, se acalme. Nós sabíamos que uma hora isso ia acabar acontecendo. Então vamos tentar ser racionais. – Carlisle ponderou. - Bella, leve Renesmee para dentro – Ele deve ter percebido que Nessie estava a beira de uma crise nervosa.
- Vamos querida, vamos pra casa. – Bella segurou em seus ombros e a encaminhou para dentro. Ela chorava de soluçar.
Se pudesse, pegaria Nessie no colo e a levaria para bem longe dali. Doía-me não poder fazer nada para evitar seu sofrimento.
Por segundos, nossos olhares se cruzaram e percebi que ela sentia o mesmo amor que sentia por ela.
- Pai, se você matar ou machucar Jacob eu nunca o perdoarei. – Ela ainda achou forças para me defender. Aquilo me comoveu.
- Não se preocupe, Nessie. Não vamos deixar Edward fazer nenhuma besteira. – Jasper falou, acalmando-a.
Bella a conduziu para dentro de casa. Agora sim, podia bater de frente com Edward.
- Você mais que ninguém sabe que meu amor por Nessie é verdadeiro, Edward. Não vamos complicar as coisas – falei.
- Jacob, - Carlisle falou – meu filho não está em condições emocionais de conversar agora. Vá pra sua casa e volte amanhã de manhã. Esfriem a cabeça. É o melhor a fazer.
Edward estava com os punhos fechados. Respirava fundo, tentando se acalmar, mas sabia que a qualquer momento ele poderia me atacar. Ninguém ali era suficientemente veloz para evitar uma investida dele contra mim. Minha vida estava por um fio.
- Voltarei amanhã para resolvermos este assunto – falei sério. – Não quero que Nessie se sinta culpada.
O silêncio foi a única resposta de Edward.
Fui para a cabana transformado. Precisava da racionalidade do “lobo” para não pirar.
Depois de um banho, deitei-me e pude, enfim, reviver em minha mente o gosto delicioso da boca de Nessie. Seus lábios eram macios, doces.
Sonhei com ela, mas nem ouso descrever o sonho...



Continua


Autora: Valentina LB

1 comentários:

Carla Black disse...

ai que lindooooooooooooooo.....

gente meu lobo é tudo de bom

o xaropinho do edward como sempre dramatico

bjs

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