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Capítulo 14 - Pacto de Sangue

Assim que o motor parou de girar, eu e Edward pulamos para fora do carro. Eu corri feito uma louca, passando pelo meio das pessoas que se acumulavam. Eu estava tão desesperada para encontrar o que minha mente formara, que nem percebi a imensa carreta vermelha, virada.
Edward parou de repente, segurando minha mão. Eu não conseguia entender o que fizera mudar de opinião e ele tentava me conter, impedindo que eu chagasse até eles.
- Edward, me deixe passar!
- Tenha calma Satine, tenha calma.
Mais que as palavras, o rosto de Edward me revirou o estômago. Eu podia sentir a tensão em seus olhos e apesar do medo, eu precisava ver o que estava acontecendo. Usei toda a minha força para empurra-lo.
- Edward, sai da minha frente!
Quando olhei a cena à minha frente, eu quase desmaiei. Sentia como se o chão tivesse sumido sob meus pés. Eu perdi o equilíbrio, e Edward me segurou.
Demetri estava lá, deitado no chão da rua, entre Bella e a carreta. Seu corpo estava completamente imóvel. Bella tentou se levantar meio tonta.
Eu corri com Edward passando por entre os curiosos. O motorista havia descido da carreta e estava olhando os dois, com as mãos na cabeça, de longe.
- Ele se jogou na frente, eu tentei desviar. Ele, ele queria salvá-la. Acho que conseguiu. Eles devem ter ficado em baixo. É a única explicação.
O homem estava confuso, não conseguia entender como Demetri protegera Bella. Ele a salvara. Senti um nó em meu peito, eu não podia me lembrar do que pensara alguns minutos atrás. Eu o julgara mal. Eu poderia entender que qualquer um o fizesse, mas eu, não!
Um segundo depois, Jacob apareceu ao meu lado. A mesma cara de assustado do motorista, estampada no rosto.
Eu precisava manter a calma, tinha que pensar como a médica que eu era, e principalmente, tinha que tirar Demetri daquele lugar antes que o socorro chegasse. Como nem um dos curiosos havia chegado perto o bastante para ver a cena real, eu ainda poderia contornar a situação.
- Precisamos fazer alguma coisa. Vamos vocês vão ficar aí parados?
- Fique calma Satine, estou ligando para Carlisle, ele saberá o que fazer.
- Ficou maluco, não podemos esperar, vamos.
Jacob colocou sua mão quente e pesada sobre meu ombro.
- Melhor escutar o sanguessuga garota, ele tem razão.
- Vocês só podem estar brincando. Ele vai morrer! Além disso, mesmo que não morra, como vamos explicar a ausência de sangue? Não entenderam ainda? Temos que tira-lo dali agora. Ou vocês me ajudam, ou eu mesma o tiro de lá. E vai ser bem difícil explicar alguém do meu tamanho carregando um homem como ele nas costas!
- E para onde sugere que o levemos? E o que faremos depois?
- Não importa, só temos que tira-lo dali. E vocês estão se esquecendo que eu sou médica! Vou dar um jeito.
Nós três corremos até o corpo de Demetri. Ele não conseguia se mexer, nem se quer conseguia abrir os olhos. O impacto havia sido forte demais.
Afastei minha jaqueta do pulso e o mordi, rompendo a artéria com cuidado. Se alguém chegasse perto o suficiente, teria que ver sangue, ou desconfiaria de algo.
Passei o pulso cortado pelo peito de Demetri, cuidadosamente, para que ninguém percebesse. Jacob torceu o nariz fazendo cara de nojo. Quando sentiu o cheiro do meu sangue, Demetri abriu um pouco os olhos. Uma tentativa de sorriso saiu entre um balbuciar:
- Satine!
- Está tudo bem meu amor, eu vou resolver tudo.
- Eu, só queria protege-la.
- Nós sabemos.
- Ela está bem?
Bella passou a mão de leve no rosto de Demetri.
- Eu estou. Obrigado. Você, você... me salvou.
Edward segurou Demetri pelos ombros, ajudando-o a se levantar e quase carregando ele; Jacob ajudou.
Algumas pessoas tentaram nos impedir, dizendo que deveríamos esperar o socorro. Eu respondi asperamente que não precisaríamos e que o Dr. Carlisle nos esperava no hospital – obviamente, nós não iríamos ao hospital.
Edward e Jacob ajeitaram Demetri dentro do volvo.
- Precisamos tira-lo daqui. Não podemos leva-lo até em casa, ele não vai agüentar.
Jacob segurou minhas mãos entre as suas. Eu estava tão transtornada que não conseguia raciocinar, eu só tinha certeza de uma coisa – a casa dos Cullen era longe demais, não tínhamos tanto tempo.
- Tem uma cabana de caça, entrando na floresta por aquela trilha – e apontou para um apequena trilha que mal cabia um carro – é o mais perto e escondido que podemos achar agora. Levem no até lá, eu vou deixar Bella em casa e já volto.
Edward consentiu e entramos no volvo. A cabana ficava a mais ou menos três milhas, dentro da floresta de abetos.
Paramos em frente à velha cabana de madeira. Edward tirou Demetri do carro e o ajudou a entrar.
Dentro da cabana havia um pequeno banheiro ao lado da cama feita de madeira, com um colchão de palha seca; e um fogão à lenha no canto oposto. Uma pequena mesa e uma cadeira velha. Tudo muito empoeirado, e cheio de teias de aranha. Ninguém entrava lá, á muito tempo.
Edward havia deitado Demetri na cama. Meu pai entrou correndo, com Jacob logo atrás. Ele me abraçou e me deu um beijo no alto da cabeça. Por mais que eu soubesse o que fazer, ter meu pai comigo, dava-me mais segurança.
- Tudo ficará bem, querida. Vamos dar um jeito.
Suas palavras doces, eram como música em meus ouvidos. Agora eu estava preparada, poderia tentar salvá-lo.
Eu sabia exatamente do que Demetri precisava, e estava disposta a me arriscar por ele. Eu já havia perdido bastante sangue, tentando esconder as evidências, e sentia-me fraca e meio zonza. Mesmo assim, teria que ser eu.
Aproximei da cama e tirei a jaqueta. Segurei o corpo de Demetri deixando-o quase sentado. Fiquei apenas com a blusinha de alças que estava por baixo. Meu pai estava ao meu lado, segurando em meu ombro.
Demetri abriu os olhos tentando recobrar a consciência. Ele era forte e não se deixaria abater.
Eu o abracei, segurando sua boca perto do meu pescoço.
- Você precisa me morder.
- Não!
- Demetri, você precisa do meu sangue. Vai deixa-lo mais forte. Por favor, por mim.
Ele olhou para meu pai, os olhos suplicantes.
- Carlisle, eu... eu não posso, não sei se conseguiria parar. Eu nunca fiz isso e o sangue dela, o sangue dela é muito, muito doce para mim.
- Precisa tentar Demetri, não temos tempo para tentar outra alternativa. Além disso, Satine confia em você, ela o ama. Sei que conseguirá.
Demetri voltou os olhos para mim. Levantou a mão e tocou em meu rosto, suavemente. Ele estava com medo. Eu também, mas o medo que eu tinha era de perdê-lo. Continuar a existir sem ele ao meu lado, não era uma opção.
Eu sorri e encostei mais o pescoço em seus lábios. Ele beijou minha pele e sussurrou:
- Eu te amo.
Em seguida, cravou os caninos afiados em minha jugular. Eu reprimi o gemido. Demetri sugava rápido e forte. Lentamente minha consciência foi se apagando enquanto eu escutava baixinho, os sussurros:
- Carlisle, eu a matei!
- Acalme-se, Demetri.
Senti as mãos quentes de Jacob sobre mim. Eu queria me mexer, queria dizer que estava bem, mas as palavras não saiam. Eu só conseguia soltar alguns grunhidos.
Algum tempo depois, abri os olhos. As mão frias de meu pai, fizeram-me despertar. Não entendia muito bem o que estava acontecendo. Eu estava deitada na cama, com uma cânula enfiada no braço e uma bolsa de sangue ligada a ela por uma mangueira. Jacob estava ao meu lado, acariciando meu cabelo; e Demetri, minhas mãos. Quando o vi senti um alívio me dominar – ele estava bem. Edward e meu pai estavam em pé, olhando para mim.
- O que é isto? Eu apontei para a mangueira em meu braço.
- Transfusão de sangue!
Disse Jacob, fazendo piada.
- Isso eu sei, garoto! Esqueceu que eu sou médica? Eu quero saber porque estou recebendo sangue?
Meu pai se aproximou, sentando-se na beirada da cama. Demetri se afastou para que ele segurasse minha mão.
- Ao que parece, você resolveu doar sangue demais esta tarde. Jacob, gentilmente cedeu um pouco do dele a você.
- Jacob?
- Sim. Como vocês tem a estrutura molecular parecida, o dele é o melhor que poderíamos conseguir. Por isso você está bem. E pela mesma razão, Demetri também está. A capacidade de recuperação do sangue de vocês dois é fantástica!
Eu olhei para Jacob, virando o corpo para abraçá-lo. Ele me ajudou, trazendo o corpo para mim.
- Jake, obrigado! Você é mesmo maravilhoso.
- Sem problemas! Além disso, agora temos realmente o mesmo sangue.
Ele se levantou, meio desajeitado – aposto que nunca doara sangue na vida – e me deu um beijo na testa.
- Espero que melhore logo.
Demetri se sentou ao meu lado, segurando meu corpo colado ao seu.
- Obrigado, meu amor, você realmente salvou a minha vida.
- Não poderia ser diferente. Você – eu enfatizei a palavra - é minha vida!
Ele beijou minha cabeça, aspirando o ar em meus cabelos com carinho e suavidade.
Jacob se aproximou de Demetri e colocou a mão em seu ombro.
- Você é um cara legal. Acho que podemos pensar em abrir uma exceção e deixa-lo entrar para a família.
Demetri sorriu. Segurando a mão de Jacob num aperto firme.
- Seria uma honra.
Jacob retribuiu o sorriso e saiu pela porta, assoviando. Ele estava todo satisfeito com suas boas ações.
Edward nos olhava do canto do cômodo. Seu rosto estava abatido e triste. Ele caminhou lentamente até nós e parou, desviando os olhos para o chão.
- Acho que tenho que me desculpar, com todos.
- Está tudo bem Ed, eu disse, tentando melhorar a situação.
- Não, não está. Eu fui leviano e egoísta, além disso, julguei mal.
Demetri olhou para Edward, procurando seus olhos.
- Se eu estivesse em seu lugar, faria o mesmo. Sei que o passado me condena.
- Demetri, eu nunca poderei pagar minha dívida com você. Você salvou mais que Bella hoje, você salvou minha própria vida, se eu a perdesse.
Edward interrompeu a frase, suspirando fundo. A idéia de pensar no que poderia ter acontecido o feria como navalha.
- Você não tem divida alguma comigo, Edward. Eu fiz para Bella o que você certamente teria feito por Satine. Eu a amo tanto que não poderia pensar em existir sem ela; por essa razão, não poderia deixá-lo sentir esta dor. Satine o ama muito e magoá-lo a faria infeliz.
Edward voltou os olhos para mim.
- Eu fui um imbecil, me perdoe.
Eu me levantei com dificuldade. Tirando a agulha de meu braço – já que o sangue havia terminado – e me lancei em seus braços, agarrando em seu pescoço.
- Só se prometer que nunca mais vamos brigar?
- Prometo.
Meu pai nos interrompeu.
- Filho. Precisamos ir. Acho melhor que eles passem a noite por aqui. Demetri ainda está fraco, e Satine também.
Ele voltou os olhos para mim, delicadamente e com um sorriso gentil nos lábios bem desenhados.
- Vai ficar bem, querida?
- Claro pai, não precisa se preocupar.
- Sua irmã preparou algumas coisas para você, vou deixar junto de sua maleta, na mesa. Se precisar de alguma coisa, não hesite, ligue. Eu estarei aqui antes que possa desligar o telefone. Jacob e os lobos vão vigiar a área, vocês estarão seguros aqui.
Demetri apertou a mão de meu pai.
- Fique tranqüilo Carlisle, eu cuidarei bem dela e obrigado.
- Eu sei que cuidará, Demetri, eu confio em você. E não tem que me agradecer, e sim eu a você. Você salvou a vida de Bella, que é como uma filha para mim. E ainda impediu que meu filho sofresse. Tenho uma dívida eterna com você.
Meu pai beijou minha testa, e se foi, levando Edward com ele.
- Enfim, sós!
Demetri me abraçou e beijou, longamente. Eu estava vivendo um sonho. Depois de pensar que poderia perdê-lo, sentir seu corpo em meus braços era o melhor remédio para qualquer mal.
Meu pai deixara uma bolsa na mesa, junto com minha maleta. Quando abri, encontrei roupas, toalhas e lençóis; e algumas frutas; e um bilhete de Alice que dizia:
“Aproveite a Noite”
Não pude deixar de sorrir, minha irmã era mesmo terrível. No fundo, Alice tinha razão, e suas palavras me fizeram enxergar a verdade. Naquela tarde eu havia tido uma amostra do quanto á vida é frágil. Nós não damos importância, achamos sempre que teremos tempo. Se Demetri tivesse morrido hoje, eu teria deixado tantas coisas por acontecer, tantos desejos e sonhos perdidos na eternidade. Nós nos achamos tão eternos que ás vezes, esquecemos de viver o agora.
Dentro da bolsa, encontrei meu robe de seda. Coloquei sobre o braço, junto com uma toalha e minha necessárie – cuidadosamente preparada por Alice – e entrei no banheiro. Tudo era bastante precário e não tinha água quente – agradeci por não sentir frio naquela hora – tomei um banho demorado, deixando a água cair em meu corpo. Seguei-me e vesti apenas o robe.
Quando voltei ao cômodo principal, Demetri continuava deitado na cama, com uma calça Jeans de Edward e sem camisa. Seus olhos brilhavam na luz fraca do lampião. Os cabelos despenteados emolduravam seu rosto de estátua de Apollo. Ele estava maravilhoso.
Quanto mais eu me aproximava, mais meu coração acelerava. Minhas mãos suavam e eu praticamente flutuei até a beirada da cama.
Por mais nervosa que eu estivesse, eu estava decidida. Não havia mais dúvidas, eu o queria.
A noite estava estrelada e uma garoa fina caia como névoa. Eu podia sentir a brisa, por entre os vãos da janela de madeira.
Parei, em frente à cama. Demetri virou-se para mim, e se sentou. Eu segurei com suavidade a faixa que prendia meu robe na cintura e a soltei. Demetri passou os olhos por cada detalhe que a abertura permitia de meu corpo nu, e suspirou.
- Eu quero ser sua, Demetri.
Seus olhos encontraram os meus. Eu não tinha dúvidas, a certeza estava em meus olhos e a ele a encontrou.
- Hoje, eu lhe dei o meu sangue e você, deixou seu veneno em minhas veias. Você faz parte de mim, e eu de você. Temos a mesma essência. Por isso, nesta noite, quero que tenha também o meu corpo.
Nenhuma palavra saiu de seus lábios. Suas mãos frias seguraram minha cintura, deslizando em minhas costas, por baixo do robe. Demetri apertou meu corpo contra o seu e me beijou. Delicadamente levou as mãos aos meus ombros, tirando o robe. Suas mãos tocaram minha pele com suavidade. Ele caminhou até a sacola e pegou o lençol de cetim, cobrindo a cama e ajeitando os travesseiros em cima.
- Venha minha amada.
Demetri segurou minha mão e me puxou para seu corpo, segurou-me em seus braços e levando-me à cama.
Livrou-se de suas roupas e deixou que seu corpo caísse sobre o meu. Não havia nada para ser dito. Tudo se encaixava quando estávamos juntos, como se tivéssemos sido feitos para sermos um.
Sua respiração em minha nuca se acelerava, junto com a minha, mais e mais. Seu corpo e o meu já não existiam, éramos a mesma coisa. E se o mundo tivesse acabado naquele momento, nenhum de nós teria percebido. Nós nos amávamos á tanto tempo. Naquela noite estrelada, naquela pequena cidade do interior de Washington, na península de Olympic, tudo se consumara. Nada poderia ser igual, nunca mais. Naquela noite fria e chuvosa, eu pertenci a Demetri Volturi, e seria assim para sempre.

Autora:Bia

1 comentários:

Carla Black disse...

Simplesmente maravilhoso....

O edward se lascou, egoista, mesquinho. Tudo bem que o passado do demitri nao é nada certinho, mais o amor que ele tem por satine faz dele um ser melhor...

Ai meu lobo, como sempre um gentlemam, doando sangue pra ela e tudo mais....

carlisle cullen é um capitulo aparte, amo demais esse dr...

agora a uniao do amor deles foi muito lindo...

bjs e aguardando os proximos

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